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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 48 - 23 de Março de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1859

(4a Parte)

Allan Kardec
 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1859. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 10 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Qual é a posição espírita acerca da religião e suas bases fundamentais?

O Espiritismo não as nega, ou seja, não nega a Deus, a alma, o livre-arbítrio, as penas e recompensas futuras. Longe disso, ele prova por meio de fatos, não somente pelo raciocínio, a realidade das bases fundamentais da religião. (Revue Spirite, p. 150.)

B. Como deve agir o pesquisador espírita?

Deve agir como age o naturalista que se propõe a estudar os costumes de um animal. Obviamente, ele não ordena ao animal que faça isto ou aquilo, porque sabe que não será obedecido. Então, espia, espera e observa atentamente. Assim se deve proceder com os Espíritos, que gostam dos observadores assíduos e conscienciosos. Os ingredientes da pesquisa espírita são, assim, o estudo e a observação, porque o simples bom-senso nos mostra que, tal como age o naturalista em relação aos animais, com mais forte razão devemos agir com os Espíritos, que são inteligências muito mais independentes. (Obra citada, pp. 168 e 169.)

C. Que é que o Espírito de Goethe disse sobre o Werther, uma de suas obras mais famosas?

O famoso escritor disse que lamentava o final do Werther, porque fez e causou muitas desgraças, de que ele se sentia responsável e pela qual, embora estivesse arrependido, ainda sofria. (Obra citada, p. 177.)

D. Os Espíritos dos brancos podem reencarnar como negros?

São Luís diz que sim e explica que quando, por exemplo, um senhor maltratou um escravo, pode pedir como expiação viver num corpo de pele negra, a fim de sofrer por sua vez aquilo que fez outros sofrerem e, por esse meio, adiantar-se e obter o perdão de Deus. (Obra citada, p. 180.)

Texto para leitura

79. O Espiritismo está baseado na existência de um mundo invisível, formado de seres incorpóreos e que não são outra coisa senão as almas dos que viveram na Terra e em outros globos. Assim, pois, o Espiritismo pertence à Natureza e seu verdadeiro caráter é o de uma ciência. (P. 148)

80. O Espiritismo não nega a Deus, a alma, o livre arbítrio, as penas e recompensas futuras. Longe disso, ele prova, não pelo raciocínio, mas pelos fatos, essas bases fundamentais da religião, cujo inimigo mais perigoso é o materialismo. (P. 150)

81. Don Fernando Guerrero, escrevendo de Lima (Peru), conta que um dia resolveu relatar algumas passagens d' O Livro dos Espíritos a uma tribo de aborígines que habitam a encosta oriental dos Andes: os indígenas compreenderam perfeitamente o que lhes foi lido e fizeram até observações muito judiciosas sobre o conteúdo da obra. A idéia de reviver na Terra lhes pareceu, por exemplo, absolutamente natural. (P. 151)

82. Kardec diz que somos, malgrado nosso, os agentes da vontade dos Espíritos para aquilo que se passa no mundo, tanto no interesse geral, quanto no individual. (P. 153)

83. Há pessoas que não temem a morte, mas têm medo do escuro; não receiam os ladrões, mas não vão sozinhas, à noite, ao cemitério. É que os Espíritos estão junto delas e seu contacto produz-lhes uma impressão que resulta num medo inexplicável. (P. 153)

84. A Revue noticia a curiosa descoberta feita pelo Sr. Jobert, de Lamballe, sobre a contração muscular rítmica do pequeno peroneal lateral direito, que parecia, na época, desmentir o fenômeno das batidas. (P. 155)

85. O fato difundiu-se por toda a parte, mas, evidentemente, se podia explicar os sons da tiptologia, era insuficiente para explicar o erguimento da mesa sem nenhum contacto, a sua movimentação pela sala, sua queda e as batidas com os pés, fatos então bastante conhecidos e comprovados. (P. 161)

86. A Revue informa que, antes de Jobert, em 1854, o Dr. Rayer, célebre clínico, apresentou ao Instituto um alemão cuja habilidade, na sua opinião, dava a chave de todos os "knokings" e "rappings". (P. 164)

87. Falando sobre a opinião dos cientistas a respeito do Espiritismo, Kardec afirma que ninguém é juiz em causa própria, que os sábios não são infalíveis e que, assim, seu julgamento não é a última instância. (P. 165)

88. Se quisermos construir uma casa, consultaremos um astrônomo? Se estivermos doentes, chamaremos um arquiteto? As ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria, que podemos manejar à vontade; a ciência espírita tem como agentes inteligências que possuem independência, livre arbítrio, e não se submetem aos nossos caprichos. (P. 165)

89. Não cabe aos Espíritos descer até nós; nós é que devemos subir até eles, o que conseguiremos pelo estudo e pela observação. Os Espíritos gostam dos observadores assíduos e conscienciosos. (P. 168)

90. Aos olhos do observador atento e ativo multiplicam-se os fenômenos. Que faz o naturalista que deseja estudar os costumes de um animal? Acaso lhe ordena que faça isto ou aquilo, a fim de observá-lo? Não, pois sabe que não será obedecido. Ele espia, espera e observa de passagem. (P. 169)

91. O simples bom-senso nos mostra que, com mais forte razão, assim deve ser com os Espíritos, que são inteligências muito mais independentes que a dos animais. (P. 169)

92. Kardec evoca Alexandre Humboldt, falecido em maio de 1859, e diz que em pessoas, como Humboldt, que morrem de morte natural e pela extinção gradual das forças vitais, o Espírito se reconhece mais prontamente do que naqueles cuja vida é bruscamente interrompida por um acidente. (P. 170)

93. Humboldt diz que o futuro do Espiritismo será grandioso, mas o caminho, penoso. Certamente ele será aceito, um dia, nos meios científicos, mas isso não é indispensável. "Ocupai-vos, antes, de firmar seus primeiros preceitos no coração dos infelizes que enchem vosso mundo: é o bálsamo que acalma os desesperos e dá esperança", assevera Humboldt. (P. 173)

94. Tudo é transição na Natureza -- diz Humboldt --, por isso mesmo nada é semelhante, apesar de que tudo se liga. As plantas não pensam e, assim, não têm vontade. As ostras que se abrem, como todos os zoófitos, não pensam; possuem apenas um instinto natural. (P. 174)

95. Goethe, evocado por Kardec, explica que sua intuição a respeito da influência dos maus Espíritos sobre o homem derivava de uma lembrança. Ele tinha recordação quase exata de um mundo onde via exercer-se a influência dos Espíritos sobre os seres materiais. (P. 176)

96. Goethe diz que, na Terra, recordava-se de uma existência precedente e lamenta o final do Werther, uma de suas obras mais famosas, porque fez e causou muitas desgraças, de que ele se sentia responsável e pela qual, embora estivesse arrependido, ainda sofria. (P. 177)

97. Kardec evoca Pai César, um homem de cor negra que nasceu na África e foi levado para Louisiana com cerca de 15 anos, onde faleceu em fevereiro de 1859, aos 138 anos de idade. O Espírito se diz mais feliz agora porque seu Espírito não é mais negro, quer dizer, ele se livrara das humilhações a que estava sujeita a raça negra. (P. 179)

98. Respondendo a Kardec, São Luís diz que a raça negra desaparecerá da Terra, porquanto ela foi feita para uma latitude diferente. (P. 179)

99. Os brancos se reencarnam em corpos negros? São Luís diz que sim. Quando, por exemplo, um senhor maltratou um escravo, pode pedir como expiação viver num corpo de negro, a fim de sofrer por sua vez aquilo que fez sofrer e, por esse meio, adiantar-se e obter o perdão de Deus. (P. 180)

100. Kardec relata o caso da aparição do Major Georges Sydenham ao Ca­pitão V. Dyke, publicado em 1682 em Londres. Ficara combinado entre ambos que quem morresse primeiro viria visitar o outro; e isso aconteceu. (P. 185)  (Continua no próximo número.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita