WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Entrevista
Ano 1 - N° 48 - 23 de Março de 2008

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

Carlos Augusto Abranches:

Experiência em comunicação, facilidade para eventos com jovens e amor à Doutrina

Carlos Augusto Abranches (foto) é formado em Comunicação, Filosofia e Música; recentemente concluiu MBA em Gestão de Negócios e está cursando Psicanálise Clínica.

Natural de Juiz de Fora (MG) e atualmente residindo em São José dos Campos (SP),  onde atua profissionalmente como repórter de TV, nosso entrevistado acumula experiência doutrinária – inclusive internacional - como palestrante, escritor e evangelizador da infância e juventude. O Espiritismo, ele conheceu aos seis anos de idade, quando uma vizinha de sua mãe o levou a um centro espírita.

– Você estará lançando mais dois
livros  nos  próximos  meses:  “As

Estações do Espírito” e “Cantar é mover o dom”. Fale-nos de suas motivações para as duas obras.

Carlos Augusto Abranches – O que me motiva a escrever é o amor pela Doutrina e a certeza de que ela é um farol seguro para as buscas do homem de todos os tempos. No livro "As Estações do Espírito", procuro contar a história de um personagem muito querido, que conduz o leitor pelas páginas da obra do começo ao fim de sua própria vida. Faço uma leitura comparada entre os períodos da infância, adolescência, maturidade e velhice com as estações do ano, procurando tracejar uma sintonia entre os aspectos do tempo e do ser humano.

No segundo, "Cantar é mover o dom", faço uma análise de letras de músicas populares sob a luz da reflexão espírita. Ficou muito gostoso e fácil de ler e entender. Tenho usado esse material em palestras e aulas para os jovens, e os resultados têm sido extremamente animadores.

– Que outras obras você já escreveu? Qual a fonte de inspiração dessas obras?

Carlos Augusto – Escrevi dois livros de poesias em parceria com duas pessoas muito queridas a meu coração, Leila Brandão e Suely Caldas Schubert, ambas do movimento espírita de Juiz de Fora. Depois, escrevi uma análise sobre a mensagem "Vozes do Espírito", psicografada por Chico Xavier em 1980. O livro foi publicado pela FEB em 1997. De lá para cá, vim garimpando idéias para reunir os materiais em novas publicações, que agora vêm a lume.   

– Como jornalista e músico, há benefícios desses conhecimentos para estudo e divulgação da Doutrina Espírita?

Carlos Augusto – Não há dúvida. Minhas profissões têm tudo a aproveitar das contribuições do Espiritismo, o que faço diariamente em minhas atividades profissionais, assim como me utilizo dos repertórios que adquiro com os aprendizados do trabalho, para remodelá-los e inseri-los no que for necessário nos labores espíritas.  

– E seu trabalho com jovens e crianças? Comente sobre eles e sua experiência.

Carlos Augusto – Faço trabalhos com crianças e jovens há 25 anos. Tenho aprendido muito com eles. Assim vou conduzindo meu barco por águas seguras e consistentes. Trago temas atuais e que porventura façam parte das vivências deles, para debates à luz da doutrina. Os resultados têm sido fantásticos.

– Você também está bastante ligado ao movimento espírita de Juiz de Fora, sendo amigo da escritora Suely Caldas Schubert. Comente sobre esse vínculo e a amizade com a conhecida médium e escritora espírita.

Carlos Augusto – Suely é uma alma muito querida, uma verdadeira orientadora espiritual, por quem me afeiçoei desde a juventude. Além dos livros já citados, que publicamos em parceria, tivemos a possibilidade de fundar uma casa espírita juntos – Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, que acaba de completar  22 anos de existência. Mesmo com minha mudança de cidade, em 1995, volta e meia nos encontramos em seminários e congressos pelo país, quando dividimos os trabalhos a serem realizados.

– E sobre suas viagens para palestras, nas participações em congressos, que relatos você nos traz dessas experiências?

Carlos Augusto – Estão cada vez mais intensos. É um momento de aprendizado sobretudo para mim, porque conheço pessoas diferentes, culturas diferentes e realidades que não imaginava, dentro da dinâmica do movimento espírita. Tem sido assim no nosso país e em alguns outros onde pude estar. A Argentina está vivendo um momento de transição de lideranças, o que está deixando os irmãos espíritas de lá cautelosos, em busca das melhores alternativas de fazer um movimento fraterno e trabalhador. O Chile reúne espíritas profundamente amorosos, em quem encontrei afetos muito queridos e terreno propício para levar a semente do ideal espírita. São os laços do bem, irmanando os povos, em nome do "ide e pregai" do Cristo.  No Paraguai, encontrei um dos movimentos mais amorosos que pude conhecer. A experiência vivida junto aos irmãos paraguaios foi uma lição de afeto superior, que eles me ensinaram com elevado carinho.

– Na condução de eventos especificamente dirigidos a jovens, adolescentes e pré-adolescentes, que critério e didática você utiliza para manter a atenção e motivar os participantes?

Carlos Augusto – Com o jovem, é preciso inovar sempre e ser criterioso na criatividade. Ele é bombardeado diariamente por TV, internet, outdoors, revistas e propagandas muito bem elaboradas. Se a atividade espírita não usar dos mesmos recursos, corre o risco de ficar enfadonha e desinteressante. É preciso ser moderno na abordagem e preciso na fundamentação doutrinária, para que ele perceba que é possível ser um homem integral, um espírita consciente e amoroso, mesmo diante dos apelos nem sempre felizes do mundo.

– E a experiência profissional de jornalista na conhecida emissora em sua cidade, como consegue conciliar sua permanente aparição no vídeo com a atividade espírita? Quais os desdobramentos da vida pública como repórter e jornalista?

Carlos Augusto – A relação é intensa e não muito fácil. Depois de vários anos com a imagem pessoal exposta na TV com maior audiência da região, a relação de acompanhamento da comunidade para comigo é inevitável. Recebo muitas críticas e muitos elogios. Há quem observa meus defeitos e os apontam sem piedade, mas há os que preferem destacar o que aparece de meus esforços em me tornar uma pessoa melhor para mim e para a comunidade. Assim espero ir até o fim deste ciclo de experiências.

– Nos contatos com o movimento espírita no país, que impressões você tem colhido das iniciativas e ações dos espíritas e quais benefícios para a sociedade você tem observado?

Carlos Augusto – O movimento espírita é um valioso instrumento de melhoria da sociedade. Noto que os eventos servem não só para aprimorar a atuação do espírita diante de seu povo, mas principalmente para arejar a psicosfera ambiente nos momentos de atividade. Estamos colaborando intensamente para melhorar o mundo em que vivemos. Acredito firmemente nisso.

– O que você acha que tem trazido mais prejuízos ao movimento espírita? Você tem uma idéia a oferecer, fruto de sua experiência, para superação dessas dificuldades?

Carlos Augusto – O prejuízo vem quando os trabalhadores se julgam mais importantes do que a própria doutrina. Aprendi que personalismo não combina com Espiritismo. Em nosso meio, a vitória, quando acontece, é de todos – do grupo, da equipe bem liderada. E o líder é o Cristo, que sempre espera contar com a ajuda de colaboradores encarnados, que somos nós.

– Quanto aos assuntos polêmicos da sociedade, até pela experiência de repórter, acrescida pelo conhecimento espírita, que visão isso lhe proporciona?

Carlos Augusto – A visão de que o Espiritismo é uma doutrina absolutamente moderna, com todos os seus fundamentos e pressupostos fincados na mais absoluta transparência e sentido de evolução. Células-tronco, aborto, direitos do homem e da mulher – sobre tudo e todos os temas polêmicos, temos opiniões relevantes, eficazes, convincentes. Isso me anima a prosseguir estudando, para falar com acerto e com profundo respeito pelos postulados do codificador Allan Kardec, nosso porto seguro. 

– Suas palavras finais.

Carlos Augusto – São palavras de estímulo e de encorajamento. Vale a pena amarmos a Doutrina Espírita, para que a vivência dela em nossa intimidade seja um ato de mergulho na busca plena da congruência pessoal. Em sua grandeza e misericórdia, o Cristo não vai nos pedir nada além do que podemos oferecer, mas certamente nos pedirá tudo que pudermos dar. E esse é o nosso objetivo na existência.  
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita