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Editorial
Ano 1 - N° 48 - 23 de Março de 2008
 

Será a Bíblia perigosa?
 

Os advogados alemães Christian Sailer e Joachim Hetzel acham que sim e foi por isso que pediram formalmente, anos atrás, à ministra da Família da Alemanha, Christine Bergmann, que incluísse as Escrituras na lista dos livros considerados perigosos para as crianças, dado o seu conteúdo violento.

Segundo eles, a Bíblia contém passagens de muita crueldade e defende coisas bárbaras como o genocídio, o racismo, as execuções de adúlteros e homossexuais e perversidades diversas atribuídas à vontade de Deus, como o assassínio dos próprios descendentes de Jacob.

A posição dos advogados alemães não constitui, propriamente falando, uma novidade. Em Israel há pessoas que pensam da mesma forma, como o ex-presidente de Israel Ezer Weizman, que em dezembro de 1997 afirmou que algumas palavras da Bíblia são improcedentes. “Há coisas no (Velho) Testamento nada simpáticas, indignas de ser lidas”, asseverou Weizman numa conferência, dando como exemplo as palavras atribuídas a Moisés no cap. XXXII do Deuteronômio.

Recordamos esse depoimento para que ninguém leve à conta de preconceito anti-semita a postura de quem considera a Bíblia uma coisa perigosa, como os citados advogados alemães.

Eles, efetivamente, têm certa dose de razão e o Espiritismo, não agora, mas já em 1864, alertava para o fato de que a lei mosaica compõe-se de duas partes distintas: a lei de Deus, recebida por Moisés no monte Sinai, e a lei civil, ou disciplinar, estabelecida pelo condutor dos hebreus. Uma é inalterável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, modifica-se com o tempo (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 1, item 2).

O erro que tem sido repetido pelas religiões cristãs é considerar a Bíblia um livro sagrado, intocável, expressão fidedigna da palavra de Deus. Se isso fosse verdade, as cerimônias religiosas e os ritos que ali se contêm não poderiam ter sido excluídos da prática religiosa adotada pelas religiões tradicionais, como a circuncisão.

Jesus mesmo não seguia ao pé da letra as prescrições bíblicas, e mais de uma vez demonstrou a inconsistência de muitas delas, como a que manda se apedreje até à morte a mulher adúltera e a que dá ao dia de sábado um status especial. E se isso não bastasse, ensinou que o preceito maior da lei é: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, acrescentando que aí se contêm “toda a lei e os profetas”.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita