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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 46 - 9 de Março de 2008

CLAUDIA WERDINE
claudiawerdine@hotmail.com
Viena (Áustria)

Família, elemento fundamental da evangelização  

Cabe aos pais a responsabilidade inicial da educação do Espírito encarnado.

O lar deve ser o cenário onde o indivíduo possa sentir-se plenamente confiante, aceito e amado, onde possa expor seus conflitos mais íntimos com sinceridade, sem medo de perder a compreensão dos familiares, onde possa desabafar seus problemas e dialogar com profundidade com os que lhe são afins. A família tem que ser o esteio de sua auto-educação. O exemplo edificante, o ambiente moral, as vibrações amorosas do lar serão determinantes na existência presente e na vida imortal.

É na família que podemos e devemos, em primeiro lugar, conquistar e exercitar virtudes fundamentais, como altruísmo, paciência, amor ao próximo e, ao mesmo tempo, o empenho de contribuirmos para o progresso do outro. Trata-se, pois, de um cenário permanente e fecundo para a Educação do Espírito.

Não há colégios, por mais modernizados e modelares, que possam fazer às vezes dos ambientes domésticos.

Regimes de internatos, quaisquer que sejam, não se sobrepõem, em normas disciplinares e critério de funcionamento, aos salutares princípios de família.

Professores particulares e explicadores contratados para aulas individuais, ainda que muito competentes, nunca exercerão maior e tão decisiva influência no ânimo e âmago dos pupilos que seus próprios pais.

Cursos de extensão cultural, de especializações e aperfeiçoamentos técnicos, dotando embora o intelecto de sólido cabedal, não oferecem à mente o mesmo material educativo qual o que lhe é fornecido pelas lições no recesso dos lares.

Tratados, livros e autores da mais alta expressão cultural, facultando luzes ao cérebro, não valem a palavra maternal repassada de ternura e prudência, nem substituem a voz da experiência do pai que amadureceu nas árduas contingências e vicissitudes da Vida.

Babás e governantas, por muito compenetradas e solícitas que se mostrem, jamais sobrepujarão as mães em desvelos e carinho, no exemplo e na autoridade, na força moral e no sentimento de abnegação, na influência do afeto e no poder do coração.

Isto é que importa saibamos: não podemos passar procuração a ninguém para educar nossos filhos e não há dinheiro que lhes faculte adquirir as virtudes e os valores que formam a estrutura dos homens de bens.

Se os desejamos, além de preparados e cultos, bons e simples, compreensíveis e cristianizados, é imperioso façamos no nosso Lar o primeiro templo de Saber e de Iluminação Espiritual, para que eles possam demonstrar aos outros, em nossa presença ou ausência, o que aprenderam conosco (porque nos viram fazer) portas adentro do santuário doméstico.

Pai e mãe, em sã consciência, não podem ser omissos no trabalho de Educação espírita dos seus filhos.

Enquanto na classe cabe aos evangelizadores a exposição teórica e exemplificação dos ensinamentos evangélico-doutrinários, ministrados metódica e sistematicamente, em suas gradações pedagógicas, no Lar, cabe aos pais a demonstração prática, a vivência diurna e real das lições, pelos exemplos que lhes cumpre dar, hora a hora, dia a dia, nos domínios da convivência.

Fora, os filhos se instruem e se ilustram; em casa, porém, é que eles verdadeiramente se educam. Fora, eles ouvem o que devem fazer; em casa, eles vêem como se faz, por indução particular e pessoal, direta e própria, da conduta dos seus pais.

Os jovens recebem informações e sugestões que surgem a todo instante e de todos os lados e, pela insegurança quanto às suas próprias definições, vêem-se inpulsionados a seguir aquelas que melhor atendem aos seus impulsos interiores, que sabemos, nem sempre são as melhores. Razão pela qual cumpre aos pais acompanhá-los em seu desenvolvimento, mantendo sempre o diálogo, o companheirismo e a atitude de respeito diante de suas inclinações e características individuais, mas apontando-lhes as vantagens e desvantagens de suas opções, ajudando-os a buscar equilíbrio e discernimento na sublimação das próprias tendências, consolidando maturidade e observação no veículo físico, desde os primeiros dias da mocidade, visando à vida perene do Espírito.

“Evangelho é sol nas almas, é luz no caminho dos homens, é elo abençoado para união perfeita.

Evangelizemos nossos lares, meus filhos, doando à nossa família a bênção de hospedarmos o Cristo de Deus em nossas casas.

A oração em conjunto torna o lar um santuário de amor onde os Espíritos mais nobres procuram auxiliar mais e mais, dobrando os talentos de luz que ali são depositados.

Evangelizemos nossas crianças, Espíritos forasteiros do infinito em busca de novas experiências, à procura da evolução espiritual.

Evangelizemo-nos, guardando nossas mentes e nossos corações na bênção dos ensinos sublimes.

Evangelizemos.

Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem amparo, os desesperados suplicam luz.

Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da Doutrina Espírita encontrará o homem a paz, a serenidade e o caminho do amor nobre.

Acendamos a luz dos ensinos divinos para que a Terra se torne um sol radioso no infinito, conduzindo a Família humana integrada nos princípios da vida em hosana ao seu Criador.”

                                                                               Bezerra de Menezes

Bibliografia:

INCONTRI, Dora. A Educação segundo o Espiritismo.

ALVES, Walter Oliveira. Educação do Espírito.

ROCHA, Cecília. Pelos Caminhos da Evangelização.

XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar.

MIRANDA, Hermínio C. Nossos Filhos são Espíritos.

Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB


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