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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 45 - 2 de Março de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1859

(1a Parte)

Allan Kardec
 

Iniciamos o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1859. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 10 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A ojeriza que algumas pessoas têm à religião tem o apoio de Kardec?

Não. Segundo Kardec, o Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das idéias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (Revue Spirite de 1859, p. 5.)

B. Para influenciar uma pessoa, os Espíritos têm de estar próximos?

Não. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilômetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (Obra citada, pp. 22 e 23.)

C. Que é preciso fazer para não sermos enganados pelos Espíritos levianos ou mentirosos?

Primeiro é preciso entender que as boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações. Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom-senso tudo quanto eles dizem. (Obra citada, pp. 34 e 35.)

D. Quem, segundo o Espiritismo, são as crianças?

As crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade. Quando não mais necessitam dessa proteção, o caráter real delas aparece em toda a sua nudez. A fraqueza da infância as torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu caráter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal o dever que Deus confia aos pais. (Obra citada, pp. 52 e 53.)

Texto para leitura

1. Nos fenômenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre arbítrio e não se submetem à nossa vontade. Eis por que a ciência vulgar é incompetente para os julgar. (P. 2)

2. Um bom médium é o que simpatiza com os bons Espíritos e não recebe senão boas comunicações. (P. 3)

3. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar das idéias religiosas: ele dá religião aos que não a possuem; fortifica-a nos que a têm vacilante; consola pela certeza do futuro, faz suportar com paciência e resignação as tribulações desta vida e desvia o pensamento do suicídio. (P. 5)

4. O perispírito, cuja natureza é essencialmente flexível, se presta a todas as modificações que lhe queira dar o Espírito. Em seu estado normal, o invólucro etéreo tem uma forma humana. (P. 8)

5. A visão do Espírito pelo médium se realiza por uma espécie de radiação fluídica, que parte do Espírito e se dirige ao médium. (P. 10)

6. Kardec refere o caso "O duende de Bayonne", em que um Espírito com a fisionomia de menino de 10 a 12 anos aparecia para sua irmãzinha. (P. 17)

7. O Espírito de Diógenes se comunica e diz que depois de sua existência em Atenas só reencarnou em outros mundos. (P. 21)

8. Os Espíritos de São Luís e de Santo Agostinho dizem que os Espíritos podem influenciar-nos mesmo estando a milhões de quilômetros de nós, e que cada anjo da guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela como um pai sobre o filho. (PP. 22 e 23)

9. Os Espíritos bons, mas ignorantes -- diz Kardec --, confessam sua insuficiência a respeito daquilo que não sabem; os maus dizem que sabem tudo. Lá e cá, a bazófia é sempre sinal de mediocridade. (PP. 28 e 29)

10. O dom da mediunidade depende de causas ainda imperfeitamente conhe­cidas, nas quais parece que o físico tem uma grande parte. (N.R.: Hoje não há qualquer dúvida de que a mediunidade está radicada no organismo.) (P. 31)

11. O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos; é pelo pensamento que atraímos os que simpatizam com nossas idéias e inclinações. (P. 32)

12. Os Espíritos superiores não escolhem, para transmitir instruções sérias, um médium que tem familiaridade com Espíritos levianos, a menos que não encontrem outro médium e haja necessidade. (P. 33)

13. As boas intenções e a própria moralidade dos médiuns nem sempre bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos ou pseudo-sábios nas comunicações. Se não quisermos ser vítima deles, é preciso julgá-los por sua linguagem, passando pelo crivo da lógica e do bom-senso tudo quanto eles dizem. (PP. 34 e 35)

14. De todas as disposições morais, a que maior entrada oferece aos Espíritos imperfeitos é o orgulho, que muitas vezes se desenvolve no médium à medida que cresce a sua faculdade, pois esta lhe dá importância. (P. 36)

15. As demais imperfeições morais são outras tantas portas abertas aos Espíritos imperfeitos, ou, pelo menos, causas de fraqueza. Para repelir tais Espíritos, não basta dizer-lhes que saiam; é preciso fechar-lhes a porta e os ouvidos, provando-lhes que somos mais fortes -- o que seremos pelo amor do bem, pela caridade, pela doçura, pela modéstia, pelo desinteresse. (P. 37)

16. Seria injusto, porém, atribuir todas as comunicações más à conta do médium, pois o meio é muito importante. É regra geral que as melhores comunicações ocorrem num círculo concentrado e homogêneo. (P. 38)

17. Os agêneres não revelam a sua natureza e, aos nossos olhos, não passam de um homem comum; sua aparição corpórea pode ter, pois, longa duração, conforme a necessidade do Espírito. (P. 41)

18. Não se devem confundir os fatos da bicorporeidade com os agêneres. Estes não possuem corpo vivo na Terra; apenas seu perispírito faz-se palpável. (P. 43)

19. Kardec admite ter uma aparência de frieza, mesmo de muita frieza; pelo menos é o que os amigos achavam e por isso o censuravam. (P. 43)

20. Kardec transcreve a história fantástica de Hermann, publicada no Journal des Débats, de 26-11-1858, e diz que não passa de uma lenda sem fundo de verdade, visto que uma alma não pode animar dois corpos. (P. 48)

21. Reportando-se aos fenômenos de batidas e movimento de objetos ocorridos na aldeia de Coujet, no departamento de Lot, Kardec lembra que os Espíritos superiores não se prestam a tais fenômenos: só os Espíritos de uma ordem muito inferior se dedicam a isso. (P. 49)

22. Em geral não há razão para nos amedrontarmos com esses fatos; a presença desses Espíritos pode ser importuna, mas não é perigosa, e é sempre útil procurar saber o que eles querem com tais fenômenos. (P. 50)

23. Um Espírito diz que as crianças são os seres que Deus envia a novas existências, aos quais dá toda a aparência de inocência, para que ninguém possa queixar-se de sua grande severidade. Quando não mais necessitam dessa proteção, o caráter real delas aparece em toda a sua nudez. (P. 52)

24. Os Espíritos só entram na vida corpórea para o seu aperfeiçoamento; a fraqueza da infância os torna flexíveis e acessíveis aos conselhos da experiência; é então que seu caráter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal o dever que Deus confia aos pais. (P. 53)

25. Dr. Morhéry diz a Kardec que o célebre professor Gay-Lussac ensinava em seu curso, a respeito dos corpos imponderáveis e invisíveis, que estas eram expressões inexatas; mais lógico chamá-los imponderados. (P. 54) (Continua no próximo número.)
 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita