WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

Trabalhar é a solução

O trabalho é uma Lei natural pela qual Deus deu ao homem a oportunidade de se elevar com as experiências e os conhecimentos que vai adquirindo na vida, para que compreenda melhor a importância da prática das boas obras, com vistas a subir mais rapidamente a escada da ascensão espiritual que o levará ao encontro da felicidade e da paz que tanto almeja desfrutar. 

Exatamente pelo esforço que despendermos no trabalho da nossa elevação moral-espiritual, o que nos vai garantir, independente da boa vontade dos outros, a antecipação do nosso estado de felicidade e de perfeição, acelerando o nosso progresso individual. Ninguém poderá fazer por nós o que está determinado pela Suprema Sabedoria do Universo como nossa parcela de responsabilidade na realização da nossa própria elevação moral e, ainda, a obrigação que temos de ajudar na melhoria do nosso semelhante, da nossa sociedade, e da vida. 

Em O Livro dos Espíritos, nas questões abaixo, formuladas por Kardec e respondidas pelos Imortais da Vida Maior, temos as explicações pertinentes ao assunto para nosso esclarecimento. 

647. A necessidade do trabalho é lei da Natureza?

“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.” 

675. Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais?

“Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.” 

676. Por que o trabalho se impõe ao homem?

“Por ser uma conseqüência da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é sempre um trabalho.” 

677. Por que provê a Natureza, por si mesma, a todas as necessidades dos animais?

“Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles, de acordo com a inteligência de que dispõem, se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais se cifra no cuidarem da própria conservação, refiro-me ao objetivo com que trabalham. Entretanto, provendo às suas necessidades materiais, eles se constituem, inconscientemente, executores dos desígnios do Criador e, assim, o trabalho que executam também concorre para a realização do objetivo final da Natureza, se bem quase nunca lhe descubrais o resultado imediato.” 

678. Em os mundos mais aperfeiçoados, os homens se acham submetidos à mesma necessidade de trabalhar?

“A natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades. Quanto menos materiais são estas, menos material é o trabalho. Mas, não deduzais daí que o homem se conserve inativo e inútil. A ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.” 

679. Achar-se-á isento da lei do trabalho o homem que possua bens suficientes para lhe assegurarem a existência?

“Do trabalho material, talvez; não, porém, da obrigação de tornar-se útil, conforme aos meios de que disponha, nem de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que também é trabalho. Aquele a quem Deus facultou a posse de bens suficientes a lhe garantirem a existência não está, é certo, constrangido a alimentar-se com o suor do seu rosto, mas tanto maior lhe é a obrigação de ser útil aos seus semelhantes, quanto mais ocasiões de praticar o bem lhe proporciona o adiantamento que lhe foi feito.” (1) 

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, temos também a confirmação da veracidade dessa Lei Natural, que vem mais uma vez reforçar tudo o que os Espíritos Superiores nos esclareceram nas respostas acima.  

“Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito”. (2) 

“Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar.” (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, Cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)   

Portanto, queridos irmãos, não temos outra maneira de progredir sem o necessário devotamento ao trabalho que nos compete realizar, com vistas à nossa melhoria material e espiritual, pois também somos co-criadores e temos nossa parcela de colaboração na construção de uma vida melhor em nossa sociedade, participando efetivamente da transformação do nosso planeta, rumo à tão sonhada regeneração. 

Fontes:

(1) O Livro dos Espíritos.

(2) O Evangelho segundo o Espiritismo: Capítulo XXV – Buscai e Achareis, itens 3 e 4.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita