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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

A Revue Spirite de 1858

(7a Parte)

Allan Kardec
 

Damos continuidade ao estudo da Revue Spirite, mensário lançado por Allan Kardec em janeiro de 1858 e por ele editado até 31 de março de 1869, quando desencarnou. O texto condensado do volume correspondente a 1858 está sendo aqui apresentado em 8 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Os arrastamentos que sofremos são irresistíveis?

Não. Claro que nem sempre aquilo que dizemos vem de nós e, freqüentemente, nossos atos são conseqüência de pensamentos que nos são sugeridos. Mas a doutrina espírita admite, no homem, o livre-arbítrio em toda a sua plenitude. Assim, segundo o Espiritismo, não há arrastamentos irresistíveis: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que o solicita para o mal. (Revue Spirite de 1858, pp. 293 e 294.)

B. Kardec era avesso às polêmicas?

Sim e não. Há um gênero de polêmica do qual ele disse que sempre se afastaria: a que pode degenerar em personalismo. Contudo, tornou claro que jamais recuaria a uma polêmica que tivesse por objetivo a discussão séria dos princípios espíritas. (Obra citada, pág. 305.)

C. Há diferença entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação?

Sim. Existe entre a metempsicose dos antigos e a moderna doutrina da reencarnação esta grande diferença: os Espíritos repelem de modo absoluto a transmigração dos homens nos animais e vice-versa. (Obra citada, pág. 307.)

D. Como surgiu no contexto espírita o ensinamento sobre a reencarnação?

Kardec diz que a reencarnação não foi ensinada somente a ele, mas foi ventilada em muitos lugares, na França e no estrangeiro: Alemanha, Holanda, Rússia etc. e isto mesmo antes d' O Livro dos Espíritos. Desde que se entregou ao Espiritismo, o Codificador afirma ter obtido comunicações de mais de 50 médiuns e que, em nenhum caso, os Espíritos se desmentiram nesse ponto. (Obra citada, pág. 308.)

Texto para leitura

182. São Luís diz que a sensação mórbida dos cocheiros foi provocada por Espíritos malévolos, os mesmos que os induziram a beber o rum alheio. Kardec admite também que possa ter havido, no caso, uma espécie de magnetização do líquido, por ação do pensamento do médico. (PP. 291 e 292)

183. Nem sempre aquilo que dizemos vem de nós; freqüentemente, nossos atos são conseqüência de pensamentos que nos são sugeridos. (P. 293)

184. A doutrina espírita admite, porém, no homem, o livre arbítrio em toda a sua plenitude. Assim, segundo a doutrina espírita, não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que o solicita para o mal. (P. 293)

185. As faltas que cometemos têm, pois, a primeira fonte na imperfeição de nosso Espírito. Quanto mais ele se depurar, mais diminuirão os lados fracos e menos presa oferecerá aos maus Espíritos. (P. 294)

186. Kardec relata o assassinato de cinco crianças, cometido por outra de doze anos, que colocou as primeiras dentro de um baú, e admite como provável que o criminoso seja desses Espíritos que pertençam a planetas inferiores ao nosso. (PP. 295 e 296)

187. Aos olhos de Deus, diz um Espírito, o arrependimento é sagrado, porque é o homem que a si mesmo se julga. (P. 297)

188. Um velho castelo nos Pireneus foi vendido e, depois, o comprador percebeu que se tratava de uma casa assombrada. Pretendendo a rescisão do negócio, a questão foi ao tribunal. Kardec analisa o fato e afirma que, em tal questão, é preciso primeiro saber se as manifestações no castelo ocorriam antes ou depois da venda do imóvel. (PP. 297 a 300)

189. Os jornais americanos noticiaram o caso da aparição da Sra. Park, que apareceu, pouco depois de seu falecimento, à sua irmã Miss Harris, como lhe prometera momentos antes de seu passamento. (PP. 302 e 303)

190. Kardec fala sobre as polêmicas espíritas e diz que há um gênero de polêmica do qual sempre se afastará: a que pode degenerar em personalismo. (P. 305)

191. Há, contudo, uma polêmica a que jamais recuaria: a discussão séria dos princípios espíritas. (P. 305)

192. Falando sobre reencarnação, Kardec diz que existe entre a metempsicose dos antigos e a moderna doutrina da reencarnação esta grande diferença: os Espíritos repelem de modo absoluto a transmigração dos homens nos animais e vice-versa. (P. 307)

193. Diz Kardec que a reencarnação  não foi ensinada somente a ele, mas foi ventilada em muitos lugares, na França e no estrangeiro: Alemanha, Holanda, Rússia etc., e isto mesmo antes d' O Livro dos Espíritos. (P. 308)

194. Desde que se entregou ao Espiritismo, informa Kardec ter tido comunicações de mais de 50 médiuns e que, em nenhum caso, os Espíritos se desmentiram nesse ponto. (P. 308)

195. Admitindo-se, porém, que a alma nasce com o corpo, como explicar as aptidões diversas que as crianças apresentam, as idéias inatas, os instintos precoces de vícios e virtudes, os selvagens? (P. 311)

196. Com a reencarnação, tudo isso é explicado com clareza. Os homens trazem, ao nascer, a intuição do que aprenderam antes, seus defeitos e suas qualidades. (P. 312)

197. Examinando o tema sob a ótica do futuro do homem, as mesmas dificuldades se apresentam aos que não admitem a reencarnação: qual será a sorte do selvagem e das crianças mortas em tenra idade? (PP. 312 e 313)

198. Kardec promete demonstrar mais tarde que a religião se acha menos afastada da reencarnação do que se pensa, e assevera que o ensino dos Espí­ritos é eminentemente cristão, porque se apóia na imortalidade da alma, nas penas e recompensas futuras, no livre arbítrio e na moral cristã. (P. 313)

199. São Luís escreve sobre o suicídio e diz que o homem, quando se suicida, está superexcitado, com a cabeça transtornada, e realiza esse ato sem coragem nem medo e, assim, sem conhecimento de causa. (P. 314)

200. Para elevar-se, o homem deve ser provado. Criado simples e ignorante, é somente na adversidade que o Espírito adquire um coração elevado e melhor compreende a grandeza de Deus. (P. 315)

201. A Revue apresenta nova comunicação de Mehemet-Ali, antigo paxá do Egito, que nos traz diversos ensinamentos interessantes. Um deles é sobre as pirâmides, um misto de sepulcros e templos. (P. 316)

202. Os egípcios imaginavam que o Espírito voltava ao corpo que havia animado; daí a idéia de mumificação dos cadáveres. (P. 317)

203. Evocado a conselho do Sr. Jobard, o doutor Muhr, desencarnado no Cairo a 4-6-1857, era médico homeopata, ciência sobre a qual deu o seguinte depoimento como Espírito: "A homeopatia é o começo da descoberta dos fluidos latentes. Muitas outras descobertas igualmente preciosas serão feitas e virão formar um todo harmonioso, que conduzirá vosso globo à perfeição". (PP. 318 e 319)

204. A Revue consigna uma comunicação espontânea dada pelo Espírito de Madame de Stäel, na qual ela associa o Espiritismo a uma nova religião. (P. 319)

205. Madame de Stäel é rigorosa com respeito à sua obra: "se eu voltasse e pudesse recomeçar, modificaria dois terços e conservaria apenas um". (P. 321)

206. A Revue transcreve do "Spiritualist", de Nova Orléans, notícia a respeito do médium Sr. Rogers, residente em Columbus, que consegue fazer retratos de pessoas mortas e que jamais havia visto. (P. 322)

207. Kardec escreve sobre as faculdades  da Sra. Roger, sonâmbula, que consegue ver a distância pessoas e objetos desaparecidos. (PP. 326 e 327)

208. Diz o codificador que a clarividência sonambúlica nem sempre é reflexo de um pensamento estranho: o sonâmbulo pode ter uma lucidez própria, absolutamente independente. (P. 328) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita