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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 41 - 3 de Fevereiro de 2008

CHRISTINA NUNES 
cfqsda@yahoo.com.br

Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Da imparcialidade na atuação
dos mentores desencarnados

Das qualidades distintivas da atuação legítima da Assistência espiritual desencarnada, talvez a mais relevante na hora de se estabelecer credibilidade a este ou aquele mentor seja a imparcialidade. 

Sem embargo, tão logo se estabelece a sintonia segura com o nosso mentor pessoal aquele que se responsabiliza desde os primórdios de cada reencarnação no orbe pelo acompanhamento dos nossos sucessos e desafios na esfera material terrena comparece, evidente, este característico, presente em cada comunicado, orientação ou mensagem dos planos invisíveis, com o qual nos concita a exercitar o discernimento conferidor da defesa contra as usuais armadilhas dos obsessores. 

Na época do lançamento da obra O Pretoriano romance mediúnico de autoria espiritual do meu mentor, Caio Fábio Quinto −, fui compelida de maneira inequívoca à leitura de uma obra até então por mim completamente ignorada intitulada Comentários das Guerras Gálicas (*). Isto porque, uma vez concluída a obra no manuscrito, e, então, alguns anos após, enviada à editora para publicação, importava que adquirisse maior conhecimento do que constituiu o conteúdo do nosso próprio livro, de vez que fazia alusões a detalhes intimamente correlacionados à obra supracitada, que é uma descrição do próprio Júlio César, estadista romano, dos ocorridos no episódio das batalhas travadas pelas legiões romanas na região da atual França. 

Nos seus Comentários..., Júlio César apresenta a sua versão objetiva, enxuta, tendenciosa e meramente descritiva de General interessado em realçar as glórias de uma facção política e militar romana durante o período da guerra pela qual conquistou – aludindo pacificar uma importante província para aquele poderoso Império em formação. 

Caio Fábio Quinto, como me foi dado conhecer depois com pesquisas esmiuçadas, era Cesariano, um dos generais daquelas tropas e até onde aparenta um dos homens da confiança de César. Governador da província da Ásia em anos anteriores, fácil a dedução, a partir desses dados, de que se posicionava favoravelmente à política férrea de dominação outorgada por aquela personalidade importante não apenas no contexto da história monumental do Império Romano, mas também nos rumos culturais e políticos de várias nações em expansão.

O leitor deve estar se perguntando a pretexto de que menciono estes episódios e qual a correlação com o tema pretendido neste artigo, qual seja a imparcialidade como característica da atuação dos mentores espirituais. É que, caríssimos, estes dias, induzida por este mesmo mentor à leitura muitíssimo proveitosa da obra de Léon Denis, O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, pude imediatamente atinar com a sua intenção ao apresentar ao meu espírito crítico “as duas versões” possíveis desta mesma história do passado, cujo retalho perpassou o enredo do nosso aludido trabalho literário. 

Caio Quinto exemplificou-me, por intermédio da inspiração da leitura deste excelente trabalho do célebre espírita francês, o modo como qualquer fato da vida sejam os mais insignificantes, sejam os de grande repercussão na história de algum povo como o foram os ligados à vida de Júlio César pode ser compreendido com visões opostas, embora legítimas, como se constata na leitura de ambas estas importantes obras. 

Uma militar e profundamente pragmática, quais os Comentários..., nos defronta um Imperador romano heróico, conquistador, cheio de virtudes militares e intenções tidas como legítimas para a garantia das premissas da República romana; outra a de Léon nos apresenta um Júlio César algoz e o vencido pelo poderio romano, Vercingetorix, o líder gálico audaz até ao sacrifício vencido apenas pela falta de coesão existente entre as próprias autoridades gálicas, entre as quais se faziam presentes desertores e traidores coadunados com as autoridades romanas por interesses próprios como o verdadeiro herói perante a sede de conquista sanguinária de um Império execrado como verdadeira ave de rapina opressora de povos sem conta. A partir disso, Léon Denis nos esclarece que o autêntico espírito francês nada tem de latino – de vez que as qualidades nobres daqueles povos, desde os seus primórdios, derivavam dos antigos gálicos, representados até a nossa época contemporânea por matizes presentes no espírito nacionalista francês, conservador honrado da língua pátria e de um ideal herdado dos bardos que, para a competitividade feroz dos tempos que correm, adquirem, infelizmente, errônea feição visionária. 

É neste sentido que aludo à imparcialidade exemplificada por um mentor desencarnado em particular que, neste caso pessoal, fez por onde realçar não apenas a versão entrevista numa obra de sua autoria que remonta aos tempos gloriosos da águia romana nos quais teve participação relevante e ativa mas também as importantes razões gálicas, ou antes, francesas, às considerações de sua médium, como exemplificação clara de que em questões de vidas sucessivas sempre haverá as duas faces da mesma moeda a serem devidamente consideradas no momento de se quitar contas com as Leis Cármicas, ceitil por ceitil. 

(*) Comentários das Guerras Gálicas – Júlio César Ediouro.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita