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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 4 - 9 de Maio de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
(4ª Parte) 

Damos seqüência à apresentação do estudo de "O Livro dos Médiuns", segunda das cinco obras que constituem o chamado Pentateuco Kardequiano, que Allan Kardec lançou em Paris no ano de 1861, a qual será aqui apresentada na forma de 175 questões objetivas.

Questões objetivas

24. Como se dá o fenômeno das mesas girantes?

Antes de mais nada, é preciso que haja um ou mais médiuns dotados da aptidão especial para produção de efeitos físicos. As pessoas se assentam ao redor de uma mesa e pousam a palma das mãos em cima, sem pressão e sem tensão muscular. É preciso que haja recolhimento, um silêncio absoluto e paciência se o efeito demorar a produzir-se. Pode acontecer que este se dê em poucos minutos, como pode demorar meia ou uma hora; isto dependerá da força mediúnica dos participantes. Quando o efeito começa a se manifestar, ouve-se comumente um estalido na mesa; sente-se um estremecimento que é o prelúdio do movimento; a mesa parece fazer esforços para se desamarrar; o movimento de rotação se pronuncia e se acelera ao ponto de adquirir uma rapidez tal que o assistentes experimentam sérias dificuldades para acompanhá-lo. Uma vez o movimento estabelecido, pode-se mesmo se afastar da mesa, que continua a mover-se em diversos sentidos e sem contato. Em outras circunstâncias, a mesa se ergue e firma ora num pé, ora no outro, depois volta docemente à sua posição natural. Outras vezes, balança-se imitando o movimento oscilatório de um navio. De outras vezes, enfim, destaca-se inteiramente do solo e se mantém em equilíbrio no espaço, sem ponto de apoio; depois desce lentamente, balançando-se como o faria uma folha de papel, ou bem cai violentamente e se quebra, o que prova de um modo patente que não se é joguete de uma ilusão de ótica. (Itens 61 a 63)

25. Por que o fenômeno das mesas girantes não mais ocorre?

Duas causas contribuíram para o abandono das mesas girantes: a moda, para as pessoas frívolas, que dedicam raramente duas temporadas ao mesmo divertimento; todavia, nesse caso conseguiram dedicar-lhe três ou quatro! Para as pessoas sérias e observadoras saiu alguma coisa de respeitável, que prevaleceu; desprezaram-se as mesas girantes porque se passou a ocupar das conseqüências que resultaram das manifestações: deixaram o alfabeto pela ciência. Eis todo o segredo desse abandono aparente, do qual fizeram tanto barulho os zombadores. (Item 60)

26. Quais são as manifestações espíritas mais simples?

De todas as manifestações espíritas, as mais simples e as mais freqüentes são os ruídos e as batidas, mas é preciso compreender que os ruídos espíritas têm um caráter particular e apresentam uma intensidade e timbres muito variados, que os tornam facilmente reconhecíveis e não permitem confundi-los com o ranger da madeira, o crepitar do fogo ou o tic-tac monótono de um pêndulo. São pancadas secas, às vezes surdas, fracas e leves, outras vezes claras, distintas, algumas vezes estrepitosas, que mudam de lugar e se repetem sem terem uma regularidade mecânica. De todos os meios de controle, para certificação de sua veracidade, o mais eficaz, aquele que não pode deixar dúvidas de sua origem, é a obediência do fenômeno à vontade. Se as pancadas se fazem ouvir no lugar designado, se respondem ao pensamento por seu número ou sua intensidade, não se lhes pode negar uma causa inteligente, embora a falta de obediência não constitua sempre uma prova contrária. É preciso submeter o fenômeno a uma verificação minuciosa para se ter a certeza de que não é ele o resultado de causas comuns ou mesmo de brincadeiras de mau gosto. (Item 83)

27. Que caracteriza uma manifestação como inteligente?

Para que uma manifestação seja inteligente, não é preciso que seja eloqüente, espiritual ou erudita; é suficiente que prove um ato livre e voluntário, que exprima uma intenção, ou responda a um pensamento. Vimos a mesa mover-se, erguer-se, dar pancadas, sob a influência de um ou de vários médiuns. O primeiro efeito inteligente que se observou foi de ver estes movimentos obedecerem a uma ordem. Assim, sem mudar de lugar, a mesa se erguia alternadamente sobre o pé designado; depois, caindo, batia um determinado numero de pancadas, respondendo a uma pergunta. Outras vezes, a mesa, sem o contato de ninguém, passeava sozinha pela sala, indo para a direita e para a esquerda, para trás e para diante, executando diversos movimentos conforme os assistentes mandavam. Eis o que dá ao fenômeno o caráter inteligente a que se refere a pergunta. (Itens 66 e 67)

28. Essa inteligência não é devida à ação do médium?

A princípio, surgiu um sistema segundo o qual a inteligência da manifestação seria proveniente do médium, do interrogador ou mesmo dos assistentes. A dificuldade era explicar como essa inteligência podia refletir-se na mesa e se traduzir por pancadas. Ora, como as pancadas não eram dadas fisicamente pelo médium, eram pelo pensamento. Eis aí, então, um fenômeno ainda mais prodigioso do que os até então observados: o pensamento desferindo pancadas!... A experiência não tardou em demonstrar o erro dessa opinião. Com efeito, as respostas estavam, muito freqüentemente, em oposição formal ao pensamento dos assistentes, fora do alcance intelectual do médium e mesmo em idiomas ignorados por ele, ou relatando fatos desconhecidos de todos. Os exemplos são tão numerosos, que é quase impossível que alguém que se ocupou de comunicações espíritas não tenha sido testemunha deles muitas vezes. (Item 69)

29. Qual é, então, o papel do médium nesse tipo de fenômeno espírita?

Médium quer dizer intermediário. Nesses fenômenos, o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal acumulado pelo Espírito: é necessária a união desses dois fluidos, isto é, do fluido animalizado do médium com o fluido universal, para dar vida momentânea à mesa ou a qualquer outro objeto. Esta vida é, porém, passageira e se extingue com a ação e, muitas vezes, antes do fim da ação, logo que a quantidade de fluido não é suficiente para animá-la. (Item 74, pergunta 14)

30. O Espírito pode produzir o fenômeno sem o concurso de um médium?

Pode agir sem o médium saber, isto é, muitas pessoas servem de auxiliares aos Espíritos para certos fenômenos, sem o perceberem. O Espírito tira delas, como de uma fonte, o fluido animalizado do qual tem necessidade; é assim que o concurso de um médium nem sempre é voluntário, o que se dá principalmente nas manifestações espontâneas. A razão disso é que o fluido vital, indispensável à produção de todos os fenômenos mediúnicos, é apanágio exclusivo do encarnado e do qual, por conseguinte, o Espírito operador é obrigado a se impregnar. (Item 74, parágrafo 15, e item 98)

31. Que é o chamado fluido universal e qual é seu estado mais simples?

Criado por Deus, o fluido universal é o princípio elementar de todas as coisas, excetuados os seres inteligentes da Criação. Para encontrá-lo em sua simplicidade absoluta, é preciso remontarmos até aos Espíritos puros. Na Terra ele está sempre mais ou menos modificado para formar a matéria compacta que nos cerca, e aqui o estado que mais se aproxima dessa simplicidade é o do fluido que, em Espiritismo, chamamos de fluido magnético animal. (Item 74) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita