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Correio Mediúnico
Ano 1 - N° 4 - 9 de Maio de 2007
 

Amor santificado

Amélia Rodrigues

Em face das complexas mudanças ocorridas na sociedade contemporânea, a maternidade, com algumas exceções, vem sendo relegada a plano secundário, sendo, cada dia, mais indesejada, por grande número de mulheres interessadas nos prazeres mundanos, ao invés do interesse pela busca saudável da santificação da existência.

A maternidade constitui bênção de incomparável significado, por facultar à mulher ser co-criadora com Deus,

Oferecer-se ao ministério de procriar com amor e ternura, representa uma conquista moral das mais grandiosas a que pode aspirar o ser humano.

Certamente, são incontáveis os casos de concepção automática, sem a compreensão real da gravidade de que se reveste o ensejo de ser-se pai ou mãe.

Nada obstante, não são poucos os exemplos de abnegação e de enobrecimento que se expressam, nessas ocorrências inesperadas, que tornam as mães verdadeiras estrelas que iluminam o escuro zimbório da noite humana, diminuindo-lhe as sombras densas da ignorância e da crueldade.

A planificação familiar adquirida a duras penas, essa nobre conquista da evolução científica, ao permitir que se tenha a prole que se deseja e se pode educar, enseja excelentes oportunidades para a edificação da família, embora o ideal seja a espontaneidade da fecundação, naturalmente obedecendo-se aos elevados padrões de higiene sexual e de dignificação da mulher.

Postergar-se, no entanto, a oportunidade da concepção para quando as circunstâncias sejam favoráveis, no que se referem às questões financeiras, de trabalho, de segurança, pode gerar situações difíceis de contornadas, quando chegar o momento em que tudo parece contribuir para que se realize a aspiração.

A bênção de um filhinho, mesmo quando apresenta limites ou deficiências, é graça concedida pelo Céu para o engrandecimento do lar, por constituir instrumento de resgate de débitos passados e oportunidade de desenvolvimento dos valores morais de todo o grupo.

Os filhos saudáveis, portadores de inteligência e lucidez, não estão indenes a ocorrências que lhes surjam pelo caminho, convidando-os aos necessários sofrimentos reparadores através das enfermidades graves e tormentosas.

Por isso, a confiança irrestrita em Deus deve constituir requisito fundamental para o êxito materno, porquanto os impositivos em torno do futuro, por mais cuidados se tenham, são sempre imprevisíveis.

Nesse sentido, é sempre o amor que resolve as dificuldades que se apresentam em relação à família.

Quando os parceiros se identificam através dos elevados sentimentos de amor, enfrentam quaisquer situações juntos, e encorajando-se reciprocamente, superam os desafios que mais os dignificam.

Ocorre que o sexo em predominância no comportamento humano da atualidade, vem descaracterizando o elevado sentido do amor, numa fuga psicológica inquietante, que leva à coabitação mais por imediatismo de prazer do que por emoções plenificadoras.

Disso resultam as múltiplas experiências sexuais frustrantes, porque destituídas de profundo respeito e carinho, deixando ressaibos de amargura e ânsias de repetições trabalhadas pela fantasia, quando não por alucinações defluentes dos impulsos inferiores.

Desfilam então, os grupos sociais em depressões ou fanfarras atordoantes, de modo que o raciocínio fica impossibilitado de despertar a consciência do ópio da ilusão.

Inevitavelmente, nessas circunstâncias, o filho é indesejado, considerado um problema, uma carga difícil de ser conduzida, especialmente quando a mulher vê-se abandonada, sem os recursos hábeis para a própria e a subsistência do rebento.

Essa conduta leviana e injusta do homem, que somente pensa em desfrutar, caracteriza-lhe a permanência em fase primária do pensamento moral, tornando-se-lhe hoje ou mais tarde razão de desgraça espiritual.

Como efeito, a maternidade amplia-se no meio de jovens totalmente despreparadas para o elevado mister, que se deixaram seduzir pelas mentiras da mídia, e atiraram-se com antecipação nos jogos do sexo, gerando filhos que não podem cuidar, conduzidas prematuramente à prostituição e ao vício.

Quando as sociedades humanas forem mais justas e dignas, de cedo a educação sexual fará parte dos seus programas, orientando os jovens em torno dos sentimentos e das paixões, de forma que, somente após alcançarem o discernimento e a responsabilidade, se permitirão as uniões que se farão demoradas e conscientes.

Neste momento de trânsito moral do planeta, no entanto, os disparates afetivos, as injunções enganosas, as ambições desvairadas, tomam conta de quase toda a sociedade, dando lugar aos distúrbios de variada ordem que a afligem como látego de correção...

A maternidade consciente e responsável de hoje será o instrumento de que se utilizará a Divindade para a construção da humanidade futura, quando espíritos nobres se reencarnarão para produzir as mudanças inevitáveis do mundo de sofrimentos em que se encontra para planeta de paz e de plenitude que será.

Às mães especialmente, pelo fato de mais conviverem com os filhinhos, cabe a grande tarefa de construir o mundo novo, rico de ternura e de amor, de conhecimento e de beleza, que os seus sentimentos superiores podem oferecer a todo instante, inaugurando a era de felicidade que todos desejam.

Recorde-se, nesse aspecto, a figura exponencial da mulher de Nazaré, que ao receber o filhinho no seio generoso, jamais imaginou que se tratava do Rei Solar, encarregado por Deus para iluminar a Terra para todo o sempre. Seu desvelo, seus cuidados e devotamentos, trabalharam-lhe a infância feliz para a gloriosa missão de amor que veio realizar no mundo.

Ela tornou-se, então, a Mãe Santíssima da humanidade, sem nunca haver esperado que isso acontecesse.

Em sua homenagem, o desvelo materno em todos os tempos, transformou-se em amor que se santifica, por ser doado em favor da sociedade do futuro, através do filho do presente que Deus proporciona ao seu coração.

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 19 de março de 2007, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita