WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Entrevista
Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

Vansan:  

Um violão como extensão
dos braços

O músico Vansan vem se apresentando para platéias
espíritas há anos, com uma sensibilidade e
 vibração que leva o público às lágrimas

Dezoito CDs gravados e um DVD. Autodidata desde os oito anos de idade, já esteve em diversos programas de televisão e também visitou a Itália. Atualmente, além dos compromissos profissionais com a música, é presença certa em muitos eventos espíritas, seja para abertura ou encerramento de encontros e eventos, seja para apresentações próprias.

Chamado   por  amigos  de  o  “gênio  do violão”, Vansan tem levado o público às lágrimas com a vibração de sua sensibilidade que transforma o ambiente, graças ao envolvimento espiritual que o acompanha nas apresentações.

Espírita desde 1979, atua no Centro Espírita Caminho da Luz, de Mogi das Cruzes (SP), onde participa de tarefas mediúnicas e doutrinárias, mas seu nome já se tornou conhecido em quase todo o estado de São Paulo e também em outros estados.

Os efeitos da música como importante recurso terapêutico para a paz humana já são conhecidos, e nesse sentido as respostas do artista e tarefeiro espírita revelam detalhes que vão interessar ao leitor. 

– Como ocorreu sua chegada ao Espiritismo?

Por motivo de saúde. Eu tinha crises violentas de enxaqueca e o próprio médico, nada encontrando em meus exames, me sugeriu procurar uma casa espírita. Alguns de meus irmãos, que já eram espíritas, me ajudaram a vencer o preconceito e as dificuldades; comecei a estudar e a freqüentar as atividades doutrinárias e filantrópicas, até ter condições de exercer a mediunidade ostensiva nos trabalhos de desobsessão e cura. 

– Desde quando você se apresenta nas instituições espíritas e onde ocorreu sua primeira apresentação em ambiente espírita? Quantas apresentações em instituições espíritas você já somou? Você já esteve fora do estado de São Paulo?

Comecei a utilizar a música no próprio centro que freqüentava, o Centro Espírita São João e São Paulo, nas reuniões de assistência espiritual (1980). Não sei quantas apresentações já fiz em casas espíritas, mas seguramente passam de cem. Diversas vezes por ano canto também em Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná. 

– Como você foi levado a se apresentar em eventos espíritas?

Fui convidado para fazer a abertura musical por ocasião de uma visita de Divaldo Pereira Franco em minha cidade. Depois, com Carlos Baccelli; e não parei mais. Até que comecei a realizar minhas próprias palestras com música.

– O que o motiva à música? E por que a preferência pelo violão?

Minha maior motivação é o bem que a música traz às pessoas e aos desencarnados. O violão é uma extensão de meus braços; nele corre meu sangue, pulsam meu coração e meus sentimentos. 

– Quando você se apresenta, qual o envolvimento espiritual que sente? Descreva as sensações.

Sinto uma energia maravilhosa me banhando. É como se eu fosse uma antena retransmissora dessa energia para as pessoas. 

– Há diferença de sensações experimentadas entre uma e outra apresentação?

Muita diferença. Quando me apresento como músico em outros eventos que não de cunho religioso, embora me prepare espiritualmente e o faça com muito amor e prazer, a sensação é outra. Parece que falta o que os ambientes preparados espiritualmente oferecem. 

– As percepções sentidas ajudam-no nas apresentações?

De maneira muito especial, pois tenho facilidade de sentir a necessidade do ambiente e dirijo as músicas e as palavras no sentido percebido. 

– E o público, como você o sente?

Sinto que há uma grande sintonia. Sinto que as pessoas recebem essa energia e são tocadas por ela. É o que tem trazido emotividade aos ambientes, tanto para mim como para o público. 

– Você tem notícias e depoimentos dos resultados de suas apresentações?

Sim. As pessoas me telefonam, escrevem ou me falam pessoalmente. É interessante porque muitos se tornaram espíritas através das minhas apresentações; outros passaram a ver a vida de outra forma e a valorizar mais as pessoas, a família e os momentos da vida. Muitos deixaram vícios ou idéias de suicídio de lado. Famílias passaram a fazer o evangelho no lar; vários relatam alívio para dores físicas e psicológicas após o trabalho. As reações são as mais diversas e gratificantes. 

– Qual a lição mais importante que você tira das apresentações?

Que, embora muitas pessoas se beneficiem desse trabalho, eu sou o maior beneficiado e também o maior necessitado. Recebo paz, equilíbrio e lições preciosas para minha vida. 

– O que o dirige na escolha da seqüência das músicas apresentadas perante diferentes públicos?

Normalmente, de acordo com o tema, já tenho uma seqüência mais ou menos elaborada mentalmente. Todavia, a necessidade do ambiente e a intuição dos espíritos muitas vezes me fazem mudar palavras e músicas, alterando totalmente o roteiro. 

– Fale-nos de sua experiência musical.

Minha mãe, que é católica, dizia que, antes de me trazer ao mundo, pediu a Santa Cecília um filho músico. E, interessante, já nasci músico: uso o violão desde os oito anos e componho desde os doze anos de idade. Sempre me apresentei em festas informais e participei de um conjunto profissional até que, em 1978, comecei minha carreira solo, cantando em clubes e festas. Em 1986, gravei meu primeiro disco e participei de diversos programas de TV – os conhecidos na época e os atuais: Festa Baile, Viola Minha Viola, Clarisse Amaral, Almoço com as Estrelas, Mulheres, Som Brasil. Em 2000, gravei meu primeiro CD. Apresentei-me também em Roma, na Itália, em algumas pequenas casas. Hoje, faço apresentações em alguns clubes de São Paulo, em festas, em feiras e exposições. Também dirijo e apresento um programa na TV a cabo em Mogi das Cruzes e realizo palestras de auto-ajuda com música, também em empresas. 

– Suas palavras finais.

Gostaria muito de agradecer a oportunidade e dizer que, além de todo o benefício que a música me traz, ela ainda me proporciona a conquista de grandes amizades, fator de muita felicidade pessoal para mim. Concluo com as palavras de Léon Denis, na obra O Espiritismo na Arte: “O pensamento de Deus é a fonte das altas e sãs inspirações. Se nossos artistas soubessem beber nessa fonte, nela encontrariam o segredo das obras imperecíveis e as maiores felicidades”. É assim que eu me sinto. Muita paz! 
 

As instituições que desejarem manter contato com o entrevistado podem fazê-lo por meio do endereço eletrônico: vansan@uol.com.br/.
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita