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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008

EDUARDO BATISTA DE OLIVEIRA
ebatistadeoliveira@ig.com.br

Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)

 

O aquecimento global

Nos últimos anos, acompanhamos na TV, jornais e revistas, quase todos os dias, informações sobre catástrofes climáticas e rápidas mudanças no clima mundial, com efeitos devastadores. A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus. Ciclones atingem o Brasil. O número de desertos aumenta. Furacão isso, furacão aquilo. Aprendemos que os nomes dos furacões são definidos em uma lista previamente elaborada.

Nos meios científicos, não se discute mais se o clima de nosso planeta está ou não em processo de aquecimento. Todos concordam que sim. O que ainda gera discordância, sob influências políticas, são as causas do aquecimento e as medidas preventivas/corretivas, diante das possíveis conseqüências desastrosas. É consenso, porém, que o aquecimento resulta, principalmente, da ação dos homens – incluindo-se aí o aumento de poluentes e de gases de difícil dispersão, derivados da queima de combustíveis, que formam o chamado “efeito estufa”, o exagerado uso das águas subterrâneas, o desmatamento, as queimadas, etc. Outra hipótese, defendida por uma minoria de cientistas, atribui o aumento da temperatura da Terra à variação na radiação solar (o Sol estaria, por assim dizer, mais quente).

Seja qual for a causa, as previsões são alarmantes. Estima-se entre 1,1 e 6,5º C o aumento da temperatura média global até o final deste século. 2.000 km2 da superfície do planeta se transformam em deserto a cada ano. 40% das árvores da Amazônia não conseguirão sobreviver se a temperatura média subir de 2 a 3º C. A geleira Gangotri, no Himalaia, que tem 25 km de extensão, diminuiu 2 km nos últimos 150 anos.

Em face dessas mudanças, algumas medidas começam a ser tomadas, mesmo que timidamente, visando à redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa. Em fevereiro de 2005, entrou em vigor um acordo internacional, denominado Protocolo de Kioto, cujo objetivo é a diminuição da temperatura global por meio da redução nas emissões de gases pelos países mais poluentes.

De acordo com a tese da maioria, os flagelos previstos em função do aquecimento global decorrem do abuso, da imprevidência e da insaciabilidade do homem no uso dos recursos naturais. Se fosse mais sensata, a humanidade saberia aplicar tais recursos com equilíbrio, de modo a atender sem desperdício às necessidades oriundas do aumento demográfico. A chamada “revolta da natureza” é uma busca natural do equilíbrio planetário. Como registrado por Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, os flagelos “naturais” e destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam; mas o bem que deles decorre geralmente só é sentido por gerações futuras. Ainda segundo O Livro dos Espíritos, do ponto de vista moral, os flagelos proporcionam ao homem a oportunidade de pôr em prática sua inteligência, paciência e resignação, ao mesmo tempo em que lhe exigem abnegação e esforço na busca de soluções. Além disso, nas grandes calamidades, a caridade se manifesta mais intensamente, como se observa nas campanhas em prol das vítimas de tragédias.

Pelo menos em parte, somos responsáveis pela saúde da Terra e torcemos para que ela se restabeleça, em nosso próprio benefício. Mas, na prática, não concordamos em abrir mão do nosso conforto: preferimos o carro ao transporte coletivo, que polui menos, proporcionalmente; não deixamos de comer carne de boi, que para ser criado exige grandes desmatamentos e torna o solo improdutivo (numa área de pasto necessária à produção de 1 kg de carne bovina seria possível produzir até 200 kg de cereais – a substituição de pasto pelo plantio de cereais poderia acabar com a fome no Planeta, além de promover redução do calor). Separamos nossos lixos para que parte deles seja reciclada? Temos aproveitado os dois lados das folhas de papel que usamos? Não e não, não é mesmo? Somos mais insensatos e imprevidentes do que pensamos.

Entretanto, podemos e devemos mudar nossas atitudes e, por conseguinte, a situação do Planeta.  É para isso que reencarnamos. Sozinhos, não resolveremos o problema todo, mas faremos uma parte... a nossa parte! E, com isso, influenciaremos outros para que também façam a sua.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita