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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 37 - 6 de Janeiro de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

Os acessórios da inutilidade

“Cada um terá que dar contas da inutilidade voluntária da sua existência, inutilidade sempre fatal à felicidade futura.”
(O Livro dos Espíritos, Pergunta 988)

Conta-se que uma jovem ricamente ajaezada empreendeu longa e sacrificial travessia em escaldante deserto e na medida em que, penosamente, avançava por aquelas regiões áridas e agrestes, ia se desfazendo dos adereços inúteis que lhe queimavam a pele em virtude do implacável calor ambiente.   Assim, ao longo de suas pegadas iam ficando para trás as jóias, colares, anéis e toda uma parafernália de inutilidade...

A história é significativa se atentarmos para o símbolo.

Nós, os viajantes da Eternidade, também temos que ir alijando do Espírito toda carga inútil que amealhamos no carreiro evolutivo pelos milênios a fora, quais sejam: os vícios, costumes malsãos, ignorância, egoísmo, orgulho, vaidade e tudo que é contrário ao bem.

Há que centrar a meta em atingir a perfeição e a felicidade a que estamos destinados por decisão de Deus.   Para alcançarmos tal desiderato, fazem-se necessários continuados esforços, sem maiores perdas de precioso tempo.   Árdua é a caminhada, quase ínvios são os caminhos, no entanto, indescritível e compensador é o galardão da vitória sobre nós mesmos.

Afirmam os Espíritos Amigos (1):

“Sabei que o Espírito não pode adquirir conhecimento e elevar-se senão exercendo a sua atividade. Se adormece na indolência, não se adianta. Assemelha-se a um que precisa trabalhar e vai passear ou deitar-se, com a intenção de nada fazer.”

Realçando o tom de equilíbrio que a Doutrina Espírita ensina, complementa Thereza de Brito (2):

“(...) Não há necessidade de a criatura neurotizar-se numa perpétua motricidade. Apenas evitar-se-á as horas vazias, preservando-se da neurotizante inutilidade daqueles que, por estarem ocupados em não fazer nada, deixam de servir, desvalorizando os minutos.”

Carneiro de Campos (Marquês de Caravelas), deputado da província do Rio de Janeiro, uma das mais eminentes figuras políticas do Primeiro Reinado, e que foi um dos vexilários da liberdade religiosa no Brasil, defendendo-a na Constituinte de 1823, traz-nos a seguinte informação pela via mediúnica oferecida por Divaldo P. Franco (3):

“(...) Deixando à margem, por desnecessários, os acessórios da inutilidade, impulsiona-se o homem na conquista das potencialidades psíquicas e paranormais, mediante as quais frui harmonia e espiritualiza-se.

O sofrimento já não o agrilhoa, deprimindo-o, pois nele encontra o estímulo para a alforria e as suas passam a ser as dores dos ignorantes e infelizes, entendendo-os na limitação em que se debatem ainda na infância emocional por onde transitam.

São esses os homens que constroem civilizações, que levantam e mantêm os ideais da arte, da cultura, da ciência e, sobretudo, da fé, excetuando-se os que se erijam na violência e por ela perecem, os que se galvanizam nas paixões inferiores e por elas sucumbem, os mártires e os missionários, que impulsionam o progresso no mundo, passaram pela caserna da disciplina mental e do discernimento dos desejos.

Viver no mundo sem depender dos impositivos do mundo, antecipando as horas da realidade maior – a espiritual - é a meta de quem se consagra ao ideal de acelerar o movimento humano e antecipar o momento da recristianização da Terra.

Labor feliz, o da renovação íntima para a realização superior, conta com o interesse e apoio irrestrito dos mentores da Humanidade, os idealizadores da felicidade geral em nome de Jesus.

Nenhuma fadiga ou desânimo em tal cometimento.   Soa a hora da avaliação de todas as coisas.   Esboroam-se as edificações sem base e desaparecem as filosofias chãs.”

O Cristo chama e os imortais estimulam os que sintonizam com o apelo evangélico, intercambiando ativamente, trabalhando com afinco, com entusiasmo e disciplina, fazendo que se descortinem desde já os tempos da intuição, véspera da angelitude que todos alcançaremos.                                

Bibliografia:

(1) Kardec, A. O Livro dos Espíritos, Pergunta nº. 988.

(2) Thereza de Brito/Teixeira, J.R. Vereda Familiar, Capítulo 3.

(3) FRANCO, Divaldo/Espírito Carneiro de Campos. Disciplina e Evolução (Mensagem). 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita