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Especial

Ano 1 - N° 37 - 6 de Janeiro de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)

Faz 150 anos que Kardec lançou a
Revue Spirite

Sem um único assinante e nenhum sócio capitalista, a
Revue
circulou pela primeira vez em 1
o de janeiro de
1858, sob a direção do Codificador do Espiritismo

Pouco mais de oito meses depois da publicação d´ O Livro dos Espíritos, Allan Kardec lançou em Paris o primeiro número da Revue Spirite, mensário que ele escreveu e publicou de 1o de janeiro de 1858 a 31 de março de 1869, quando desencarnou.

A importância da Revue foi fundamental na divulgação e na própria codificação da Doutrina Espírita.

No livro Obras Póstumas, publicado depois do falecimento do Codificador do Espiritismo, podemos ler o diálogo que ele manteve em 15 de novembro de 1857 com seu protetor espiritual na residência do Sr. Dufaux, por intermédio da senhora E. Dufaux.

Eis, na íntegra, o teor do referido diálogo:

Pergunta - Tenho a intenção de publicar um jornal espírita, pensais que chegarei a fazê-lo, e mo aconselhais? A pessoa à qual me dirigi, o Sr. Tiedeman, parece-me decidido a dar o seu concurso pecuniário.

Resposta: Sim, isso conseguirás com a perseverança. A idéia é boa, é preciso amadurecê-la antes.

Pergunta - Temo que outros me antecedam.

Resposta:  É necessário apressar-se.

Pergunta - É o meu desejo, mas o tempo me falta. Tenho dois empregos que me são necessários, vós o sabeis; gostaria de poder a isso renunciar, a fim de consagrar-me inteiramente à coisa, sem preocupações estranhas.

Resposta: Não é preciso nada abandonar no momento; sempre se acha tempo para tudo; movimenta-te e conseguirás.

Pergunta - Devo agir sem o concurso do Sr. Tiedeman.

Resposta: Age com ou sem seu concurso; não te inquietes com ele, podes por isso passar.

Pergunta - Tinha a intenção de fazer um primeiro número de experiência, a fim de colocar o jornal e fixar-lhe data, salvo continuar mais tarde, se for o caso; que pensais disso?

Resposta: A idéia é boa, mas um primeiro número não bastará; no entanto, é útil e mesmo necessário naquilo que abrirá o caminho ao resto. Nisso será preciso levar muito cuidado, de maneira a lançar as bases de um sucesso durável; se for defeituoso, mais valeria nada, porque a primeira impressão pode decidir seu futuro. É necessário se ligar, começando, sobretudo a satisfazer à curiosidade; deve encerrar, ao mesmo tempo, o sério e o agradável; o sério que ligará os homens de ciência, e o agradável que divertirá o vulgo; esta parte é essencial, mas a outra é a mais importante, porque sem ela o jornal não teria fundamento sólido. Em uma palavra, é preciso evitar a monotonia pela variedade, reunir a instrução sólida ao interesse, e isso será, para todos os trabalhos ulteriores, um poderoso auxiliar. (Obras Póstumas, pp. 263 e 264.)

Em seguida ao diálogo acima transcrito, o Codificador acrescentou a observação seguinte:

 “Apressei-me em redigir o primeiro número, e fi-lo aparecer em janeiro de 1858, sem disso nada ter dito a ninguém. Não tinha um único assinante e nenhum sócio capitalista. Fi-lo, pois, inteiramente aos meus riscos e perigos, e não ocorreu de me arrepender disso, porque o sucesso excedeu a minha expectativa. A partir de 1o de janeiro, os números se sucederam sem interrupção, e, como o Espírito previra, esse jornal se me tornou um poderoso auxiliar.

Reconheci mais tarde que estava feliz por não ter um sócio capitalista, porque estava mais livre, ao passo que um estranho teria podido querer me impor suas idéias e sua vontade, e entravar a minha caminhada; só, não tinha que dar contas a ninguém, por pesada que fosse a minha tarefa como trabalho.” (Obra citada, pág. 264.)

A observação contida nesta nota corresponde à verdade, porque todos os que já leram os números da Revue Spirite sabem que é impossível ter uma visão abrangente da Doutrina sem levar em conta os textos que nela foram inseridos.

Lendo-a, pode-se acompanhar a evolução do pensamento do Codificador e o processo daquilo que se convencionou chamar de codificação do Espiritismo.

Registrando neste mês o aniversário de 150 anos do importante periódico, que será evidentemente comemorado pelos espíritas do mundo inteiro, inicia-se nesta edição de  O Consolador, conforme já divulgado, a apresentação do texto condensado dos doze volumes que compõem a Revue, referentes ao período de 1858 a 1869.

 
 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita