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Entrevista
Ano 1 - N° 36 - 23 de Dezembro de 2007
FERNANDA BORGES
fernanda@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Rejane de Santa Helena Spiegelberg Planer: 

“Sem o fenômeno mediúnico, as questões éticas e morais da filosofia espírita e a vivência do Evangelho,
não há Espiritismo”
 

“Trazer a doutrina para o dia-a-dia é o grande desafio.” Esta é uma das frases ditas por Rejane de Santa Helena Spiegelberg Planer na entrevista que se segue. Gaúcha, Rejane vive em Viena, Áustria, há alguns anos. Para ela, espírita e colaboradora ativa das atividades do movimento espírita há muitos anos, promover a discussão de assuntos atuais como o aborto, o uso de drogas, o tabagismo, alcoolismo, por meio de uma abordagem sem preconceitos ou fanatismos, mas esclarecedora, mostrando suas conseqüências em termos espirituais com base na Doutrina Espírita, são alguns

fatores que podem ajudar na conscientização da necessidade de mudança interior e de comportamento das pessoas.

“O estudo do Evangelho, de temas como a necessidade do exercício do perdão, começando por esquecer a mágoa e o ressentimento, ajuda na transformação do indivíduo e da sociedade. E assim, vamos cooperando na mudança deste mundo terreno de expiações para um mundo de regeneração, onde o amor fraternal e a amizade predominarão. A mudança, no entanto, é trabalho individual e intransferível”, diz ela.

Confira a entrevista na íntegra: 

O Consolador: Onde você nasceu?

Rejane: Nasci em Porto Alegre (RS). 

O Consolador: Que motivo a levou a residir em Viena?

Rejane: Vim para Viena, Áustria, em 1989, para trabalhar num dos órgãos da Organização das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atômica.  

O Consolador: Qual sua formação?

Rejane: Fiz o curso de engenharia elétrica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre; o curso de mestrado em engenharia nuclear no Instituto Militar de Engenharia no Rio de Janeiro, a minha segunda “cidade natal”. Considero-me, no entanto, uma engenheira nuclear, pois foi para esta modalidade que me preparei já durante a graduação e onde atuo profissionalmente há quase 30 anos. 

O Consolador: Que funções você tem exercido no movimento espírita?

Rejane: Minha atuação ativa no movimento espírita começou aos poucos e continua muito modesta. Desde que moro em Viena, freqüento a Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec. Quando a sociedade foi oficialmente estabelecida como sociedade beneficente, em 2000, fui convidada para o cargo de vice-presidente, e desde então procuro colaborar com a instituição. Cooperar na direção desta pequena casa espírita é antes de tudo uma oportunidade de aprendizado que também nos dá o ensejo de cooperar na disseminação do Espiritismo na região. Na nossa casa dei minha primeira e tímida palestra espírita, para um pequeno grupo de pessoas – um momento de singela beleza para mim, quando me senti abraçando um novo caminho e assumindo a responsabilidade de viver o Espiritismo de uma forma mais consciente. Aos poucos, lentamente, fui assumindo mais responsabilidades, estudando cada vez mais a bela Doutrina em pontos em que eu mesma precisava aprofundar o conhecimento, e então foram surgindo os artigos publicados em algumas revistas espíritas brasileiras (Presença Espírita, Revista Internacional do Espiritismo, Momento Espírita, o Consolador, etc.). Desde 1990 participo das discussões do Grupo de Estudos Espíritas Avançado (GEAE), um grupo que foi ativo e inovador na década de 1990, abrindo as discussões via internet, que naquele tempo se resumia ao e-mail. Também participo da Liga de Historiadores Espíritas, praticamente desde a sua fundação. 

O Consolador: Quando você teve contato com o Espiritismo?

Rejane: Cresci numa família espírita e católica. Meus avós paternos e meu pai eram espíritas ativos, enquanto a família de minha mãe era católica, mas com influência espírita. Minha avó materna, minhas tias e minha mãe foram médiuns, mas meu avô era católico fervoroso e praticante. Nessa orquestra típica da sociedade brasileira, cresci acompanhando minha avó ao centro espírita e minha mãe à igreja católica. Muito cedo me rebelei quanto aos dogmas católicos, e creio que deixei a Igreja já no momento em que fiz a primeira comunhão, naquele tempo mais um fato social do que religioso. Aos 10 anos já não conseguia entender a confissão, os santos, e muita coisa mais. Na minha juventude, minha mãe já abraçava o Espiritismo e colaborava nos trabalhos mediúnicos da sociedade espírita perto de nossa casa, mas eu estava ainda muito ocupada com meus estudos e não participei ativamente do Espiritismo, até mesmo acho que o repudiei um pouco. Foi somente quando compareci a uma palestra de Divaldo Franco em Viena, em 1990, que realmente o Espiritismo entrou na minha vida.  Naquele dia de verão europeu, assistimos à palestra sobre reencarnação e um filme sobre curas mediúnicas. Foi como uma luz no túnel da minha vida ou uma porta aberta convidando-me a entrar. Eu não vacilei e aceitei o convite.  

O Consolador: Qual foi a reação de sua família ante essa mudança de postura com relação à Doutrina Espírita?

Rejane: Foi uma surpresa para todos, pois eu sempre fui meio do contra, muito racional, muito questionadora, colocando a ciência acima de tudo. Devido a este temperamento inquisitivo, fui sempre estudiosa das religiões, busquei respostas às minhas indagações em várias delas. Encontrei pessoas admiráveis em várias, mas continuei sem compromisso com nenhuma das religiões institucionalizadas. Deste modo, acredito que foi uma surpresa positiva, que abriu caminhos para conversas estimuladoras com todos e ofertou-me mais amigos dentro e fora da família que nasci. 

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo – científico, filosófico e religioso – qual é o que mais a atrai?

Rejane: Difícil responder, pois o Espiritismo só existe como Doutrina dos Espíritos em seus três aspectos. É como separar hidrogênio e oxigênio da molécula da água  não teríamos mais água. Separando os aspectos filosófico, religioso e científico não temos mais Espiritismo. Portanto, é preciso entender o que são os três aspectos para não sermos tentados a enfatizar um em detrimento dos demais. O caráter científico é essencial para o conhecimento dos fenômenos, e ajuda-nos a livrar-nos das superstições e misticismos milenares oriundos do desconhecimento e da ignorância. O caráter filosófico traz resposta às questões também milenares – quais sejam, o significado da vida, de onde viemos, para onde vamos. O caráter religioso está na interiorização da religião, na crença em Deus, na fé lógica, na conversa interior com Jesus, na prece sentida que vem do fundo da alma e não nas palavras decoradas. Por exemplo, para entendermos que somos Espíritos eternos criados por Deus e sujeitos a múltiplas reencarnações, e em diversos mundos de acordo com nossa evolução espiritual, precisamos evocar os três aspectos do Espiritismo. A visão científica auxilia o entendimento da sobrevivência do Espírito à morte do corpo, e de que este reencarna novamente para novas experiências de aprendizado e crescimento. O estudo do fenômeno mediúnico prova a existência da alma. Temos a resposta às maiores questões filosóficas da humanidade: quem somos; de onde viemos e para onde vamos, que foram discutidas por Léon Denis, o filósofo do Espiritismo, no livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, leitura recomendada a todo espírita. Mas é somente o caráter religioso que nos permite, através da fé raciocinada e lógica, da vivência interior, da prece e da vivência dos ensinamentos morais de Cristo, prosseguir na caminhada evolutiva, consciente e ativamente.

O Consolador: Que autores espíritas mais lhe agradam?

Rejane: É preciso antes de tudo conhecer e aprender a Doutrina. Assim, Kardec é livro de cabeceira. Quanto mais se lê, melhor entendemos e trazemos o Espiritismo à nossa vida diária. No entanto, Joanna de Ângelis é a autora que aprecio e procuro em minhas reflexões diárias sobre a psicologia humana. Ela invariavelmente esclarece e auxilia-me no processo de autoconhecimento. Gosto também de ler sobre as passagens da vida de Jesus nos livros do Espírito Amélia Rodrigues, psicografados por Divaldo Franco, que conseguem nos transportar àquele tempo através da descrições das paisagens e dos belos diálogos do Mestre. E ainda gosto de André Luiz, cujos livros são sempre motivos de estudo, e de Manoel Philomeno de Miranda, que aborda a mediunidade e a obsessão de forma primorosa.   

O Consolador: Que livros espíritas você considera de leitura indispensável aos confrades iniciantes?

Rejane: Sem dúvida, ler e reler o Livro dos Espíritos e a leitura diária de um trecho do Evangelho segundo o Espiritismo. O primeiro esclarece a Doutrina, o segundo ensina-nos a viver. E ainda recomendaria os livros de Joanna de Ângelis, como “Conflitos Existenciais”, que ajuda a meditar e livrar-nos de problemas comuns e que dificultam os relacionamentos sociais, como ressentimentos, angústias, medos etc. Sem esquecer, obviamente, a série de livros de André Luiz (psicografia de Chico Xavier) e de Manoel Philomeno de Miranda (psicografia de Divaldo Franco), que são leituras complementares essenciais ao estudo da mediunidade.   

O Consolador: Se você fosse passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito às atividades e trabalhos espíritas, que livros espíritas levaria?

Rejane: Depende de quantos quilos posso levar nessa mala! Eu adoro a boa leitura e os livros. Não consegui ainda me desapegar dos meus livros – e faço conscientemente um exercício de desapego semanal, oferecendo aos amigos as obras da minha pequena biblioteca. Eu levaria as cinco obras básicas – somente com elas já poderia passar anos meditando. Algumas obras de Joanna de Ângelis, da sua coleção psicológica – ajudam no crescimento interior, na solução dos problemas diários de relacionamentos, tão comuns em todo o ser humano. A coleção de André Luiz, ou pelo menos “Missionários da Luz”, se não pudesse levar todos, e alguns livros para refrescar a alma e assim mesmo pensar – como “Estesia”, de Rabindranah Tagore, psicografado por Divaldo Franco. 

O Consolador: As divergências doutrinárias em nosso meio reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você, o Espiritismo é uma religião?

Rejane: Não na forma popularmente usada da palavra religião, como religião institucionalizada. Kardec esclarece no Livro dos Espíritos que o Espiritismo não tem nacionalidade nem faz parte de nenhum culto existente, explicando assim o caráter universal do Espiritismo, muito diverso das religiões institucionalizadas pela nossa sociedade que instituíram dogmas difíceis de serem seguidos pelo pensamento racional e perderam-se nos cargos funcionais, na hierarquia, esquecendo muitas vezes o seu verdadeiro papel de levar a mensagem de amor e de caridade ao mundo. Em toda a sua obra Kardec recomenda-nos cuidado para que não deixemos cristalizar o Espiritismo, um problema comum das religiões institucionalizadas. No entanto, entendendo religião como a crença na existência de uma força criadora do Universo (Deus) e que engloba um pensamento filosófico, ético e metafísico que direciona a vida do ser humano, então eu diria que o Espiritismo é uma religião. Uma religião não institucionalizada, sem cultos externos, sem representantes, a religião da alma que se dirige a Deus. 

O Consolador: Um outro tema em que a prática espírita às vezes diverge são os chamados passes padronizados, propostos na obra de Edgard Armond. Embora saibamos que no geral a opção já definida pela maioria dos espíritas seja tão-somente a imposição das mãos, tal como recomenda J. Herculano Pires, qual é sua opinião a respeito?

Rejane: A ciência começa a explicar e a abrir os horizontes para a medicina vibracional, que inclui diversas técnicas de transmissão da bioenergia. No entanto, dentro do senso prático e do objetivo da casa espírita, é a simplicidade de gestos que deve prevalecer, unida à boa vontade e compaixão dos passistas, o que os unem aos mensageiros de Jesus. Aprendemos a técnica do passe com Divaldo Franco e adotamos a forma simples de dispersar os fluidos com a imposição das mãos.

O Consolador: Como você vê a discussão em torno do aborto?

Rejane: Nos dez mandamentos, já teríamos a resposta: não matarás. O feto é um ser vivo, um Espírito prestes a experimentar a vida, e como tal tem direito à vida. O problema para muitos é determinar o momento em que o Espírito liga-se ao corpo em formação. Neste sentido o livro de André Luiz “Missionários da Luz” é bastante esclarecedor ao analisar a encarnação do Espírito de Segismundo, mostrando que o Espírito já está presente no momento da concepção. Portanto, há vida nas primeiras horas após a fecundação. Na carta de princípios estabelecida no V Congresso Médico-Espírita em 2005, a comunidade médico-espírita manifesta-se contra “qualquer método que interrompa a vida em algum ponto do continuum zigoto-velho, inclusive a pílula do dia seguinte, e favoravelmente ao planejamento familiar, através de métodos não-abortivos”. Eu concordo plenamente com esta posição. Como mulher e mãe, como espírita e cristã, não posso concordar com qualquer atentado à vida.  

O Consolador: A eutanásia, como sabemos, é uma prática que não tem o apoio da Doutrina Espírita. Kardec e outros autores, como Joanna de Ângelis, já se posicionaram sobre esse tema. Surgiu, no entanto, ultimamente a idéia de ortotanásia, defendida até mesmo por médicos espíritas. Qual a sua opinião a respeito?

Rejane: Entendo que a eutanásia é o processo de abreviar o sofrimento de doentes terminais, antecipando-lhe a morte, às vezes uma ajuda ao suicídio. A ortotanásia é o não-prolongamento da vida por meios artificiais, retirando do doente terminal os aparelhos que auxiliam as funções vitais, como a respiração artificial e a alimentação. Entendemos que o problema da medicina atual é determinar o instante da morte do corpo físico, quando as funções vitais param e as células degeneram e morrem. Como a medicina procura a cura do corpo físico, quando não há possibilidades de recuperar a saúde, pode o médico entender que deve abreviar o sofrimento, ou não mais cooperar para o seu prolongamento. O problema é que a determinação da irreversibilidade de um quadro clínico pode ser falha, pois é de conhecimento geral que há vários casos de recuperação de pacientes após anos em estado de coma. Um dos conhecidos casos é o de Patricia White Bull, uma norte-americana de origem indígena, que entrou em coma durante o parto de seu quarto filho e acordou 16 anos depois, no ano 2000, e poderíamos citar outros similares, ou ainda aqueles que recuperam a lucidez antes do enterro do corpo, portanto com a morte clínica atestada pelos médicos. A ciência ainda tem suas limitações. A visão espírita é diversa. Para o Espiritismo o sofrimento é experiência iluminativa de crescimento para o Espírito. É também possibilidade de recolhimento e meditação que muitas vezes leva ao arrependimento ou ao perdão. Presenciei os momentos finais (as vezes meses) de doentes terminais devido a doença irrecuperável ou a morte por velhice e, em ambos os casos, vi muita dignidade no sofrimento destas pessoas queridas. Presenciei momentos de carinho, de afeto, quando as pessoas da família puderam doar-se em amor e receber amor. Só pude observar aspectos positivos e oportunidade de crescimento em todos – pacientes, amigos e familiares. Para o Espírito, a morte natural – aquela que se dá no tempo certo - é uma bênção. 

O Consolador: O movimento espírita brasileiro lhe agrada ou falta algo nele que favoreça uma melhor divulgação da Doutrina?

Rejane: Morando e vivendo o Espiritismo fora do Brasil há 18 anos, não creio que poderia expressar opinião sobre a forma de divulgação da Doutrina no Brasil. Acompanhando pela internet os congressos e palestras de ilustres espíritas, como Divaldo Franco, que reúne milhares de pessoas em suas palestras e seminários, creio que o Espiritismo está bem divulgado, pois Divaldo Franco fala de Kardec e respira o Evangelho de Jesus em sua vida.

O Consolador: Como você vê o nível da criminalidade e da violência que parece aumentar em todo o mundo e como nós, espíritas, podemos cooperar para que essa situação seja revertida?

Rejane: Mudar a situação da sociedade em que vivemos é um compromisso com a iluminação pessoal, com a busca do autoconhecimento e conseqüente reforma interior. Mude o mundo, mudando a si mesmo. Portanto a solução é cada um de nós vivermos mais de acordo com o Evangelho de Jesus, numa busca constante de aprimoramento moral e de vivência Cristã. Kardec deixa-nos no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XVII, as diretrizes que regem o Homem de Bem. Se nós, espíritas, conseguíssemos segui-las e vivê-las, mudaríamos o mundo. E vamos mudar, pois a mudança se faz imperiosa. 

O Consolador: A preparação do advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos, seus primeiros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de provas e expiações, passando plenamente à condição de um mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra “amor” estará escrita em todas as frontes e uma equidade perfeita regulará as relações sociais?

Rejane: Espíritos encarnam e desencarnam conforme suas afinidades em mundos que lhes são afins, ou encarnam como missionários do bem para ajudar na evolução dos globos. Os Espíritos vêm afirmando, por meio de vários médiuns, que Espíritos evoluídos estão reencarnando na Terra ou se preparam para reencarnar, ajudando a população terrestre a modificar-se. Como o tempo é relativo, apesar de estarmos hoje presos à noção de tempo terrestre, não importa quanto tempo ainda falta; vamos procurar colaborar com a mudança, mudando nossos padrões de comportamento, procurando amar mais, sermos mais pacientes, menos rancorosos, menos ciumentos, menos egoístas, etc. 

O Consolador: Em face dos problemas que a sociedade terrena está enfrentando, qual deve ser a prioridade máxima dos que dirigem atualmente o movimento espírita no Brasil e no mundo?

Rejane: A nossa sociedade é extremamente egoísta e competitiva. Como diz Joanna de Ângelis, “o excesso de tecnologia gerou ausência de solidariedade humana, que provoca uma avalanche de receios”. A sociedade atual promete muito ao indivíduo, mas na realidade não lhe oferece nada mais que ilusões, compele o indivíduo a querer ter cada vez mais, a adquirir bens materiais, esquecendo-se dos bens verdadeiros – os bens morais e éticos. Entendendo que a pergunta se refere aos atuais dirigentes das casas espíritas no Brasil e no resto do mundo, e não a dirigentes do movimento espírita, pois a Doutrina nunca os institucionalizou, penso que a direção da casa espírita deve ter como objetivo promover o estudo da Doutrina em seus três aspectos e o bom entendimento de seus conceitos e de como eles se aplicam na nossa vida diária. Deve buscar atender às necessidades e aos anseios da comunidade onde se localiza, promovendo o seu desenvolvimento, esclarecendo, abrindo novos horizontes para o ser humano.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita