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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 34 - 9 de Dezembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(Parte 10)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Qual foi a causa do suicídio de Raul?   

R.: Foi o remorso por haver matado Noé, acrescido do fato de que a figura de sua vítima aparecia constantemente em sua tela mental censurando-lhe o procedimento. Fosse no trabalho, na leitura, na mesa de refeições, na alcova, permanecia a vítima a contemplá-lo. Aí estava o motivo do suicídio, que ele tentou disfarçar, para que seus familiares não sofressem sabendo a verdade. (Missionários da Luz, cap. 11, págs. 141 a 144.)

B. De que tarefa foi incumbida, no caso Ester, a irmã Romualda?  

R.: A pedido de Alexandre, as autoridades do Ministério do Auxílio incumbiram Romualda de preparar a viúva espiritualmente para visitar oportunamente o esposo desencarnado e, depois, demorar-se junto dela, duas semanas, colaborando no reerguimento de suas energias psíquicas e cooperando para que se lhe reorganizasse a vida econômica, através de colocação honesta e digna. (Obra citada, cap. 11, págs. 144 a 153.)

C. Que dificuldades impediam a reencarnação de Segismundo?   

R.: As dificuldades se deviam a Adelino, o futuro pai, que o repelia fortemente, impedindo a necessária harmonização. Tendo sido sua vítima no passado, Adelino negava-se a perdoar, recapitulando erradamente as lições do passado, um fato que, segundo Alexandre, é muito comum. Quando desencarnado e vendo a extensão das próprias necessidades, o companheiro promete fidelidade e realização, mas, logo que se apossa do corpo físico, volta ao endurecimento espiritual e ao menosprezo das leis de Deus. (Obra citada, cap. 12, págs. 154 a 157.)

D. Qual é, em verdade, o objetivo da reencarnação?

R.: A finalidade da reencarnação é o aprimoramento espiritual. Todos temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o objetivo. (Obra citada, cap. 12, págs. 157 a 163.) 

Texto para leitura

64. O caso Raul - Decorridos quatro dias, Raul estava ainda cheio de dores, porém mais calmo, em condições de sustentar uma conversação esclarecedora. Sabia já que não mais estava no círculo da carne, embora essa realidade lhe custasse angustioso pranto. Alexandre disse-lhe que sua situação poderia ser muito pior, pois há suicidas que permanecem agarrados aos despojos cadavéricos por tempo indeterminado, assistindo à decomposição orgânica e sentindo o ataque dos vermes vorazes. Nisso, Raul deu um suspiro e informou que, além de suicida, era igualmente criminoso. Na mocidade, viera do interior para a cidade grande, a convite de Noé, seu camarada de infância. Companheiro devotado e sincero, Noé o apresentara a Ester, sua noiva, com quem o amigo esperava casar-se. A visão de Ester, porém, o perturbou: em sua presença, sentia-se o mais ditoso dos homens. Era preciso, assim, afastar Noé de seu caminho; era necessário eliminar o rival. E então, com esse propósito, ele um dia convidou Noé para um jantar e lhe deu terrível veneno posto num copo de vinho, que ele, Raul, também bebera, porquanto já se habituara com o aludido veneno, tomado em pequenas doses durante um longo tempo, justamente para não despertar suspeitas. Desse modo, o crime foi considerado um suicídio e o caminho até Ester estava livre. A figura de Noé, contudo, aparecia em sua tela mental censurando-lhe o procedimento. Nas mais íntimas cenas do lar, nem os beijos da esposa ou as carícias dos filhos conseguiam afastar a visão implacável de sua vítima. E seus remorsos, com o passar dos anos, foram aumentando. Seja no trabalho, na leitura, na mesa de refeições, na alcova, permanecia a vítima a contemplá-lo. Aí estava o motivo do suicídio, que ele tentou disfarçar, para que seus familiares não sofressem sabendo a verdade. (Cap. 11, págs. 141 a 144) 

65. Ester é preparada para ver Raul - Após a confissão de Raul, Alexandre o incentivou a que mantivesse sempre a esperança, não se deixando dominar pela idéia de impossibilidade e transformando o remorso em propósito de regeneração. Evidentemente, seus males não poderiam desaparecer milagrosamente, porque todos faremos a colheita compatível com a semeadura, mas também os que hoje sabem alguma coisa já passaram, vezes inúmeras, pela lição do recomeço. Era preciso, pois, ter calma e coragem. Depois, explicando o motivo de seu interesse por seu caso, deu-lhe notícias de Ester, dos filhos e dos velhos tios. Ester, por sua vez, deveria ser preparada para o encontro com o marido desencarnado. Ser-lhe-ia dito a verdade? – perguntou André Luiz. Alexandre disse que não, porque a viúva estava preparada para a consolação, não para a verdade. Cada palavra tem sua ocasião, como cada revelação o seu tempo. A rogativa de Ester não poderia ser portadora de desalento, mas de consolo. Foi assim que Alexandre pediu às autoridades do Auxílio destacassem alguma das irmãs das Turmas de Socorro, para concurso mais eficiente ao coração de Ester. Romualda foi a escolhida e sua tarefa era preparar a viúva espiritualmente, para visitar, na noite próxima, o esposo desencarnado e, depois, demorar-se junto dela, duas semanas, colaborando no reerguimento de suas energias psíquicas e cooperando para que se lhe reorganizasse a vida econômica, através de colocação honesta e digna. (Cap. 11, págs. 144 a 147) 

66. O reencontro de Ester e Raul - Chegou o dia do reencontro. Alexandre recomendou a Raul o melhor ânimo, insistindo para que não pronunciasse a menor expressão de queixa e para que se abstivesse de qualquer gesto que pudesse traduzir impaciência ou aflição. Depois mandou velar a chaga aberta, muito visível na região dilacerada do organismo perispiritual. Na hora prevista, Ester entrou no hospital em companhia de Romualda. Alexandre tomou-a pelo braço e mostrou-lhe Raul no leito. Ela gritou o nome do ex-esposo com tal entonação de voz, que a comoção foi geral. Seus joelhos dobraram-se junto ao leito de Raul; seus olhos estavam marejados de pranto. Raul tomou a destra da companheira em lágrimas e lhe disse palavras de conforto: "Não chores mais, Ester! Tem confiança em Deus! Vela pelos nossos filhinhos e ajuda-me com a tua fé! Vou indo muito bem... Não há razão para que nos lamentemos! Querida, a morte não é o fim..." André estranhou tal segurança da parte de um suicida, mas logo percebeu que fios tenuíssimos de luz ligavam a fronte de Alexandre ao cérebro de Raul, possibilitando que o instrutor lhe ministrasse vigoroso influxo magnético, amparando-o na difícil situação. Ester pediu ao marido que a ajudasse na sua viuvez inesperada e dolorosa. Ele respondeu dizendo que existem padecimentos maiores que os nossos e que era preciso ter coragem e fé. Deu-lhe depois conselhos acerca do trabalho honesto e da necessidade da prática do bem, afirmando que Deus abençoaria os filhinhos. Ester, antes de partir, quis saber como ocorreu sua morte. Raul desconversou, sem lhe contar a verdade. Depois, a um sinal de Alexandre, ela disse adeus ao marido e beijou-lhe as mãos com infinito carinho, regressando ao lar cheia de novo ânimo, ao passo que Raul, sentindo-se objeto de tantos cuidados, teria certamente pressa em criar novas expressões de estímulo e energia no próprio coração. (Cap. 11, págs. 147 a 150) 

67. Ester consegue o sonhado trabalho - Após a saída de Ester, André perguntou a Alexandre até quando Raul experimentaria padecimentos em função da região ferida de seu organismo espiritual. "Talvez por muitos anos", respondeu o instrutor. Mas isso não o impediria de trabalhar intensamente no campo da consciência, esforçando-se pela reaproximação da oportunidade regeneradora. Nos dias seguintes, o lar de Ester mostrava um aspecto diferente. As entidades viciadas não haviam desaparecido de todo, mas seu número fora consideravelmente reduzido. Romualda estava ativa em suas tarefas e tudo fizera para que a viúva mantivesse recordação plena do sonho. Quando Ester narrou as peripécias do encontro com o marido, todos a escutaram com forte interesse, principalmente os filhos, muito embora houvesse da parte dos tios algum sentimento de ironia quanto ao fato de Raul nada ter falado sobre o crime que o levou ao sepulcro. Romualda cuidava agora da segunda parte de sua tarefa e esperava na semana seguinte conseguir o seu propósito: a colocação de Ester num trabalho digno. Ante a surpresa de André, ela explicou: "Quando os companheiros terrestres se fazem merecedores, podemos colaborar em benefício deles, com todos os recursos ao nosso alcance, desde que a nossa cooperação não lhes tolha a liberdade de consciência". E foi o que ocorreu na semana entrante. André estava em casa de Ester quando Romualda entrou acompanhando uma distinta dama que vinha ao encontro da viúva para oferecer-lhe trabalho honesto em sua oficina de costura. (Cap. 11, págs. 150 a 153) 

68. O caso Segismundo - Um antigo conhecido de Alexandre estava decidido a regressar à vida física. Era Segismundo. Raquel, a pobre criatura que ele desviou no passado, e Adelino, o infeliz marido que ele havia assassinado em lamentável competição armada, já estavam reencarnados há algum tempo e, quatro anos atrás, uniram-se pelos laços do matrimônio. Tudo estava preparado para que Segismundo regressasse à companhia da vítima e do inimigo do pretérito, com o propósito de santificar o coração. Seria ele, de acordo com a permissão dos Mentores, o segundo filho do casal. Estava havendo, porém, muitas dificuldades para que o plano seguisse adiante, porquanto Adelino o repelia fortemente, impedindo a necessária harmonização. Segismundo, que a princípio tinha muitas esperanças, sentia-se de novo desventurado e sem forças para reparar o mal, quando não se enchia de profunda revolta, subtraindo-se à cooperação eficiente dos Espíritos amigos. Como Alexandre vivera na Terra à época dos tristes acontecimentos, e fora amigo tanto de Adelino como de Segismundo, o Assistente Herculano solicitou-lhe o concurso para a viabilização do projeto, o que não seria nada fácil, porquanto, agora que estava de posse dos bens da vida física, Adelino negava-se a perdoar, recapitulando erradamente as lições do passado. É sempre o velho círculo vicioso, comentou Alexandre: quando fora da oportunidade bendita de trabalho terrestre e vendo a extensão das próprias necessidades, o companheiro promete fidelidade e realização, mas, logo que se apossa do corpo físico, volta ao endurecimento espiritual e ao menosprezo das leis de Deus. (Cap. 12, págs. 154 a 157) 

69. A necessidade da reencarnação - André, para poder acompanhar a nova missão de Alexandre, é instruído a fazer um breve estágio no serviço de planejamento das reencarnações, na colônia "Nosso Lar". Fica então sabendo que grande percentagem de reencarnações na Terra se processa em moldes padronizados para todos, no campo das manifestações puramente evolutivas. Outros, porém, não seguem o mesmo programa. Quando a alma se eleva em cultura e conhecimentos e, portanto, em responsabilidade, o processo reencarnacionista individual é mais complexo, fugindo à expressão geral, como é lógico. Em vista disso, as colônias espirituais mais elevadas mantêm serviços especiais para a reencarnação de trabalhadores e missionários. Alexandre explicou-lhe que quase todos nós, trabalhadores da Terra, nos demoramos séculos no serviço de iluminação íntima, porque não basta adquirir idéias e possibilidades, é preciso ser responsável. E nem é justo tenhamos tão-somente a informação do raciocínio, mas também a luz do amor. Por isso, temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim. E em Jesus encontramos a assertiva de que, se nossa mão ou nossos olhos forem motivo de escândalos, devem ser cortados ao penetrarmos no templo da vida. Ora, se já falimos muitas vezes em experiências da autoridade, da riqueza, da beleza física, da inteligência, não seria lógico receber idêntica oportunidade nos trabalhos retificadores. É para a regulamentação desses serviços que em "Nosso Lar" funciona o Planejamento das reencarnações, um movimentado centro de serviço constituído de vários prédios e numerosas instalações. (Cap. 12, págs. 157 a 160) 

70. O problema da hereditariedade fisiológica - Árvores acolhedoras enfileiravam-se através de extensos jardins, imprimindo encantador aspecto à paisagem. O instituto apresentava grande movimento. Irmãos iam e vinham empunhando reduzidos rolos parecidos com o pergaminho terrestre. Eram pequenos mapas de formas orgânicas, elaborados pelos Espíritos especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena. A lei da hereditariedade fisiológica funciona com inalienável domínio sobre todos os seres em evolução, mas sofre, naturalmente, a influência de todos aqueles que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Quando o interessado em experiências novas no planeta é merecedor de serviços "intercessórios", as forças mais elevadas podem imprimir certas modificações à matéria, desde as atividades embriológicas, determinando alterações favoráveis no trabalho de redenção. André Luiz pôde ver depois, em luminosos pedestais, duas maravilhas da estatuária: a figuração delicada de um corpo masculino e outro modelo feminino, singularmente belos pela perfeição anatômica. Através de dispositivos elétricos, as figuras palpitavam de vida e calor, exibindo eflúvios luminosos. Percebeu André como o corpo material é objeto de cuidados no plano espiritual. O Assistente Josino, justificando tais cuidados, asseverou que o corpo físico constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante os Espíritos têm a felicidade de colaborar. (Cap. 12, págs. 160 a 163) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita