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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 33 - 2 de Dezembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(9a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Que é vampirismo recíproco? 

R.: Para compreender bem o que significa vampirismo recíproco, é preciso rememorar o que ocorria no lar da viúva Ester, que morava em rua modesta, numa casa relativamente confortável, mas habitada por muitas entidades de condição inferior. A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, ao mesmo tempo em que seis entidades desencarnadas, envolvidas em círculos escuros, acompanhavam-nos no almoço, como se estivessem tomando alimentos por absorção. Alexandre explicou então que "os quadros de viciação mental, ignorância e sofrimento nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes. Onde não existe organização espiritual, não há defesas da paz de espírito". E informou que os desencarnados muito apegados aos que ficaram, quase sempre permanecem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família, alimentando-se com a parentela e dormindo nos mesmos aposentos de antes. A mesa familiar é sempre um receptáculo de influências de natureza invisível. O homem que medita no bem atrai trabalhadores espirituais envolvidos no bem; a maledicência atrai os caluniadores invisíveis; a ironia busca as entidades galhofeiras e sarcásticas. Na mesa da casa de Ester, os tristes inveterados atraíam os familiares desencarnados de análoga condição. Eis o que o instrutor chamou vampirismo recíproco. (Missionários da Luz, cap. 11, págs. 123 a 130.)

B. Quem revelou a Alexandre que Raul se suicidara? 

R.: A morte de Raul, que parecia resultar de um crime, fora provocada por ele mesmo. Quem assistiu ao episódio foi um visitador em função ativa, que conhecera Raul de perto e o auxiliara muitas vezes, embora nada pudesse fazer para evitar-lhe o suicídio. (Obra citada, cap. 11, págs. 131 e 132.)

C. Por que o visitador espiritual não conseguiu evitar que Raul fosse levado e vampirizado por um bando de delinqüentes desencarnados? 

R.: O visitador e alguns amigos desencarnados estiveram com Raul nos derradeiros minutos de sua existência e tentaram socorrê-lo; todavia, em vista das condições de morte voluntária, friamente deliberada, não foi possível retirá-lo da poça de sangue em que se mergulhou, retido por vibrações pesadíssimas e angustiosas. Eles ainda estavam em serviço quando se aproximou um "bando" de algumas dezenas, que abusou do infeliz e deslocou-o facilmente, em virtude da harmonia de forças perversas. (Obra citada, cap. 11, págs. 132 a 136.)

D. Em que condições se encontrava Raul ao ser recolhido pelos protetores espirituais?    

R.: Ao ser recolhido, Raul tinha um aspecto lamentável, semelhante a um autômato a vaguear em torno dos demais, com a vestimenta ainda ensangüentada. Os vampirizadores haviam-lhe subtraído as forças vitais, depois de lhe explorarem o corpo grosseiro. Seu estado, depois de tão prolongada sucção de energias vitais, era de lamentável inconsciência.  (Obra citada, cap. 11, págs. 136 a 141.) 

Texto para leitura

56. O caso Ester - Etelvina, em momento de desprendimento pelo sono, solicitou a Alexandre ajuda para sua prima Ester, que perdera o esposo em dolorosas circunstâncias. Ambas estavam encarnadas. Via-se que Etelvina, um pouco mais velha, era de condição mais elevada, pelas expressões de luz de que se via rodeada. Ester estava envolvida num círculo escuro e trazia o semblante lacrimoso e angustiado. Ester casara-se, fazia doze anos, com o segundo noivo que o destino lhe reservara, pois o primeiro, ao qual amara muito, suicidara-se em circunstâncias misteriosas. Raul, o esposo, conseguira desfazer-lhe as mágoas do passado decorrentes do suicídio de Noé. Eles tinham então três filhos e viviam em harmonia completa. Ocorre que Raul aparecera morto, misteriosamente, aparentemente vítima de um crime. Tinha ele o coração varado por um tiro de revólver, que, embora encontrado junto ao corpo exangue, não lhe pertencia. Que mistério envolveria o hediondo crime? Ester não desejava vingança, apenas queria acalmar o coração em desalento; por isso pedia a ajuda de Alexandre para que, no período do sono, pudesse ver o ex-marido. (Cap. 11, págs. 123 a 125) 

57. Em casa de Ester - Alexandre começou a investigar o caso e André Luiz foi convidado a acompanhá-lo. O ponto de partida seria o lar de Ester.  O instrutor justificou o método adotado com o argumento de que há serviços que, para serem completos, exigem alguma coisa de nós mesmos. Concedendo à Ester algo do seu tempo e das suas possibilidades, eles seriam credores de mais justos conhecimentos, enriquecendo os valores da cooperação. "Quem dá o bem é o primeiro beneficiado – disse Alexandre–; quem acende uma luz é o que se ilumina em primeiro lugar." André Luiz compreendeu, assim, que o serviço de colaboração fraternal no plano dos Espíritos, tal como na Terra, reclama esforço, tolerância e diligência. A viúva morava em rua modesta, numa casa relativamente confortável, que parecia habitada por muitas entidades de condição inferior, cujo baixo padrão vibratório, que lhes caracterizava as percepções, não permitiu identificassem a presença de Alexandre e André no recinto. A família de Ester, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, ao mesmo tempo em que seis entidades desencarnadas, envolvidas em círculos escuros, acompanhavam-nos no almoço, como se estivessem tomando alimentos por absorção. Alexandre explicou que "os quadros de viciação mental, ignorância e sofrimento nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes. Onde não existe organização espiritual, não há defesas da paz de espírito". E informou que os desencarnados muito apegados aos que ficaram, quase sempre permanecem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família, alimentando-se com a parentela e dormindo nos mesmos aposentos de antes. (Cap. 11, págs. 125 a 128)

58. Vampirismo recíproco - "Eles chegam a se alimentar de fato?" – perguntou André Luiz, espantado ao ver a satisfação dos Espíritos absorvendo gostosamente as emanações dos pratos fumegantes. Alexandre sorriu e acrescentou: "Tanta admiração, somente por vê-los tomando alimentos pelas narinas?" Disse então que o próprio homem encarnado recebe mais de setenta por cento da alimentação comum através de princípios atmosféricos, captados pelos condutos respiratórios. Ora, as substâncias cozidas ao fogo sofrem profunda desintegração. Assim, os Espíritos viciados nas sensações fisiológicas encontram nos elementos desintegrados o mesmo sabor que experimentavam quando no corpo. A mesa familiar é sempre um receptáculo de influências de natureza invisível. O homem que medita no bem atrai trabalhadores espirituais envolvidos no bem; a maledicência atrai os caluniadores invisíveis; a ironia busca as entidades galhofeiras e sarcásticas. Na mesa da casa de Ester, os tristes inveterados atraem os familiares desencarnados de análoga condição. É o vampirismo recíproco. (Cap. 11, págs. 128 a 130) 

59. Notícias do esposo falecido - Ester, a certa altura da conversa à mesa, disse haver sonhado que sua prima Etelvina a conduziu à presença de um mensageiro celestial que lhe abençoou o coração, através de palavras de encorajamento. André Luiz teve ímpetos de fazer-se visível às entidades presentes no recinto, de maneira a orientá-las, mas Alexandre dissuadiu-o da idéia, explicando que "as cristalizações mentais de muitos anos não se desfazem com esclarecimentos verbais dum dia". Em seguida, informou ser preciso procurar algum dos irmãos visitadores, para obter informações sobre Raul, o esposo falecido. Após rápidos minutos, foram defrontados por uma entidade de aspecto humilde, mas muito digno, a quem Alexandre se dirigiu afavelmente. Era um visitador em função ativa, que conhecera Raul de perto e o auxiliara muitas vezes, embora nada pudesse fazer para evitar-lhe o suicídio. Raul há muito que planejava o ato infeliz. No dia do suicídio, ele adquirira um revólver, com o que alvejou a região do coração, atirando a arma a pequena distância, para que todos pensassem fosse um crime, não um suicídio. (Cap. 11, págs. 131 e 132) 

60. Vampiros em ação - O visitador e alguns amigos desencarnados estiveram com Raul nos derradeiros minutos de sua existência e tentaram socorrê-lo; todavia, em vista das condições de morte voluntária, friamente deliberada, não foi possível retirá-lo da poça de sangue em que se mergulhou, retido por vibrações pesadíssimas e angustiosas. Eles ainda estavam em serviço, quando se aproximou um "bando" de algumas dezenas, que abusou do infeliz e deslocou-o facilmente, em virtude da harmonia de forças perversas. O "bando", conforme Alexandre explicou depois, era uma multidão de entidades delinqüentes dedicadas à prática do mal: "A morte física não é banho milagroso que converta maus em bons e ignorantes em sábios. Há desencarnados que se apegam aos ambientes domésticos, à maneira da hera às paredes. Outros, contudo, e em vultoso número, revoltam-se nos círculos da ignorância que lhes é própria e constituem as chamadas legiões das trevas, que afrontaram o próprio Jesus..." Tais Espíritos organizam-se diabolicamente, formam cooperativas criminosas e ai daqueles que se transformam em seus companheiros! Se Raul fosse vítima de um crime, o visitador regional poderia defendê-lo, porque, na condição de vítima, o homem segrega determinadas correntes de força magnética suscetíveis de pô-lo em contato com os missionários do auxílio; mas no suicídio deliberado, sem a intromissão de inimigos ocultos, como o de Raul, o desequilíbrio da alma é inexprimível e acarreta absoluta incapacidade de sintonia mental com os elementos superiores. (Cap. 11, págs. 132 a 134) 

61. No matadouro - Após explicar que a dor decorrente dessas quedas morais funciona como medida de auxílio nas corrigendas indispensáveis, Alexandre entrou em profundo silêncio, mobilizando suas possibilidades de visão, para localizar o irmão infeliz. Em poucos minutos, ele ficou sabendo que Raul, semi-inconsciente, permanecia imantado a um grupo perigoso de vampiros, em lugarejo próximo. Era um grande matadouro, em que se processava a matança de bovinos. O quadro era estarrecedor: grande número de desencarnados, em lastimáveis condições, atiravam-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora. Eles sugavam as forças do plasma sangüíneo dos animais: eram famintos que causavam profunda piedade. André Luiz disse que poucas vezes, em toda a vida, experimentara tanta repugnância. Nem as cenas tristes do umbral o haviam impressionado assim. Alexandre recordou-lhe, contudo, o contentamento das pessoas ao comprarem carne nos açougues e ao matarem porcos, em suas próprias casas, porquanto a carcaça de carne e gordura significa abundância da cozinha e conforto do estômago para a grande maioria das pessoas. (Cap. 11, págs. 134 a 136) 

62. Raul é recolhido a um hospital - Alexandre chamou a atenção de André para uma entidade de aspecto lamentável, semelhante a um autômato, a vaguear em torno dos demais, com a vestimenta ainda ensangüentada. Era Raul, o suicida, retido entre os vampiros. Semelhantes infelizes abusam de recém desencarnados sem qualquer defesa, como Raul, nos primeiros dias que se sucedem à morte física, subtraindo-lhes as forças vitais, depois de lhes explorarem o corpo grosseiro... "Todo homem, encarnado ou desencarnado, que se desvie da estrada reta do bem, pode vir a ser perigoso gênio do mal", considerou Alexandre, para explicar o quadro à sua frente. Mas não havia tempo a perder: era preciso retirar Raul daquele ambiente. Alexandre então impôs a destra sobre a fronte do suicida, envolvendo-o em vigoroso influxo magnético. Em poucos instantes, Raul ficou cercado de luz, que foi vista imediatamente pelos seres da sombra, o que fez com que a maioria se afastasse, lançando gritos de horror. A claridade em torno da vítima os tornou lívidos, espantados, e eles saíram, deixando o grande matadouro deserto de vampiros vorazes. Raul tinha o olhar inexpressivo, inconsciente da colaboração de Alexandre. Seu estado, depois de tão prolongada sucção de energias vitais, era de lamentável inconsciência. Por isso, Alexandre solicitou a ajuda de dois irmãos que, aparecendo no recinto vinte minutos depois, se prontificaram a conduzir o infeliz a uma casa espiritual de socorro urgente, localizada na própria esfera da Crosta – um hospital volante que contava com a abnegação de muitos companheiros. (Cap. 11, págs. 136 a 139) 

63. Raul grita por socorro e entra em crise  - Deitado num leito alvo, Raul recebeu a aplicação de passes magnéticos sobre a região cerebral, ministrados por Alexandre. Não passou muito tempo e o infeliz lançou um grito estertoroso e vibrante. Ele dizia-se morrer e, gritando em suprema aflição, tentando escalar as paredes, pedia por socorro. Enfermeiros solícitos o amparavam com atenção, mas Raul parecia tomado de horror, gritando estentoricamente, como se houvesse acordado de pesadelo angustioso. Começou a chamar por Ester e pelos filhos... Alexandre então lhe falou: "Raul, tenha paciência e fé no Divino Poder! Procure enfrentar corajosamente a situação difícil que você mesmo criou e não invoque o nome da companheira dedicada, nem chame pelos filhos amados que deixou na sua antiga paisagem do mundo, porque a porta material de sua casa se fechou com os seus olhos..." A cena era tocante, e Alexandre disse-lhe que agora era muito tarde e que seria necessário aguardar outro ensejo de trabalho e purificação, porquanto a sua oportunidade, com o nome terrestre de Raul, estava finda. Raul percebeu que Alexandre estava dizendo que ele estava morto. Mas, como explicar a dor, as vestes ensangüentadas? Aquilo era morrer? Alexandre lhe lembrou que ele usara a arma contra o próprio peito e isso fez com que, vendo-se descoberto, Raul prorrompesse em prantos e iniciasse uma crise que não cessaria antes de setenta horas, aproximadamente, segundo explicou a André o instrutor. (Cap. 11, págs. 140 a 141) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita