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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 33 - 2 de Dezembro de 2007

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Por que creio na
imortalidade da alma

(3a  Parte)

Sir Oliver Lodge

Damos prosseguimento ao estudo do clássico Por que creio na imortalidade da alma, de Sir Oliver Lodge, de acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989. 

Questões preliminares

A. Que é, para Oliver Lodge, um indivíduo?

R.: Indivíduo é, segundo Lodge, uma encarnação definida ou uma associação com a matéria de algum elemento vital ou espiritual que possui em si mesma uma existência contínua. (Por que creio na imortalidade da alma, pp. 10 e 11.)

B. De acordo com esta obra, podemos dizer que cérebro e Espírito sejam a mesma coisa?

R.: Não. O cérebro e todos os demais órgãos que compõem o corpo físico são tão-somente instrumentos de que o Espírito se serve. (Obra citada, p. 16.)

C. É correto dizermos ‘minha alma’, do mesmo modo que dizemos ‘meu corpo’?

R.: Não. É por uma falsa analogia de linguagem que dizemos ‘minha alma’, como dizemos ‘meu cérebro’, ‘meu corpo’ e assim por diante. Com efeito, somos uma alma, e não temos uma alma. (Obra citada, pp. 17 e 18.)

Texto para leitura

27. Possuímos um corpo etérico independente de todo o acidente que possa acontecer ao conjunto da matéria associada, e continuamos a possuir sempre esse corpo etérico depois do desaparecimento do corpo material. A única objeção a esta realidade reside no fato de que nada existe, de natureza etérica, suscetível de impressionar os nossos sentidos. Tudo o que pertence ao éter deve ser conhecido por deduções. (P. 9)

28. Para Lodge, toda teoria deve ser apoiada por fatos resultantes da observação e da experiência. “Deve-se, pois, dar-lhe uma oportunidade de vida e só quando ela mostrar-se falsa e errada é que deverá ser eliminada sem piedade”, acrescenta o autor desta obra. (P. 10)

29. Dito isto, Oliver Lodge apresenta as seguintes proposições (PP. 10 e 11):

I - A atividade mental não é limitada às suas manifestações corporais, embora, em certo meio material, isso seja necessário para demonstrar-nos sua atividade neste plano.

II - O mecanismo cérebro neuromuscular, assim como o restante do corpo, forma um instrumento construído, dirigido e utilizado pela vida e pelo Espírito.

III - Nem a vida nem o Espírito deixam de existir quando separados do seu invólucro ou órgão material.

IV - O que chamamos indivíduo é uma encarnação definida ou uma associação com a matéria de algum elemento vital ou espiritual que possui em si mesma uma existência contínua.

V - O valor da encarnação se acha na oportunidade assim oferecida para a individualização de uma parte da mentalidade específica gradualmente mais vasta, isolada do seu meio primitivo cósmico, a fim de permitir-lhe desenvolver uma personalidade que será a característica desse organismo particular.

VI - Há lugar para crer-se que essa individualidade persista como toda outra realidade e que, em conseqüência, pode sobreviver à sua separação do organismo material que a ajudava outrora a isolar-se, para tornarem-se possíveis os traços característicos individuais do seu caráter, caráter esse que persiste verdadeiramente como indivíduo, conservando a sua memória, as suas experiências e as suas afeições, segundo oportunidades e privilégios associados ao corpo material durante a vida terrena.

VII - A evidência, já acessível, basta para provar que o caráter individual e a memória persistem, que as personalidades que deixaram esta vida continuam a existir com os seus conhecimentos e as experiências adquiridas neste plano, e que, em certas condições parcialmente conhecidas, os nossos amigos invisíveis podem provar-nos a sua sobrevivência real, individual e pessoal.

30. No momento em que esta obra foi escrita - 1929 - todas as conclusões ou deduções acima expostas, provenientes de um longo inquérito, eram - de acordo com Oliver Lodge - consideradas duvidosas pela Ciência ortodoxa, que até então se limitara às manifestações terrestres, sem buscar o que quer que seja no plano espiritual. “Qualquer insistência sobre tais proposições - afirma o pesquisador inglês - topa com a zombaria que as encara como pura especulação ou mesmo como superstição. Estas conclusões, por outro lado, não parecem essenciais à religião, em sua aceitação geral, e são, na maioria, desaprovadas como ensino religioso.” (PP. 11 e 12)

31. Apreciando as sete proposições anteriormente expostas, Oliver Lodge diz que, no tocante à primeira proposição - o Espírito pode agir independentemente dos órgãos corporais -, ele ficou certo disso desde 1883, em razão dos casos de telepatia experimental que Sir William Barrett assinalara em relatório dirigido à British Association em 1876. (P. 13)

32. Na seqüência, Lodge reporta-se às experiências contidas no livro Fantasmas dos Vivos, editado em 1886, por Myers e Gurney, com a colaboração de Podmore. E afirma: “A aparição ou o fantasma, visto pelo percipiente sensitivo e que, até aqui, tinha naturalmente sido considerado como efeito de uma presença real e misteriosa, podia ser assim atribuído a uma impressão viva produzida, telepaticamente e sem seu conhecimento, por uma pessoa afastada, em angústia, perigo e mesmo prestes a falecer”. (P. 14)

33. Depois de eliminar todos os casos duvidosos, a conclusão dos investigadores foi resumida, nos Proceedings of the Society for Psychical Research, da seguinte maneira: “Existe, entre os casos de morte e as aparições de moribundos, uma relação que não é conseqüência só do acaso. Consideramo-la como um fato certo. A discussão de tudo o que ela implica não pode ser feita só nesta obra e, provavelmente, não será mesmo esgotada em nossa época”. (PP. 14 e 15)

34. É interessante lembrar que o filósofo Kant ocupou-se também, em certa época, dos estudos psíquicos e examinou dois ou três casos notáveis, referentes a Swedenborg. Em seu ensaio sobre Kant, William Wallace diz que é possível considerar as aparições sob um ponto de vista subjetivo e transcreve citação de Kant em que este admite a comunicação entre os Espíritos e os encarnados. (P. 15)

35. A segunda proposição - o corpo é um instrumento utilizado pelo Espírito - resulta, de certa forma, da primeira e serve de refutação ao argumento apresentado por anatomistas e fisiologistas de que cérebro e Espírito são a mesma coisa, de modo que uma lesão no cérebro imprime, ipso facto, uma lesão correspondente no Espírito e que a destruição de um equivale à destruição de outro. (P. 16)

36. Oliver Lodge discorda dessa idéia e afirma que o cérebro, em si mesmo, não pode mais que a vista e que ambos não constituem senão um instrumento único graças ao qual a visão se torna uma possibilidade, tal como se dá com o ouvido, que é apenas um instrumento físico que nos permite ouvir. Mas, a verdade é que é o Espírito quem vê e ouve, é ele quem interpreta a significação da visão e da audição, quem extrai uma impressão mental ou uma emoção das imagens, dos poemas e das músicas - resposta psíquica inteiramente estranha aos atributos da matéria. (PP. 16 e 17)

37. Em seu livro intitulado O Mundo dos Espíritos, publicado na Inglaterra em 1924, o filósofo polonês Vincenty Lutolawski assevera: “Para compreender a relação que existe entre o pensamento e o cérebro, basta admitir que o cérebro é o órgão através do qual recebemos todas as nossas impressões exteriores e graças ao qual produzimos todos os movimentos, particularmente a palavra”. “É por uma falsa analogia de linguagem - conclui Vincenty - que dizemos ‘minha alma’, como dizemos ‘meu cérebro’, ‘meu corpo’ e assim por diante. Com efeito, sois uma alma e não deveis falar de possuir uma alma como se a alma diferisse de vós mesmos.” (PP. 17 e 18)

38. Muitos fenômenos conhecidos permitem ilustrar a terceira proposição, que estabelece que as coisas desaparecidas não perdem a sua existência. Embora seja um fato que salta aos olhos, a indestrutibilidade da matéria precisa ser provada cientificamente. (P. 18)

39. Acredita-se geralmente que uma coisa queimada está destruída, que o leite derramado está perdido, que a nuvem se evaporou devido ao calor solar etc. Todo o mundo sabe, porém, que - qualquer que seja a dispersão da matéria - as suas partículas são indestrutíveis. (P. 18) (Continua no próximo número.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita