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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 32 - 25 de Novembro de 2007

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

Execrável omissão

Então entregou-lhO, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e O levaram. (João, 19:16.) 

Em que pesem os dignificantes exemplos de Espíritos de escol que deixaram na Terra os rastros luminosos de suas trajetórias, desafortunadamente, a História tem registrado o estigma de execráveis omissões... 

São os "Pilatos" de todos os tempos que não trepidaram em "lavar as mãos" nas mais diversas situações da existência, asseverando: 

"Não faço preleções em torno do bem, porque carrego muitas faltas"; "não estudo, porque tenho dificuldades"; "não procuro talentos espirituais, porque já passei por numerosas decepções"; "não oro, porque não possuo merecimento". 

Assim procedem, esquecidos de que  quanto maior  o  problema  sempre maior deverá  ser  a  necessidade  de solução. Caem, assim, no fundo poço do desculpismo, não se importando com as lições do bem se não recebem  o  retorno  do prestígio, e "não valorizam os amigos senão quando deles  dependem para  algum benefício receber; não se envolvem  nas  dificuldades atravessadas  pelos  seres queridos, para não terem que  sair  da própria  comodidade; não opinam a favor de alguém,  quando  sabem que poderão ser malvistos ou reprovados; não destacam a  grandeza das  pessoas, se isso não puder repercutir apagando ou  pondo  em nível secundário a si mesmos”. (1)  

Suas vidas estão assinaladas pela mesma cobardia que caracterizou o preposto de César na Judéia quando, também, em execrável omissão, lavou as mãos, deixando o Sublime Amigo à mercê da sanha assassina da casta sacerdotal e dos fariseus. 

Se considerarmos monótono o esforço em prol dos semelhantes, busquemos desfazer a monotonia, aumentando nossa capacidade de doar, ampliando, assim, as oportunidades da própria e alheia melhorias. Todos que estamos reencarnados na Terra temos compromissos com o Mundo Espiritual. 

Jesus pede braços humanos para estender à Humanidade as benesses do Seu programa de redenção. Por isso, Ele não dispensou a colaboração de Pedro, André, Tiago, João, formando, enfim, o Colegiado de doze companheiros para os misteres do serviço da regeneração planetária... 

Por igual motivo, Ele busca o orgulhoso e prepotente doutor tarsense que, após tocar-se pela Luz d’Aquele que é o Mestre dos mestres, transforma-se no mais abnegado semeador da Boa Nova nascente, tornando-se, desde então, excelente colaborador da obra de soerguimento e sublimação do mundo. 

As incisivas afirmativas do Mestre não deixam margem à dúvida quanto à parte da Colaboração humana em Sua Messe de Luz: 

"Ide e pregai"; "Eis que vos mando"; "Resplandeça a vossa luz diante dos homens"; "A seara é grande, mas poucos são os ceifeiros".

A cruz do Mestre continua ainda pesada!

Ele aguarda de todos nós a mesma atitude do Cireneu que aliviou Seus ombros cansados e feridos, e espera que sejamos os samaritanos compadecidos e ativos.

Exorta-nos Francisco P. Vitor (2):

"(...) Pensando em Jesus e naquele que O auxiliou, nas estradas escarpadas do Gólgota, pense no ensejo que você pode ter de tornar-se um Cireneu dos tempos modernos, aliviando os ombros cansados e feridos de tantos irmãos, que tentam superar as próprias dificuldades, nos mesmos caminhos em que você está.

Não se faça indiferente.  Não deixe que o constrangimento o impeça de servir.  Vá e ajude.  É Jesus Cristo quem necessita de você, como no passado necessitou daquele homem comum".

Bibliografia:

(1) Francisco de Paula Vitor/Teixeira, J.R. Vida e Mensagem, capítulo 7.

(2) Op. cit., capítulo 9.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita