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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

Vamos nos conhecer?

Na questão 909 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se o homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços.

Os Espíritos Superiores respondem que “Sim, e algumas vezes por fracos esforços. É a vontade que lhes falta”; e encerram a resposta com o seguinte comentário: “Quão poucos dentre vós fazem esforços”.

Sabemos o que é virtude e o que é vício, mas como saber se estamos sendo virtuosos?

Dispomos de alguns recursos que nos permitem esta avaliação. Dispomos da razão, da inteligência e do livre-arbítrio e, ligada a essa condição de escolha, temos a vontade. Associada a esses fatores contamos ainda com a fé raciocinada, que é a compreensão do nosso dever moral em relação a Deus e a nós mesmos.

Todavia, se temos a consciência de nossa inferioridade espiritual, como identificá-la? Duas atitudes priorizam essa identificação: o apego demasiado às coisas materiais e o interesse pessoal, frutos do mesmo sentimento de egoísmo que norteia os objetivos que perseguimos em cada existência na matéria.

O mundo é regulado por leis divinas que estabelecem limites em função de nossas necessidades. Assim, em qualquer aprendizado que o homem realize, seja em um ofício, na arte ou mesmo no exercício de um poder qualquer, ele acaba criando mais prejuízo para si próprio do que para os outros, pois não consegue distinguir o uso do abuso (excessos), gerando perturbações danosas ao seu organismo e ao seu psiquismo.

Podemos ver alguns exemplos:

Na alimentação – de uma necessidade que nos dá prazer, pelo excesso se transforma em “prazeres da mesa” – o homem passa a viver para comer o que o leva à enfermidade e à morte.

Na recreação – necessária ao Espírito como fonte de higiene mental, pode ser transformada, pelo excesso, em sedução pela emoção (de qualquer tipo), pelo lucro fácil, o que o leva, inevitavelmente, ao vício do jogo.

E o que dizer da necessidade de afeto e de carinho que todo ser humano tem? A necessidade de dar e receber afeição, que deve ser compartilhada com a família, os amigos e os semelhantes, pelo excesso, concentra-se em uma só pessoa, transformando-a em “objeto de amor”, levando ao desequilíbrio espiritual quando de sua perda (golpe danoso).

Ainda mais um exemplo pode ser dado se nos lembrarmos da necessidade de auto-afirmação. Todos nós precisamos de projetos que nos levem ao sucesso pessoal, seja no campo social ou profissional. Todavia, quando transformamos essa idéia em um processo obsessivo, quase sempre nos esquecemos dos demais projetos de vida, tão importantes quanto esse e não enxergamos mais nada ao nosso redor. Dessa maneira, chegaremos ao monoideísmo (idéia fixa) que certamente trará imensos prejuízos ao nosso equilíbrio psíquico.

Kardec pergunta aos Orientadores Espirituais se essas paixões são irresistíveis e eles respondem que não. Acrescentam, alertando-nos, que algumas pessoas dizem querer resistir, mas falta-lhes a vontade real e seus Espíritos, pelas suas condições inferiores, se comprazem nessa situação; e que aquele que procura reprimi-los, realmente, já compreende a natureza espiritual e isso é um triunfo do Espírito sobre a matéria.

A melhor maneira de resistir ao mal é, portanto, conhecendo-se. E como fazê-lo? O exame de nossas reações a algumas situações pode nos alertar: no convívio com o próximo, na dor, no isolamento – quando possível – ou, então, como fazia Santo Agostinho, que inventariava, diariamente, suas ações ao deitar, para procurar a maneira de ser melhor no dia seguinte. Fazia uma lista daquilo que havia feito de bem e de bom, daquilo que não pôde fazer, do que poderia ter feito e não fez e do que fez de mal. Isso não é complicado de executar e, com um pouco de vontade, também podemos fazer.

Durante nossas existências, colecionamos situações aflitivas e conflitantes que necessitamos esconder sob máscaras adequadas às circunstâncias que nos cercam. Mas, gastamos tanta energia para ocultá-las que, quando feridas são abertas, é como se faltasse energia – cria-se um vazio – para continuar a luta. Compreendemos, face a isso, que quanto MAIOR for a transparência de sentimentos, MAIOR será a energia disponível para enfrentarmos a vida e muito mais rapidamente retornaremos ao equilíbrio diante de qualquer situação que possa nos desarmonizar momentaneamente.

Independentemente do grau evolutivo em que nos encontramos hoje, todos buscamos o mesmo objetivo: a EVOLUÇÃO e a FELICIDADE. Não é fácil, pois sempre atenuamos nossos defeitos e exacerbamos o alheio. Por isso, “é necessário sermos sinceros conosco e aquilatarmos os nossos defeitos em função de como os classificaríamos quando praticados por outros”. Não pode haver dois pesos e duas medidas para Deus.

O paradigma a ser seguido é JESUS. O código, o EVANGELHO.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita