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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec

(9
a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual será aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. A lei mosaica pode ser dividida em quantas partes?

Em duas partes: 1.ª, a lei de Deus, resumida nas tábuas do Sinai; 2.ª, a lei civil ou disciplinar, apropriada aos costumes de seu tempo. (O que é o Espiritismo, capítulo I, Terceiro Diálogo, pág. 140.)

B. Existe diferença entre metempsicose e reencarnação?

Sim. A metempsicose consiste na transmigração da alma do homem nos animais, o que implica uma degradação. A reencarnação difere essencialmente da metempsicose, porque não admite a encarnação da alma humana em corpos de animais, mesmo como castigo. A alma jamais retrograda, mas progride sempre, e suas diferentes existências corpóreas se cumprem na humanidade. (Obra citada, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 142 e 143.)

C. O homem é constituído de quantos elementos essenciais?

São três os elementos essenciais que constituem o homem: a alma ou Espírito, o corpo material e o perispírito, invólucro fluídico, leve, imponderável, que serve de intermediário entre o Espírito e o corpo. (Obra citada, capítulo II, itens 10 a 14, págs. 154 e 155.)

D. Qual é o objetivo, a finalidade do Espiritismo?

Demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do mundo espiritual. (Obra citada, capítulo II, item 20, pág. 156.)

Texto para leitura

98. A Igreja não nega que bons Espíritos possam comunicar-se, pois reconhece que os santos também se têm manifestado. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 141.)

99. Os Espíritos não vêm derribar a religião, mas, como Galileu, revelar-nos novas leis da Natureza. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 141.)

100. Os Espíritos ensinam que a alma não retrograda, mas progride sempre. Suas diferentes existências corpóreas se cumprem na humanidade, sendo cada uma um passo que a alma dá na senda do progresso intelectual e moral, o que é coisa muito diversa da metempsicose. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pp. 142 e 143.)

101. Deus permite ao Espírito continuar, em nova encarnação, o que ele não pôde acabar em outra, ou recomeçar o que fez errado. A expiação na vida corporal consiste nas tribulações que nela sofremos. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 143.)

102. A reencarnação não é um sistema imaginado para satisfação das necessidades de um ideal, nem uma opinião pessoal. Se está demonstrado que certos efeitos existentes são materialmente impossíveis sem a reencarnação, é preciso admitirmos que eles são a conseqüência desta. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 143.)

103. A crença espírita não é indispensável à salvação dos homens. Não; os Espíritos que nos instruem não são assim tão pouco lógicos. Eles nos dizem: Deus é soberanamente justo e bom, não faz a sorte futura do homem subordinar-se a condições alheias à vontade deste. Eles não nos pregam que fora do Espiritismo não possa haver salvação, mas sim, como o Cristo: Fora da caridade não há salvação. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 144.)

104. Se o Cristo disse a verdade, o Espiritismo não podia dizer outra coisa, e, em vez de por isso apedrejá-lo, deve-se acolhê-lo como poderoso auxiliar, que vem confirmar, por todas as vozes do além-túmulo, as verdades fundamentais da religião, combatidas pela incredulidade. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pp. 144 e 145.)

105. É inconseqüente a Igreja quando qualifica de demoníaco um ensino que se apóia sobre a mesma autoridade e que proclama a missão divina do fundador do Cristianismo. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 145.)

106. O Cristo teria dito, teria revelado tudo? Não; visto que ele próprio disse: "Eu teria ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não podeis compreendê-las; é por isso que eu vos falo em parábolas". O Espiritismo vem hoje, na época em que o homem está maduro para compreendê-lo, completar e explicar o que o Cristo propositadamente não fez senão tocar, ou não disse senão sob a forma alegórica. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 145.)

107. Diz-se que o Espiritismo nada revela de novo. É um erro: ele ensina, ao contrário, muito àqueles que não se limitam a um estudo superficial. Não fizesse ele mais que propor a máxima: Fora da caridade não há salvação, que reúne os homens, em vez de: Fora da Igreja não há salvação, que os divide, e isso marcaria uma nova era para a humanidade. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 146.)

108. O mundo dos Espíritos é uma dessas leis que o Espiritismo nos faz conhecer; ele nos ensina a influência que esse mundo exerce sobre o corpóreo. Suponhamos que a isso se limitasse a sua utilidade, já não seria muito a revelação de tal potência? (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 147.)

109. O Espiritismo é a negação do materialismo, que já não tem razão de ser. Mas isso não é tudo: a certeza da vida futura, o quadro vivo daqueles que nos precederam nela mostram a necessidade do bem e as conseqüências inevitáveis do mal. Eis por que, sem ser uma religião com sacerdócio constituído, o Espiritismo se prende essencialmente às idéias religiosas, desenvolve-as naqueles que não as possuem, fortifica-as nos que as têm incertas. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 147.)

110. Se o Espiritismo não é indispensável à salvação, facilita-a firmando-nos no caminho do bem, porque engrandece e eleva as idéias e combate os abusos engendrados pelo egoísmo, a cobiça e a ambição. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 147.)

111. O melhor meio de se esclarecer sobre o Espiritismo é estudar previamente a teoria; os fatos virão depois, naturalmente, e serão facilmente compreendidos. As publicações de Kardec foram feitas no sentido de favorecer esse estudo. Eis aqui a ordem que ele próprio aconselha: a primeira leitura a fazer-se é a deste resumo, que apresenta o conjunto e os pontos mais salientes da ciência. A ignorância dos princípios fundamentais é a causa das falsas apreciações da maioria daqueles que querem julgar o que não compreendem, ou que se baseiam em idéias preconcebidas. Se desta leitura nascer o desejo de continuar, deve-se ler "O Livro dos Espíritos", depois "O Livro dos Médiuns". Vêm depois as diversas obras onde são desenvolvidas as aplicações e as conseqüências da doutrina, como "O Evangelho segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" etc. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 149.)

112. As reuniões frívolas têm o grave inconveniente de dar aos noviços, que a elas assistem, uma idéia falsa do caráter do Espiritismo. (Cap. II, item 5, pág. 153.)

113. Os Espíritos não são, como supõem muitas pessoas, uma classe à parte na criação, porém as almas, despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos. Aquele que admite a sobrevivência da alma ao corpo, admite, pelo mesmo motivo, a existência dos Espíritos. Negar os Espíritos seria negar a alma. (Cap. II, item 7, pág. 153.)

114. Quando a alma está unida ao corpo, durante a vida, ela tem duplo invólucro: um pesado, grosseiro e destrutível – o corpo; o outro fluídico, leve e indestrutível – o  perispírito. (Cap. II, item 9, pág. 154.)

115. Os Espíritos são seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos. Possuem todas as percepções que tinham na Terra, mas em grau mais alto, porque suas faculdades não estão amortecidas pela matéria. Vêem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir. Para eles não há obscuridade, excetuando-se os que, por punição, se acham temporariamente nas trevas. (Cap. II, itens 16 e 17, pág. 155.) (Continua na próxima edição.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita