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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(7a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Por que motivo, para alguém ser um bom médium, é-lhe indispensável o preparo individual?

R.: Ser instrumento fiel da Divindade é o objetivo maior de qualquer médium.  Para que ele se converta em agente do bem, e não das trevas, é fundamental preparar-se. Se aspiramos ao desenvolvimento superior, abandonemos os planos inferiores. Se pretendemos o intercâmbio com os sábios, cresçamos no conhecimento, valorizemos as experiências, intensifiquemos as luzes do raciocínio! Se, por fim, aguardamos a companhia dos santos, santifiquemo-nos na luta de cada dia, porque as entidades angélicas não ficam insuladas nos júbilos celestes e trabalham também pelo aperfeiçoamento do mundo. Tornemo-nos bondosos. Sem afabilidade e doçura, sem compreensão fraternal e sem atitudes edificantes, não poderemos entender os Espíritos afáveis e amigos, elevados e construtivos. (Missionários da Luz, cap. 9, págs. 98 a 106.)

B. Por que são raros os fenômenos de materialização?

R.: Esses fenômenos são raros porque são igualmente raros os companheiros encarnados dispostos às condições espirituais que semelhante trabalho exige, no qual a homogeneidade do grupo deve ser muito mais intensa do que numa reunião mediúnica normal. (Obra citada, cap. 10, págs. 107 a 111.)

C. Nos preparativos para a sessão de materialização, qual é o objetivo da ozonização do ambiente?

R.: A relativa ozonização da paisagem interior é necessária como trabalho bactericida, exterminando-se com isso todas as larvas e expressões microscópicas de atividade inferior presentes no ambiente. O ectoplasma, ou força nervosa, que é abundantemente extraído do médium nesse tipo de sessão, não pode sofrer, sem prejuízos fatais, a intromissão de certos elementos microbianos. (Obra citada, cap. 10, págs. 111 a 113.)

D. Que atendimento foi, antes da referida sessão, dispensado à médium?

R.: O auxílio magnético prestado à médium teve por objetivo inicialmente incentivar os processos digestivos para que o aparelho mediúnico funcionasse sem obstáculos. Em poucos minutos, o estômago da médium ficou inteiramente livre. Começou então o preparo do sistema nervoso para as saídas da força. Por fim, foram aplicados passes magnéticos na jovem médium, como serviço de introdução ao desdobramento necessário. (Obra citada, cap. 10, págs. 113 a 115.)

Texto para leitura

43. Mediunidade com Jesus - Em sua explanação, Alexandre situava com precisão o dever do trabalhador ante o compromisso. – O problema da glória mediúnica, disse o instrutor, não consiste em ser instrumento de determinadas Inteligências, mas em ser instrumento fiel da Divindade. Para isso é indispensável desenvolver nossos próprios princípios divinos, porquanto sem o Cristo a mediunidade é simples "meio de comunicação" e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações. Se as máquinas mais simples da Terra pedem o treinamento prévio do operário, para que o setor de produção não desmereça em qualidade e quantidade, como esperar que a mediunidade sublime se reduza a serviços automáticos, a puras manifestações de mecanismo fisiológico, sem educação e responsabilidade? Alexandre acentuou, em seguida, a importância do preparo individual, sobretudo no campo do sentimento e das aplicações legítimas, para que o médium se converta em agente do bem, e não das trevas. – Que dizer dos discípulos que estudam sempre, sem jamais aplicarem? Que dizer dos companheiros portadores de luzes verbais para os outros, que nunca se iluminam a si mesmos? Mediunidade não é disposição da carne transitória e sim expressão do Espírito imortal. Evidentemente, o intercâmbio aprimorado entre os dois planos requer sadias condições do vaso fisiológico, mas o corpo é instrumento elevado nas mãos do artista, que deve ser divino. Se aspiramos ao desenvolvimento superior, abandonemos os planos inferiores. Se pretendemos o intercâmbio com os sábios, cresçamos no conhecimento, valorizemos as experiências, intensifiquemos as luzes do raciocínio! Se, por fim, aguardamos a companhia dos santos, santifiquemo-nos na luta de cada dia, porque as entidades angélicas não ficam insuladas nos júbilos celestes e trabalham também pelo aperfeiçoamento do mundo. Tornemo-nos bondosos. Sem afabilidade e doçura, sem compreensão fraternal e sem atitudes edificantes, não poderemos entender os Espíritos afáveis e amigos, elevados e construtivos. (Cap. 9, págs. 98 a 103) 

44. Verbalismo sem obras - Depois de asseverar que a mediunidade não é somente um sexto sentido, nem é dom de privilegiados, mas sim qualidade comum a todos os homens demandando a boa vontade sincera no terreno da elevação, o instrutor Alexandre prosseguiu a sua explanação aludindo ao futuro, em que o serviço dessa natureza pertencerá a todas as criaturas, porque todos nós somos Espíritos imortais. É preciso, pois, intensificar nosso esforço espiritual, renovando as disposições milenárias do pensamento animalizado do mundo, construindo estradas sólidas para a fraternidade legítima, concretizando as obras de elevação dos sentimentos e dos raciocínios das criaturas e formando bases cristãs que santifiquem o curso das relações entre os homens! "Não provoqueis o desenvolvimento prematuro de vossas faculdades psíquicas!" – asseverou Alexandre. "Ver sem compreender ou ouvir sem discernir pode ocasionar desastres vultosos ao coração. Buscai, acima de tudo, progredir na virtude e aprimorar sentimentos. Acentuai o próprio equilíbrio e o Senhor vos abrirá a porta dos novos conhecimentos!". É preciso, enfatizou o palestrante, desligar-nos do excessivo verbalismo sem obras! Não apenas das obras do bem exteriorizadas no plano físico, mas, particularmente, das construções silenciosas da renúncia, do trabalho de cada dia no entendimento de Jesus-Cristo, da paciência, da esperança, do perdão, que se efetuam portas a dentro da alma, no grande país de nossas experiências interiores! Em todos os labores terrestres, transformemo-nos na Vontade de Nosso Pai e, nos serviços da fé, não queiramos fazer baixar até nós os Espíritos superiores, mas aprendamos a subir até eles, conscientes de que os caminhos de intercâmbio são os mesmos para todos e que mais vale elevar o coração para receber o infinito bem, que exigir o sacrifício dos benfeitores! Jamais permitamos que o egoísmo e a vaidade, os apetites inferiores e as tiranias do "eu" nos empanem a faculdade de refletir a Divina Luz. Coloquemos as expressões fenomênicas dos nossos trabalhos em segundo plano, lembrando sempre de que o Espírito é tudo! (Cap. 9, págs. 104 a 106) 

45. Transfiguração - Quando Alexandre terminou sua explanação, ele manteve-se por instantes em muda rogativa, transfigurando-se, ali, aos olhos de todos. Suas vestes tornaram-se de neve radiosa, sua fronte emitia intensa luz e de suas mãos estendidas evolavam-se raios brilhantes que, caindo sobre os presentes, pareciam infundir-lhes estranho encantamento. A emoção era muito grande no recinto. André por diversas vezes presenciara a oração de entidades elevadas, oração que se fazia acompanhar sempre dos mais belos fenômenos de luz, mas nunca observara semelhante transfiguração. Sertório, tocando-lhe o braço, de leve, explicou: – Todas as potências de natureza superior congregaram-se em torno de Alexandre, neste momento, transformando-o em intermediário de dádivas para nós. É por isso que ele irradia e resplandece com tamanha intensidade. (Cap. 9, pág. 106) 

46. Uma sessão de materialização  - André foi convidado a assistir a uma sessão de materialização. Ficou sabendo então que esse tipo de fenômeno, de tão elevada responsabilidade, além de exigir todas as possibilidades do aparelho mediúnico, movimenta todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados, presentes às reuniões destinadas a esse fim. São muito raros, porém, os companheiros encarnados dispostos às condições espirituais que semelhante trabalho exige. Por isso, na incerteza de cooperação eficiente, as sessões de materialização efetuam-se com grandes riscos para a organização mediúnica e requisitam número grande de colaboradores do plano espiritual. Cinqüenta minutos antes do início da reunião, marcado para as 21 horas, André já estava ali, na sala íntima, onde grande número de servidores desencarnados iam e vinham. Irmão Calimério, de condição hierárquica superior à de Alexandre, era o dirigente espiritual dos trabalhos. O ambiente da casa era bem diferenciado: não havia ali, como em outras reuniões a que André assistira, sofredores à porta. A casa onde se efetuariam os trabalhos chegava a ser isolada por extenso cordão de trabalhadores do plano espiritual, num círculo de vinte metros em derredor. Era – segundo informou Alexandre – indispensável o máximo cuidado para que os princípios mentais de origem inferior não afetassem a saúde física dos colaboradores encarnados, nem a pureza do material indispensável aos processos fenomênicos. Por isso, tornava-se imprescindível insular o núcleo das atividades, defendendo-o contra o acesso de entidades menos dignas, através de fronteiras vibratórias. André indagou se haveria, também, o mesmo cuidado com relação à entrada dos encarnados. Alexandre, sorrindo, respondeu: Todo o perigo desses trabalhos está na ausência de preparo dos nossos amigos da Crosta, os quais, na maioria das vezes, alegando impositivos científicos, se furtam a comezinhos princípios de elevação moral. Quando não se verifica o devido cuidado por parte deles, o fracasso pode assumir características terríveis, porque os irmãos que estabelecem as fronteiras vibratórias, no exterior do recinto, não podem impedir a entrada das entidades inferiores, absolutamente integradas com as suas vítimas terrenas. E concluiu: – Há obsidiados que se sentem tão bem na companhia dos perseguidores, que imitam as mães terrestres agarradas aos filhos pequeninos... (Cap. 10, págs. 107 a 110) 

47. O preparo do ambiente - Com as observações feitas por Alexandre, André entendeu por que as sessões de materialização ocorrem raramente: é que a homogeneidade ali deve ser muito mais intensa do que numa reunião mediúnica normal. Como os homens não sabem compreender a essência divina dessas demonstrações, perdem muitas vezes os valores da cooperação e os resultados acabam tornando-se negativos. No dia, porém, em que conseguirem trazer o coração iluminado, receberão alegrias iguais àquela que desceu sobre os discípulos de Jesus, quando, de portas cerradas, em sublime comunhão de amor e fé, receberam a visita do Mestre, perfeitamente materializado, conforme narram os Evangelhos. Os trabalhos de preparo da sessão prosseguiam. Vinte entidades de nobre hierarquia movimentavam o ar ambiente. Em seus gestos rítmicos, semelhavam-se a sacerdotes antigos que estivessem executando Operações magnéticas de santificação interior do recinto. Alexandre explicou que eles faziam a ionização da atmosfera, combinando recursos para efeitos elétricos e magnéticos. "Nos trabalhos deste teor", elucidou Alexandre, "reclamam-se processos acelerados de materialização e desmaterialização da energia". Explicou também que nesse tipo de fenômeno, se os Espíritos manifestantes ao campo visual são criaturas ligadas mais diretamente à Crosta, os organizadores legítimos da tarefa são verdadeiros e competentes orientadores dos planos espirituais, com grande soma de conhecimento e responsabilidade. (Cap. 10, págs. 110 e 111) 

48. Os preparativos prosseguem - Não passou muito tempo e alguns Espíritos compareceram trazendo pequenos aparelhos que pareciam instrumentos reduzidos, de grande potencial elétrico, em virtude dos raios que movimentaram em todas as direções. André estava curioso e Alexandre esclareceu: – Estes amigos estão encarregados de operar a condensação do oxigênio em toda a casa. O ambiente do plano invisível aos olhos do homem requer elevado teor de ozônio e, além disso, é indispensável semelhante operação, para que todas as larvas e expressões microscópicas de atividade inferior sejam exterminadas. A relativa ozonização da paisagem interior é necessária como trabalho bactericida. Depois, o instrutor explicou que o ectoplasma, ou força nervosa, que será abundantemente extraído do médium, não pode sofrer, sem prejuízos fatais, a intromissão de certos elementos microbianos. Logo depois, várias entidades chegaram do exterior trazendo extenso material luminoso. Eram recursos da Natureza que os operários do plano espiritual recolheram para o serviço. Tratava-se de elementos das plantas e das águas, invisíveis aos olhos humanos, estruturados para reduzido número de vibrações. Naquele momento, os encarnados penetraram a sala, tomando os lugares que lhes eram habituais. Ligeira conversação estabeleceu-se entre os presentes. Pouco depois, deu entrada no recinto uma jovem, acompanhada de diversas entidades, dentre as quais destacava-se um Espírito de elevada condição, que parecia chefiar o grupo de entidades. Era o Irmão Alencar, que fora médico na Terra, trazendo a jovem médium, que a ele se ligava através de tênues fios de natureza magnética. (Cap. 10, págs. 111 a 113) 

49. Preparação da médium - Verônica, uma entidade muita querida ao instrutor Alexandre, que fora exímia enfermeira na Crosta, integrava a equipe de colaboradores. Começaria agora o auxílio magnético à médium. Era preciso incentivar os processos digestivos para que o aparelho mediúnico funcionasse sem obstáculos. Alexandre, Verônica e mais três entidades colocaram as mãos, em forma de coroa, sobre a fronte da jovem e essas energias reunidas formaram vigoroso fluxo magnético que foi projetado sobre o estômago e o fígado da médium, órgãos esses que acusaram, de imediato, novo ritmo de vibrações. As forças emitidas concentraram-se, gradualmente, sobre o plexo solar, espalhando-se por todo o sistema nervoso vegetativo e, com espanto, André observou que se acelerava o processo químico da digestão. As glândulas do estômago começaram a segregar pepsina e ácido clorídrico, em maior quantidade, transformando rapidamente o bolo alimentar. A mesma ativação André observou no pâncreas e no fígado. Em poucos minutos, o estômago permanecia inteiramente livre. Começaria então o preparo do sistema nervoso para as saídas da força. A diferenciação dos fluxos magnéticos, diante da nova operação posta em prática, foi percebida por André. Os assistentes se separaram e, enquanto Alexandre projetava a energia que lhe era peculiar sobre a região do cérebro, Verônica e os demais lançavam seus recursos sobre o sistema nervoso central, encarregando-se cada um de determinada zona dos nervos cervicais, dorsais, lombares e sacros. As forças projetadas sobre a médium efetuavam limpeza eficiente e enérgica, porquanto André podia ver os resíduos escuros que lhes eram arrancados dos centros vitais, e, sob o influxo luminoso da destra de Alexandre, o cérebro da jovem alcançava brilho singular, como se fora um espelho cristalino. Depois, Verônica ainda aplicou passes magnéticos na jovem médium, como serviço de introdução ao desdobramento necessário. (Cap. 10, págs. 113 a 115) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita