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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 30 - 9 de Novembro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec

(8
a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual será aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Qual é, segundo Allan Kardec, a melhor de todas as religiões?

A melhor de todas as religiões, ensina o Codificador, é aquela que só ensina o que é conforme à bondade e justiça de Deus; que dá de Deus a maior e mais sublime idéia; que torna os homens bons e virtuosos e lhes ensina a amarem-se todos como irmãos; que condena todo mal feito ao próximo; que não autoriza a injustiça sob qualquer forma ou pretexto; que nada prescreve de contrário às leis imutáveis da Natureza; é aquela cujos ministros dão o melhor exemplo de bondade, caridade e moralidade; que procura melhor combater o egoísmo e lisonjear menos o orgulho e a vaidade dos homens; que, finalmente, em nome da qual se comete menos mal, porque uma boa religião não pode servir de pretexto a mal nenhum. (O que é o Espiritismo, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 131 e 132.)

B. Que diz o Espiritismo a respeito do purgatório e do inferno?

O Espiritismo não nega o purgatório; antes, pelo contrário, demonstra sua necessidade e justiça e, além disso, o define. O purgatório seria a própria Terra, onde a alma culpada purga, expia os erros do passado. Quanto ao inferno, o Espiritismo considera-o tão-somente uma figura, uma alegoria, visto que, não admitindo a eternidade das penas, os Espíritos Superiores ensinam que a duração do castigo é subordinada ao melhoramento do Espírito culpado. (Obra citada, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 135 e 136.)

C. Que o Espiritismo ensina sobre os demônios e Satanás?

O Espiritismo não admite os demônios no sentido vulgar da palavra, mas, sim, os maus Espíritos, seres atrasados, imperfeitos que, no entanto, um dia alcançarão a perfeição. Quanto a Satanás, trata-se de uma alegoria que personifica o gênio do mal, insuscetível de conversão para o bem, o que contraria inteiramente o ensinamento espírita, que apresenta o progresso de todas as criaturas como um de seus princípios mais relevantes. (Obra citada, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 137 e 138.)

D. É verdade que Moisés e o Evangelho de Jesus proibiram formalmente as comunicações com os Espíritos dos mortos?

Moisés, como sabemos, proibiu realmente a consulta aos mortos e teve motivos sérios para fazê-lo, visto que queria que seu povo rompesse com todos os hábitos trazidos do Egito, entre os quais a evocação dos mortos era objeto de abusos. Quanto ao Evangelho, não existe nele proibição alguma com relação às comunicações entre nós e os Espíritos.  (Obra citada, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 139 e 140.)

Texto para leitura

90. Os Espíritos proclamam um Deus único, soberanamente justo e bom; eles dizem que o homem é livre e responsável por seus atos, recompensado ou punido pelo bem ou pelo mal que houver feito; colocam acima de todas as virtudes a caridade evangélica e a seguinte regra sublime ensinada pelo Cristo: fazer aos outros como queremos que nos seja feito. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 128.)

91. O Espiritismo é, antes de tudo, uma ciência, e não cogita de questões dogmáticas. Ele funda-se na existência de um mundo invisível, formado pelos seres incorpóreos que povoam o espaço e que são as almas daqueles que viveram na Terra, ou em outros globos. São os seres a que chamamos Espíritos, que nos cercam e incessantemente exercem sobre os homens uma grande influência e desempenham papel muito ativo no mundo moral e, até certo ponto, no físico. O Espiritismo está, pois, em a Natureza. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 129.)

92. Ele repousa, portanto, em princípios independentes das questões dogmáticas. Suas conseqüências morais são todas no sentido do Cristianismo, porque de todas as doutrinas é esta a mais esclarecida e pura. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 130.)

93. O sentimento religioso domina nas evocações e em nossas reuniões, mas não temos fórmula sacramental: para os Espíritos o pensamento é tudo e a forma, nada. Nós os chamamos em nome de Deus, porque cremos em Deus e sabemos que nada se faz neste mundo sem sua permissão, e, portanto, eles não virão sem que Deus o permita. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 130.)

94. A prática do bem, que é a lei superior, é a condição sine qua non do nosso futuro, como prova o estado dos Espíritos que conosco se comunicam. O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 134.)

95. A duração do castigo na vida post-mortem é subordinada ao melhoramento do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado é pronunciada contra ele. O que Deus exige, para pôr um termo aos sofrimentos, é o arrependimento, a expiação e a reparação; em uma palavra, um melhoramento sério e efetivo, uma volta sincera ao bem. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 135.)

96. Os Espíritos não negam, portanto, as penas futuras, pois que são eles mesmos que nos vêm descrever seus próprios sofrimentos, e este quadro nos toca mais que o das chamas perpétuas, porque tudo nele é perfeitamente lógico. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 136.)

97. A Bíblia, o Evangelho e os pais da Igreja reconhecem perfeitamente a possibilidade das comunicações com o mundo invisível. Além disso, a Igreja, admitindo a autenticidade de certas aparições e comunicações de santos, rejeita assim a idéia de que só podemos entrar em relação com os maus Espíritos. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 137.) (Continua na próxima edição.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita