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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007

WILSON CZERSKI
wilsonczerski@brturbo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)  

Doação de órgãos: solidariedade  ao alcance de todos

O dia 27 de setembro é dedicado à Doação de Órgãos para Transplantes. A Associação de Divulgadores do Espiritismo do Paraná, embora com um trabalho independente, vem somar esforços aos do governo e outras instituições ligadas às áreas médica e humanitária, no sentido de conscientização para importância e necessidade da doação de órgãos para transplantes. Para tanto, desenvolveu uma campanha no movimento espírita paranaense que incluiu uma pesquisa para saber o percentual de doadores entre seus profitentes e as razões pelas quais os outros não o são. A partir do cruzamento daqueles dados e outros como sexo, idade e tempo de atuação no meio, definiu-se melhor onde e como a campanha deveria agir.

Sabe-se que no Brasil os índices de doação são muito baixos em relação a outros países. Na Espanha, por exemplo, esse índice é de 22,7 para cada milhão de pessoas; Portugal e USA têm números muito próximos, 21,7 e 21,5, respectivamente. França com 20,3 e Cuba com 19; depois Itália 18,8 e nós, cá embaixo, com apenas 5,4 por milhão, agora em 2007. Se o nosso povo possui profunda religiosidade e é considerado um dos mais generosos do mundo, qual seria a razão para um número tão pequeno de doadores? O motivo está no nível de informação e na dificuldade de captação dos órgãos quando doados. Estima-se que de cada 10 famílias potenciais, só uma é abordada e dessas, 60% negam a doação. No Estado de São Paulo, estes números são um pouco melhores: de cada quatro possíveis, um é atendido pela família do falecido.

Atualmente (*), a fila geral de pessoas que aguardam transplante é de 74.000, metade dela de rins. Enquanto não chega o dia – se é que vai chegar –, são obrigadas a se submeter à tortura de enfrentar três sessões semanais de hemodiálise, de quatro horas cada. Embora os transplantes tenham aumentado nominalmente – temos que considerar o crescimento populacional – de 12.724 em 2003 para 13.127 no ano passado, a fila é cinco vezes maior do que o número de doações.

No entender dos espíritas, o corpo carnal é apenas um veículo ou instrumento a serviço da alma ou Espírito. Este, imortal, criado por Deus com natureza de simplicidade e desconhecimento e que, pelo trilhar das sucessivas experiências físicas ou reencarnações, vai desenvolvendo suas potencialidades intelectuais e morais rumo à perfeição relativa que lhe é permitido atingir. E é justamente através dos diversos corpos físicos de que se reveste ao longo desta trajetória que este aperfeiçoamento torna-se possível. Tal como as roupas que vestimos durante certo tempo e uma vez desgastadas pelo uso contínuo, são deixadas de lado.

Em mundos mais evoluídos a alma dispensa o uso de corpos densos como os nossos. Mas são necessários aqui, na Terra, como bem o sabemos. A volta, não à vida porque sempre estamos vivos, mas ao palco terrestre, dá-se por novos corpos e não pela ressurreição daquele que já devolveu à natureza os elementos materiais de que se compunha. Portanto, com a morte biológica, o corpo carnal perde totalmente a serventia. Exceto se partes dele forem, caridosamente, remanejados para outros indivíduos que, em geral, à falta deste gesto de desprendimento e solidariedade, terão o mesmo destino a curto ou médio prazo, isto é, a morte.

A doação de órgãos e a efetivação dos transplantes costumam produzir grandes transformações na vida das pessoas envolvidas, aproximando famílias, estreitando amizades e, principalmente, abrindo horizontes muitas vezes até então desconhecidos, especialmente aos receptores. Mudam de estilo de vida, tornam-se mais equilibrados, tranqüilos, melhores pais, mais amigos, agradecidos a Deus. Há uma aproximação com o sentido mais profundo da vida. E suas preces de gratidão alcançam os familiares e o Espírito do doador, revertendo-se em benefícios inestimáveis tanto para seu estágio no mundo espiritual como para a próxima reencarnação quando ela ocorrer.  

(*) Dados de 2005.  

NOTA: no site da ADE-PR está disponível para download a cartilha produzida a partir da pesquisa acima referida e que contém, entre outros dados e além dos números da mesma, informações gerais sobre Fila Única. Como se tornar doador, o que doar, tipos de doadores, as perguntas mais freqüentes, tempo para retirada dos órgãos, doação de medula óssea e endereços/telefones para cadastramento de doadores no Paraná, isso na primeira parte. Na segunda, tem-se a A Visão Espírita das Doações de Órgãos.  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita