WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec

(7
a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual será aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Muitas pessoas dizem que, se a reencarnação existisse, nós nos lembraríamos das vidas passadas. Por que, então, não nos lembramos do que fomos nem do que fizemos?

O esquecimento temporário do passado é um benefício que a Providência concede à criatura humana. É que a experiência só se adquire, muitas vezes, por provas rudes e terríveis expiações, cuja recordação seria muito penosa e aumentaria as angústias e tribulações da vida presente. Livre da reminiscência de um passado importuno, o homem pode viver com mais liberdade, ao passo que sua lembrança perturbaria as relações sociais e seria um tropeço ao progresso. (O que é o Espiritismo, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 115 a 117.)

B. Diz Allan Kardec que há no Espiritismo duas partes. Quais são elas e o que representam?

Uma é a parte experimental, que se relaciona com o fenômeno. A outra é a doutrina filosófica. Há pessoas que nada viram e, no entanto, crêem apenas pelo estudo que fizeram da parte filosófica. Para elas, o fenômeno das manifestações é acessório. O fundo é a doutrina, a ciência, a que melhor resolve uma multidão de problemas antes considerados insolúveis. (Obra citada, capítulo I, Segundo Diálogo, pág. 119.)

C. Costuma-se dizer, naturalmente: filosofia de Platão, doutrina de Marx, concepção de Hegel. Podemos também chamar o Espiritismo de doutrina kardecista ou kardecismo?

Há entre o Espiritismo e outros sistemas filosóficos uma diferença capital: estes são todos obra de homens mais ou menos esclarecidos, ao passo que o Espiritismo é obra dos Espíritos, na qual Kardec não tem o mérito da invenção de um único princípio. Podemos, pois, dizer: a filosofia de Platão, de Descartes, de Leibnitz, mas nunca se poderá dizer: a doutrina de Allan Kardec, o que torna impróprio o vocábulo kardecismo e inadequada a expressão doutrina kardecista. (Obra citada, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 119 e 120.)

D. Se Allan Kardec afirma que o Espiritismo respeita as convicções sinceras e não procura forçar ninguém a crer na Doutrina Espírita, por que sua preocupação em combater o materialismo?

Ao combater o materialismo, Kardec não ataca pessoas, mas uma doutrina que, quando generalizada, constitui-se numa chaga social. Com efeito, a negação do futuro, a simples dúvida sobre outra vida, são os maiores estimulantes do egoísmo, origem da maioria dos males da Humanidade. Com o materialismo, a caridade, a fraternidade e a moral ficam sem base alguma, sem nenhuma razão de ser, donde a máxima altamente perniciosa para o futuro de todos: “Cada um por si durante a vida terrena, porque com ela tudo se acaba”. (Obra citada, capítulo I, Terceiro Diálogo, págs. 126 e 127.)  

Texto para leitura

78. Nos mundos superiores ao nosso planeta, a lembrança do passado nada tem de penosa; eis por que seus habitantes se recordam da sua existência precedente, como nós nos recordamos hoje do que fizemos ontem. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 117.)

79. Os elementos de convicção não são os mesmos para todos; o que convence a uns, não produz impressão alguma em outros; assim sendo, é preciso um pouco de tudo. É, porém, um engano crer que as experiências físicas sejam o único meio de convencer. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 118.)

80. A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas era uma sociedade científica, como tantas outras, que se ocupava de aprofundar os diferentes pontos da ciência espírita e procurava esclarecer-se; era o centro para o qual convergiam ensinos colhidos em todas as partes do mundo e onde se elaboravam e coordenavam questões relacionadas com o progresso da Ciência. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 120.)

81. A Sociedade não convidava ninguém para assistir às suas sessões. Como não fazia demonstrações com o fim de satisfazer curiosidades, ela afastava com cuidado os curiosos. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 121.)

82. Se o Espiritismo é uma quimera, ele cairá por si mesmo; se o perseguem é porque o temem, e só uma coisa séria pode causar temor. Se, ao contrário, é uma realidade, então está em a Natureza, e ninguém com um traço de pena pode revogar uma lei natural. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 121.)

83. O Espiritismo não tem sua fonte entre os homens; ele é obra dos Espíritos, que não podem ser queimados nem encarcerados. Se chegassem a destruir todos os livros espíritas, os Espíritos ditariam outros. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 122.)

84. O Espiritismo tem por fim combater a incredulidade e suas funestas conseqüências, fornecendo provas patentes da existência da alma e da vida futura. Ele se dirige, pois, àqueles que em nada crêem ou que de tudo duvidam. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 123.)

85. O Espiritismo não se impõe a pessoa alguma e não vem forçar nenhuma convicção. A seus olhos, toda crença, quando sincera e não permita ao homem fazer mal ao próximo, é respeitável, mesmo que seja errônea. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 123.)

86. Injúria e calúnia foram lançadas contra a Doutrina e os espíritas desde os seus primórdios. Do alto do púlpito, os espíritas foram qualificados de inimigos da sociedade e da ordem pública, anatematizados e rejeitados pela Igreja, além de perseguidos até em suas relações afetivas e profissionais. E isso ocorreu no mundo todo. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pp. 124 e 125.)

87. O Espiritismo era apenas uma simples doutrina filosófica; foi a Igreja quem lhe deu maiores proporções, apresentando-o como inimigo formidável; foi ela, enfim, quem o proclamou nova religião. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 126.)

88. A crença na vida futura, mostrando a perpetuidade das relações entre os homens, estabelece entre eles uma solidariedade que não se quebra na tumba; desse modo, essa crença muda o curso das idéias. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 127.)

89. Se a religião ensina o bastante, por que existem tantos incrédulos? Ela prega, é verdade; ela nos manda crer, mas há muita gente que não crê por simples afirmação. O Espiritismo prova e faz ver o que a religião ensina em teoria. (Cap. I, Terceiro Diálogo, pág. 127.) (Continua na próxima edição.)


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita