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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(5a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. É certo afirmar que a prece constitui uma força real?

R.: Sim. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. A prece coloca-nos em contacto com as fontes superiores da vida e, dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade. (Missionários da Luz, cap. 6, págs. 66 e 67.)

B. Por que o concurso espiritual é mais eficiente à noite?

R.: É mais eficiente o concurso espiritual à noite porque durante o dia os raios solares diretos podem desintegrar certos recursos utilizados pelos Espíritos. (Obra citada, cap. 7, págs. 69 a 71, 77 a 79.)

C. Que fatos importantes ocorreram no atendimento espiritual prestado a Antônio, que estava nas vésperas de desencarnar?

R.: Primeiro foi a utilização pelos protetores espirituais de um cooperador encarnado, que se encontrava desprendido do corpo em momento de sono. A intervenção magnética durou quinze minutos, após o que um coágulo fora reabsorvido e a artéria socorrida com os recursos espirituais, prorrogando assim em cinco meses a permanência do enfermo na Terra, o que dependeria do seu comportamento, visto que, caso não se preocupasse com a autocorrigenda, poderia desencarnar antes desse prazo. (Obra citada, cap. 7, págs. 72 a 75.)

D. Por que no leito da morte as pessoas se tornam mais dóceis?

R.: No leito da morte, as criaturas são mais humanas e mais dóceis porque a moléstia intransigente enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores e, assim, desanimaliza a alma, abrindo-lhe em torno interstícios abençoados por onde penetra infinita luz. A dor consegue derrubar as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo. (Obra citada, cap. 7, págs. 77 a 79.)  

Texto para leitura

29. A prece é uma força real - Fora do quarto, Alexandre concluiu as explicações sobre o vampirismo, mostrando que a oração é o mais eficiente antídoto desse mal. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. A prece coloca-nos em contacto com as fontes superiores da vida. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Não podemos esquecer que as próprias formas inferiores da Terra alimentam-se quase que integralmente de raios. Descem sobre a fronte humana, por minuto, bilhões de raios cósmicos, oriundos de estrelas e planetas distantes, sem falar dos raios solares, caloríficos e luminosos, que a ciência terrestre começa a desvendar. A cada momento, cada um de nós recebe trilhões de raios de vária ordem e emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimo afastadas de nós. Nesse círculo de permuta incessante, os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e na iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade. (Cap. 6, págs. 66 e 67)

30. "Acréscimo de misericórdia" - No caso do marido atormentado pelo sexo, seria suficiente a oração de Cecília para ele adquirir o equilíbrio psíquico? Alexandre esclareceu que não. O socorro da esposa é valioso para o companheiro, mas o potencial de emissão divina pertence a ela, como fruto de seus esforços. Para ele significa o "acréscimo de misericórdia" que ele deverá anexar, em definitivo, ao patrimônio de sua personalidade, através do trabalho próprio. Receber o auxílio do bem não quer dizer que o beneficiado seja bom. O jovem precisará, portanto, devotar-se, com fervor, ao aproveitamento das bênçãos que recebe, porque, inegavelmente, toda cooperação exterior pode ser interrompida e cada filho de Deus é herdeiro de possibilidades sublimes e deve funcionar como médico vigilante de si mesmo. (Cap. 6, pág. 68)

31. Espíritos em serviço - Ao sairmos da casa de Cecília, estávamos nos primeiros minutos da madrugada. Entidades perturbadas mantinham-se à porta, dando a idéia de alguém à espera de brecha para entrar. Os transeuntes desencarnados eram numerosíssimos. A maioria, de natureza inferior, trajava roupa escura, mas, de espaço a espaço, éramos defrontados por grupos luminosos que passavam, céleres, em serviço. Alexandre explicou que há sempre quefazeres urgentes no auxílio aos encarnados e, na maior parte das vezes, é mais eficiente o concurso espiritual à noite, quando os raios solares diretos não desintegram certos recursos utilizados pelos Espíritos. De repente, uma velhinha simpática acercou-se de nós. Era Justina, que vinha apelar a Alexandre em favor de seu filho Antônio, em estado gravíssimo. Ele portava perturbações circulatórias de monta e naquela noite trouxera para o leito tantas preocupações descabidas, tanta angústia desnecessária, que suas criações mentais se transformaram em verdadeira tortura. Justina dizia que Antônio necessitava de mais alguns dias na Terra. Em dois meses, poderia solucionar todos os problemas que afetavam a paz da família. Sua desencarnação naquele momento frustraria essas esperanças e seria um desastre... (Cap. 7, págs. 69 a 71)

32. O caso Antônio - Antônio parecia próximo dos setenta anos e exibia todos os sinais de arteriosclerose adiantada. Era visível para André Luiz o estado pré-agônico do enfermo, em todas as suas expressões físico-espirituais. Sua alma confusa, inconsciente, movimentava-se com dificuldade, quase que totalmente exteriorizada, junto do corpo imóvel, a respirar dificilmente. Estávamos diante de uma trombose perigosíssima, por localizar-se numa das artérias que irrigam o córtex motor do cérebro. A apoplexia não se fizera esperar. Mais alguns instantes e a vítima estaria desencarnada. Aproximando-se, Alexandre tocou-lhe o cérebro perispiritual e falou com autoridade serena: –Antônio, mantenha-se vigilante! Nosso auxílio pede a sua cooperação! E o instrutor lhe disse que as preocupações excessivas criaram-lhe elementos de desorganização cerebral: era preciso reagir, retomar as células físicas; o momento era decisivo. Em seguida, o orientador iniciou complicadas operações magnéticas no corpo inanimado, ministrando energias novas à espinha dorsal. Passados alguns instantes, colocou a destra ao longo do fígado e, mais tarde, demorando-a no cérebro físico, bem à altura da zona motora. Pediu então a André que se mantivesse em prece, enquanto ele convocaria alguns amigos para ajudá-los. Alexandre assumiu atitude de profunda concentração de pensamento e não passou mais de um minuto quando pequena expedição de oito entidades penetrou o recinto doméstico. Era o grupo do Irmão Francisco, evocado mentalmente pelo instrutor. (Cap. 7, págs. 71 e 72)

33. Socorro espiritual - Alexandre pediu a Francisco providenciasse o concurso de algum dos nossos cooperadores encarnados, cujo veículo material estivesse, naquele momento, em repouso equilibrado. O doador de fluidos, dada a gravidade do caso, deveria ser escolhido com muito critério. O companheiro lembrou-se de Afonso, a quem foi buscar de imediato. Justina, querendo auxiliar, propôs o concurso das próprias filhas de Antônio, suas netas, em repouso na casa. Alexandre recusou, explicando que, naquela emergência, seria preciso alguém suficientemente equilibrado no campo mental. A mãe inquieta afastou-se, enxugando os olhos. Viúvo há vinte anos, Antônio estava nas vésperas de desencarnar. Ele necessitava, porém, de mais alguns dias na Crosta para deixar alguns problemas sérios devidamente solucionados, e Alexandre tinha certeza de que o Senhor lhes concederia a oportunidade de colaborar no reerguimento provisório de suas forças. Não decorreu muito tempo e Francisco chegou trazendo Afonso, o cooperador encarnado, desprendido do corpo em momento de sono. A um sinal de Alexandre, Afonso colocou ambas as mãos na fronte do enfermo, mantendo-se em oração, e o orientador passou a funcionar como verdadeiro magnetizador, no esforço de transferir vigorosos fluidos de Afonso para o organismo de Antônio, já moribundo. O semblante do enfermo transformava-se gradualmente, à medida que Alexandre movimentava as mãos sobre o seu cérebro. André percebeu que a forma perispiritual de Antônio reunia-se devagarinho à forma física, integrando-se harmoniosamente uma com a outra, como se estivessem, de novo, em processo de reajustamento, célula por célula. A intervenção magnética durou quinze minutos. Findo o socorro, Alexandre chamou Justina e explicou que o coágulo fora reabsorvido e a artéria socorrida com os recursos espirituais, mas Antônio teria, no máximo, cinco meses a mais de permanência na Terra. Era preciso, pois, não perder tempo, advertindo o filho quanto ao cuidado que deveria manter consigo mesmo no terreno das preocupações excessivas, mormente à noite, quando ocorrem os fenômenos desastrosos mais sérios de circulação, em vista da invigilância de muitas pessoas que se valem das horas sagradas do repouso físico para a criação de fantasmas cruéis, no campo vivo do pensamento. Se Antônio não se preocupasse com a autocorrigenda, talvez desencarnasse antes dos cinco meses. Toda a cautela, por isso, seria indispensável. (Cap. 7, págs. 72 a 75)

34. O grupo do Irmão Francisco - Logo que Afonso retirou as mãos de sobre a fronte do enfermo, ocorreu algo inesperado. O doente, reintegrado nas funções orgânicas, abriu os olhos físicos, como se estivesse embriagado e começou a gritar estentoricamente: – Socorro! socorro!... Acudam-me por amor de Deus! Eu morro, eu morro!... Algumas jovens acorreram espantadas e trêmulas, no socorro ao pai, que dizia sentir-se com a cabeça tonta e pedia chamassem seu médico. A confusão na casa era grande, quando Alexandre comentou: – Geralmente, quando os nossos amigos encarnados gritam, chorosos, por socorro, nosso serviço de assistência já se encontra completo. E partiram para atendimento de outros deveres. Foi então que André tomou conhecimento das tarefas desenvolvidas pelo grupo do Irmão Francisco, uma das inumeráveis turmas de socorro que trabalham na Crosta, ligadas a diversas colônias espirituais mais elevadas. Aquele grupo estava ligado à colônia "Nosso Lar". Cada um deles desenvolvia tarefas especializadas. O grupo de Francisco destinava-se ao reconforto de doentes graves e agonizantes. (Cap. 7, págs. 75 a 77) 

35. A doença pertinaz desanimaliza a alma - Explicou Francisco que, de modo geral, as condições de luta para os enfermos são mais difíceis à noite, visto que os raios solares, nas horas diurnas, destroem grande parte das criações mentais inferiores dos doentes em estado melindroso, não acontecendo o mesmo à noite, quando o magnetismo lunar favorece as criações de qualquer espécie, boas ou más. Francisco contou que Benfeitores muito mais elevados que aqueles que lidavam diretamente com o grupo velavam pelos integrantes da equipe e os inspiravam, devotadamente, no campo das obrigações comuns, sem que eles pudessem ver a sua forma de expressão nos trabalhos referentes aos divinos desígnios. O dirigente do pequeno grupo contou ainda que são muitos os irmãos afins que se reúnem, depois da morte do corpo, em tarefas de amparo fraternal, quando já alcançaram os primeiros degraus da escada de purificação. Segundo ele, semelhantes trabalhos são dos mais eficientes e dignos em favor dos homens. Raras pessoas podem compreender as aflições dos enfermos em posição desesperadora ou dos moribundos prestes a partir. Sabe-se, porém, que muitas vezes é possível efetuar realizações sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, em tais circunstâncias, depois de largos anos de atividades inúteis. E a razão é simples: no leito da morte, as criaturas são mais humanas e mais dóceis. Dir-se-ia que a moléstia intransigente enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a alma, abrindo-lhe em torno interstícios abençoados por onde penetra infinita luz. E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo. É possível então o grande entendimento. Francisco explicava assim o porquê da paciência, da calma e da conformação que costumam aflorar na maioria dos moribundos. "Muitas vezes – disse o orientador – semelhantes edificações constituem o fruto do esforço de nossos grupos itinerantes de socorro." Realmente, a serenidade e a resignação inexplicável dos agonizantes absolutamente distanciados da fé religiosa não poderiam ter outra origem, mostrando que em todos os lugares há sempre generosas manifestações da Providência Paternal de Deus, confortando os tristes, acalmando os desesperados, socorrendo os ignorantes e abençoando os infelizes. (Cap. 7, págs. 77 a 79) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita