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Entrevista
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007
FERNANDA BORGES
fernanda@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Rogério Coelho:

“Divulgação do Espiritismo e exemplificação
no bem com Jesus: tal a receita para o enfrentamento dos problemas
 da sociedade moderna”

O confrade, colaborador desta revista e grande divulgador da Doutrina Espírita Rogério Coelho (foto) reside na cidade mineira de Muriaé, situada na Zona da Mata de Minas Gerais. Jornalista por formação, Rogério Coelho já exerceu diversas funções dentro de casas espíritas, desde secretário até diretor do departamento. Atualmente, preside a Sociedade Muriaeense de Estudos Espíritas e prossegue incansável na divulgação do Espiritismo na tribuna e por meio de jornais e periódicos diversos.

Quando se tornou espírita, no ano de 1977, a aceitação  de  sua  família  foi  difícil, porém a

persistência e o amor pela doutrina o transformou no homem de hoje, que transmite empolgação ao falar sobre o Espiritismo. Para ele, o Espiritismo representa a mesma coisa que o sol, a água, a alimentação e o ar representam para o corpo físico. “Para os neófitos da Doutrina Espírita, eu passaria o mesmo conselho que o nobre Espírito Emmanuel passou para o seu tutelado, o nosso incomparável e saudoso Chico Xavier: Se algum dia eu disser para você alguma coisa diferente do que ensinou Jesus e Kardec, fique com Eles e me abandone.”

Na entrevista adiante transcrita, Rogério fala sobre sua iniciação no Espiritismo e diz com franqueza o que pensa sobre diversos temas de interesse dos nossos leitores.

O Consolador: Em que cidade você nasceu?

Nasci em Manhuaçu (MG), porém, atualmente, resido em Muriaé (MG) para onde me mudei por questões profissionais.

O Consolador: Qual a sua formação?

Jornalismo.

O Consolador: Que cargos ou funções você já exerceu no movimento espírita?

Secretário, Presidente, Diretor de Divulgação Doutrinária e Diretor do Departamento de Mediunidade.

O Consolador: Qual o cargo ou função exercido neste momento?

Presidente da Sociedade Muriaeense de Estudos Espíritas.

O Consolador: Quando você teve contato com o Espiritismo? Houve algum fato ou circunstância especial que tenha propiciado esse contato inicial?

Em 1977. Não houve um fato em si, relevante para a aproximação, mas uma série de circunstâncias que favoreceram isso.

O Consolador: Qual foi a reação de sua família ante sua adesão à Doutrina Espírita?

Extremamente negativa.

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo – científico, filosófico e religioso – qual é o que mais o atrai?

O religioso.

O Consolador: Que autores espíritas mais lhe agradam?

Emmanuel, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda, Amélia Rodrigues, Léon Denis, Deolindo Amorim, Eurípedes Barsanulfo, Yvonne do Amaral Pereira, Nina Arueira, Irthes Terezinha, Bezerra de Menezes, Thereza de Brito, Camilo, André Luiz.

O Consolador: Que livros espíritas você considera de leitura indispensável aos confrades iniciantes?

A Codificação Kardequiana em primeiro lugar, claro! Depois, os livros dos autores por mim citados.

O Consolador: Se você fosse passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito às atividades e trabalhos espíritas, que livros pertinentes à Doutrina Espírita você levaria?

Os livros dos autores anteriormente mencionados.

O Consolador: As divergências doutrinárias em nosso meio reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você, o Espiritismo é uma religião?

Sem dúvida. O Espiritismo é uma religião, como também é uma Ciência e uma Filosofia. 

O Consolador: Outro tema que suscita geralmente debates acalorados, diz respeito à obra publicada na França por J. B. Roustaing. Qual é sua apreciação dessa obra?

Muito maçuda e antidoutrinária.

O Consolador: O terceiro assunto em que a prática espírita às vezes diverge está relacionado com os chamados passes padronizados, propostos na obra de Edgard Armond. Embora saibamos que no geral a opção seja tão-somente a imposição das mãos tal como recomenda J. Herculano Pires, qual é sua opinião a respeito?

Estou com Emmanuel quando afirma que basta a boa vontade do trabalhador para esta nobre tarefa. Depois a simples imposição de mãos, como fazia Jesus.

O Consolador: Como você vê a discussão em torno do aborto? No seu modo de ver as coisas, os espíritas deveriam ser mais ousados na defesa da vida como tem feito a Igreja?

O aborto é crime hediondo de lesa-humanidade que vem merecendo o repúdio dos mais variados segmentos religiosos, em especial do segmento espiritista. Acredito que está de bom tamanho o empenho dos espíritas nesta questão. Há, porém, que se manter a vigilância e a atenção, em especial quando o Congresso brasileiro se movimenta no sentido de tentar “legalizá-lo”. Aí toda a ousadia e gritaria serão necessárias.

O Consolador: A eutanásia, como sabemos, é uma prática que não tem o apoio da Doutrina Espírita. Kardec e outros autores, como Joanna de Ângelis, já se posicionaram sobre esse tema. Surgiu, no entanto, ultimamente a idéia da ortotanásia, defendida até mesmo por médicos espíritas. Qual a sua opinião a respeito?

Só se for apoio de médicos espiritados e não de médicos espíritas conscientes do conteúdo doutrinário espiritista totalmente refratário a tal prática. Eutanásia, ortotanásia, aborto, tudo são crimes.

O Consolador: O movimento espírita em nosso país lhe agrada ou falta algo nele que favoreça uma melhor divulgação da Doutrina?

Com raríssimas e honrosas exceções, o movimento espírita em algumas regiões de nosso Brasil está deixando muito a desejar. Faltam muita fraternidade e o estudo das obras básicas e das obras subsidiárias sérias. Existem muitas práticas desvinculadas do contexto doutrinário, muitos desvios perigosos quão danosos.

O Consolador: Como você vê o nível da criminalidade e da violência que parece aumentar em todo o país e como nós, espíritas, podemos cooperar para que essa situação seja revertida?

A criminalidade e a violência sempre existiram. Os espíritas podem colaborar para que essa situação venha a ser revertida apoiando iniciativas ou criando atividades como as de nossos queridos Divaldo Pereira Franco, J. Raul Teixeira e de instituições espíritas ou não (ONGs) que tenham cunho educacional dirigido para as criaturas das mais variadas faixas etárias e condições sociais, em especial para os mais desvalidos a fim de que o desamparado de hoje não venha a ser o criminoso de amanhã.

O Consolador: A preparação do advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos, seus primeiros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de provas e expiações, passando plenamente à condição de um mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra “amor” estará escrita em todas as frontes e uma equidade perfeita regulará as relações sociais?

A evolução não dá saltos e deve ser contada não em anos ou séculos, mas em milênios.  Acredito que até o final deste terceiro milênio a Humanidade terá se aproximado bastante da condição de poder estagiar em um mundo de regeneração.

O Consolador: Em face dos problemas que a sociedade terrena está enfrentando, qual deve ser a prioridade máxima dos que dirigem atualmente o movimento espírita no Brasil e no mundo?

Levar o conhecimento libertador, que é a proposta de Jesus à luz da Doutrina Espírita, para toda a Humanidade. A Divulgação do Espiritismo é a maior caridade que se pode fazer a ele mesmo (segundo Emmanuel) e a todos que venham se beneficiar de suas diretrizes consoladoras quão libertadoras. Divulgação do Espiritismo e exemplificação no bem com Jesus, tal a receita para o enfrentamento dos problemas da sociedade moderna.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita