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Correio Mediúnico
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007
 

O servidor negligente

Neio Lúcio
 

À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.

Parecia humilde e educado.

O diretor da instituição compareceu, atencioso, para atendê-lo.

— Tem serviço com que me possa favorecer? — indagou o jovem, respeitoso, depois das saudações habituais.

— As tarefas são muitas — elucidou o chefe.

— Oh! por favor! — tornou o interessado — meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho batido, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar-me-ei com salário reduzido e aceitarei o horário que desejar.

O diretor, muito calmo, acentuou:

— Trabalho não falta...

E, enquanto o candidato mostrava um sorriso de esperança, acrescentou:

— Traz suas ferramentas em ordem?

— Perfeitamente — respondeu o interpe­lado.

— Vejamo-las.

O  moço abriu a caixa que trazia. Metia pena reparar-lhe os instrumentos.

A enxó se achava deformada pela ferrugem grossa.

O serrote mostrava vários dentes quebrados.

O martelo tinha cabo incompleto.

O alicate estava francamente desconjuntado.

Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a imperfeição que apresentavam seus gumes.

Poeira espessa recobria todos os objetos.

O dirigente da oficina observou... observou... e disse, desencantado:

— Para o senhor, não temos qualquer trabalho.

— Oh! Por quê? — interrogou o rapaz, em tom de súplica.

O diretor esclareceu, sem azedume:

— Se o senhor não tem cuidado com as fer­ramentas que lhe pertencem, como preservará nossas máquinas? se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? quem não zela atentamente no “pouco” de que dispõe, não é digno de receber o “muito”. Aprenda a cuidar das coisas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menosprezo para consigo é indesejável mostruário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais tarde.

Não valeram petitórios do moço necessitado. Foi compelido a retirar-se, em grande abatimento, guardando a dura lição.

Assim também acontece no caminho comum.

Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.

Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas ações aos vizinhos.

Quem espera a colheita de alegrias no futuro, aproveite a hora presente, na sementeira do bem.

E quantos sonharem com o Céu tratem de fazer um caminho de elevação na Terra mesma.


Do livro Alvorada Cristã, cap. 13, ditado pelo Espírito de Neio Lúcio, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.   
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita