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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007

ADAMS AUNI

adamsauni@ecolub.com.br

Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

União em verdade

Espíritas ou Cristãos? Espíritas e Cristãos? Espírita Cristão? Cristão Espírita? Será que existe diferença?

Tais questionamentos ainda existem e mesmo para aqueles que conhecem Jesus. Além disso, muitos não o seguem, portanto não assumem, nem intimamente, nem publicamente, a sua conduta cristã.

De igual forma, existem espíritas que estudam Jesus, isto é, estudam sobre Jesus, mas não o conhecem. Seguir Jesus, pensam eles, implica uma propriedade de elevação espiritual dos demais irmãos, que são escolhidos para isso. Dessa maneira, eles não conseguem seguir Jesus, pois não são capazes de suportar seu fardo e julgo.

Mas e aqueles que assumiram os passos do Mestre e trilham o coração com os ensinamentos do seu Evangelho? E aqueles que guiam e são guiados à luz da sua verdade insofismável? E aqueles que reconhecem a presença espiritual explicada pela razão, pela fé raciocinada, que transcende a elevação espiritual pela adoração consagrada a Deus? Quem seriam estes?

Ora, de forma concomitante, temos, em realidade, o Espiritismo inserido no Cristianismo, na palavra do Cristo, trazida para nós pelo Evangelho ao longo dos tempos.

O que há, claramente, é a necessidade de seu maior alcance em relação à sua essência, que vai além da sua forma. Podemos, desse modo, desdobrar o Evangelho de Jesus em seu amplo conhecimento como se desdobrássemos uma peça de arte, a princípio pronta e completa, bela já na sua essência, mas que se torna muito mais instrutiva e significativa, à medida que é compreendida segundo a evolução dos sentimentos, dos valores, das consciências e dos corações já quebrantados ao longo dos tempos.

A verdade dos ensinamentos do Cristo permanece inquestionável e inviolável, contundente como sempre foi e inigualável como só a verdade pode ser. A verdade deixada pelo Cristo para todos nós que recebemos o legado da salvação como transformação do homem e o reconhecimento superior de Deus sobre nós e tudo que existe ao nosso redor.

Jesus é a presença constante entre nós “dos Espíritos Santos de Deus”. Cremos em Deus Pai, Inteligência Suprema sobre todas as coisas, cremos em Deus Espírito, pois nos dizem que as coisas de Deus são coisas espirituais , cremos em Jesus, seu Filho, assim como nós, divino. Cremos no seu Evangelho e cremos na luz da verdade insofismável.

Seguimos a moral de Cristo, buscamos o entendimento, além da adoração que nos sustenta, cientes de que as coisas de Deus são simples e diretas. Dessa forma, entendemos que adquirimos muitos conhecimentos através da reencarnação, ferramenta divina para a nossa redenção. Ferramenta que, à mercê de nossos compromissos e esforços, ajuda-nos a caminhar para frente e em direção ao alto. Ora, não podemos olvidar que a salvação reside no sacrifício de Jesus, não somente pelo sangue derramado, mas também pelo Seu exemplo registrado.

A reencarnação, segundo a nossa condição de Espíritos imortais, nos coloca aptos à caminhada de luz, nos auxilia quando não entendemos qual caminho seguir, mesmo que, feita a opção correta, seja o menos cômodo, mas realmente destinado a nos transformar. Além disso, temos a comunicação entre os Espíritos que nos serve como apoio, sustentação e conforto. Afinal, somos nós mesmos Espíritos em todos os nossos estágios evolutivos, alguns mais próximos do Cristo, outros muito distantes, outros entorpecidos pelos baixos sentimentos, outros na tarefa de socorristas ou no desempenho de missões e ações apoiadas em compromissos morais.

As comunicações e mensagens trazidas pelos Espíritos existem desde sempre e Jesus nos exemplificou várias comunicações. Dessa maneira, nós, encarnados, por condição ou por permissão, acessamos as comunicações, à medida que dispomos da mediunidade e estamos sujeitos à influência espiritual de qualquer ordem, segundo a nossa sintonia. Logo, todos nós, aparelhos, instrumentos de Deus para a sua obra, precisamos manter o contato saudável com Ele através de seus emissários e seus medianeiros e, portanto, sempre atentos e vigilantes.

Não podemos ignorar que muitas comunicações mal conduzidas, mal interpretadas, mistificadas como embustes da fé ao longo dos tempos, deturparam suas finalidades positivas, uma vez que foram distorcidas, em muitas circunstâncias, para servir à manipulação das pessoas, tal como as calúnias e as mentiras, que se valem da inverdade como seu propósito principal.

De igual forma, devemos atentar para o fato que nós, encarnados, muitas vezes, ainda nos preenchemos com aquelas “comunicações” com as quais temos afinidade (fofocas, comentários maldosos, intrigas, críticas que denigrem o próximo, calúnias etc.), quando deveríamos buscar erradicá-las, à medida que elas são prejudicais ao nosso progresso. Precisamos, para o nosso bem, lembrar que “o mal não deve ser comentado”.

Não olvidemos, de outro aspecto, que os pensamentos puros transformam e repelem os pensamentos impuros, criando uma barreira para as influências nefastas que nos causariam mal. Não há como ignorar que os pensamentos impuros, de baixa ordem moral, cheios de desvalores, raiva, rancor, inveja, orgulho, vaidade, causam escuridão em nossos íntimos e intensificam as influências negativas que nos atingem e nos circundam, segundo as propriedades da má sintonia.

Outrossim, é preciso recordar que os pensamentos impuros e negativos sugam e minam as boas influências, afetando, inclusive, aquelas que nos são enviadas para o nosso bem e nosso equilíbrio. No entanto, segundo a Misericórdia, mesmo aqueles que perdem seu tempo no intercâmbio com a negatividade, pois ainda em estado de ignorância, são atendidos, uma vez que o amor incondicional de Deus, sobre todas as suas criaturas, deposita luz onde encontra a escuridão. Afinal, o bem sempre prevalece sobre o mal, pois é independente do nosso querer e obedece a uma ordem que escapa a nossa voluntariedade.

Somos espíritas e temos acesso ao conhecimento esclarecido e esperado há muito tempo. Somos cristãos e sustentamos a nossa fé, além da nossa adoração, pois é consolo tanto o conhecimento esclarecido, quanto o postulado da imortalidade da alma, que corroboram as verdades trazidas pelo Cristo.

Nessa direção, a mensagem de Cristo Jesus se completa quando nos foi enviado o Consolador Prometido, via Doutrina Espírita. Podemos, para o nosso bem, seguir as suas palavras e seus passos em direção ao futuro, de acordo com o ensinamento de Jesus: “... fareis muitas coisas, e fareis muitas além das que eu já fiz...

A Doutrina Espírita, trazida por todos aqueles que contribuíram ao longo dos tempos para o esclarecimento humano, não permaneceria viva somente através de suas memórias e registros da época. Dessa maneira, assim como o homem cresce e progride, os entendimentos sobre a fé raciocinada também evoluem e dinamizam os postulados do Espiritismo, uma vez que a Doutrina Espírita tem a finalidade de unir, e não de dividir, o que consolida sua presença na sociedade humana, de acordo com o critério evolutivo da civilização.

Claramente, devemos entender a necessidade de trilhar com pés firmes o caminho do bem, tendo como companheiro os ensinamentos dos medianeiros do Cristo, que por Sua permissão e de Deus nos seguem a jornada. Os “Espíritos Santos de Deus” estão conosco sempre que estivermos reunidos em Seu nome.

De outro lado, o que nos cabe é a realização das obras em nossas vidas, ainda que sejam pequenas aos olhos do homem egoísta, mas necessárias e grandiosas aos olhos de Deus, que sabe que O seguimos, que Lhe obedecemos, apesar de nossas imperfeições, pois somos detentores da Sua essência e a Ele nos direcionamos. Na sua bondade de Pai, Ele nos permite errar para aprender até que Dele finalmente nos aproximaremos, por esforço próprio, através das infinitas reencarnações e de acordo com o entendimento guiado pelos passos do Senhor Jesus.

Muitos irmãos amados, porém, ainda na escuridão de suas vidas e desprovidos de sentimentos mais nobres, nos perseguem. Na verdade, aflitos, sofridos, revoltados por suas muitas dores e sofrimentos, presos no fundo do poço de suas existências, só conhecem atos e palavras brutas. Eles nos perseguem, pois enxergam em nós, seguidores do Cristo, as luzes que Ele nos concede e deposita. Dessa maneira, querem, inconscientemente, esta luz, à medida que, embora ainda duros e embotados pelas suas aflições, reconhecem os benefícios da luz de Jesus.

Felizmente, muitos sofredores, embora atingidos pelas mais diversas situações aflitivas e de desalento, abrem-se à luz e, em razão dessa atitude, são promovidos verdadeiros “milagres” que transformam o coração, posto que a luz do amor clarifica qualquer alma, qualquer Espírito.

Sem olvidar a caridade, podemos compreender que muitos irmãos que nos condenam ou procuram atrapalhar o nosso caminho diário compromissado com as lições do Cristo, em realidade estão momentaneamente perdidos, sem uma clara direção, confusos em seus sentimentos, tal como às vezes agimos em nossos momentos de fraquezas, e são o nosso próximo exigente de compreensão e apoio.

Outrossim, no estado da erraticidade, muitos sofrem o peso da culpa e do remorso, enquanto outros desconhecem seu verdadeiro estado espiritual e, por isso, perseguem, sem trégua, suas vítimas em processos obsessivos. Ora, para eles também somente o amor aplicado segundo a caridade poderá levar à benéfica transformação e direcionamento para o bem.  

Somos filhos de Deus, encarnados ou desencarnados. Logo, somos espíritas? Somos cristãos? Cremos e vivemos em Cristo Jesus, cremos na reencarnação e cremos no mundo invisível.

O Evangelho já havia dito. Agora, temos amplo acesso à Doutrina Espírita. E embora todo conhecimento para o cristão esteja contido no Evangelho do Cristo Jesus, cabe a pergunta: quanto tempo será necessário ainda para que possamos absorver tudo que já estava no Evangelho e que ainda não interpretamos e vivenciamos? Mesmo hoje, com auxílio e companhia dos mentores espirituais. E tudo sempre esteve lá.

Devemos renovar nossa fé a cada mensagem, a cada estudo, para que sejamos sustentados cada vez mais. E procuremos, a nosso favor, potencializar a nossa fé, sinergia divina em nós, pois pelo Cristo e em Cristo viveremos eternamente. 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita