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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 28 - 26 de Outubro de 2007

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

O segredo das curas

Dos belos casos relatados por Roque Jacintho na obra Fabiano de Cristo – O Peregrino da Caridade (edição Luz no Lar), encontramos no capítulo 22, cujo título utilizamos neste artigo, notável abordagem sobre a fé e o uso terapêutico da água. Permito-me algumas transcrições parciais, com adaptações do texto original.

O relato em questão apresenta o generoso médico, Dr. Fortes, que sempre se interessava pelos enfermos, fosse qual fosse a condição social dos doentes. Amparava a todos, sem qualquer distinção. Diante da técnica precária da medicina de sua época, ele se via em desvantagem diante das enfermidades rebeldes. O referido médico clinicava também na enfermaria do Convento de Santo Antonio, em que passara a observar Fabiano de Cristo, que vencia onde ele se sentia derrotado. Embora não fosse enfermeiro, atuava como tal no socorro aos doentes do convento.

Daquelas mãos caridosas, vira doentes sem esperança saírem recuperados e retornarem à vida comum, sem sinais das doenças que deveriam tê-los vitimado.

Deveria haver ali, algum segredo, pensava consigo mesmo. Talvez o segredo estivesse na água utilizada por Fabiano. Sim! É que, a cada doente em estado grave, Fabiano ministrava uma porção de água. E até para aqueles portadores de feridas graves, ele aplicava gotas d´água na região enferma, provocando miraculosamente a reversão do quadro e obtendo cicatrizes espantosas. O médico desejava dominar aquele conhecimento. E chamou Fabiano para conversar.

− Há dias te observo trabalhando na enfermaria. Por mais queiras negar, colocas nessa água algum recurso medicamentoso que desconheço.

− Nada faço que qualquer um outro não possa fazer, doutor!

− Desculpe-me, porém, não creio! Afinal, eu te trouxe dois doentes irrecuperáveis, segundo os meus recursos médicos e, três dias após, ei-los refeitos e a te ajudar! E vi que nada lhes deste além de água.

E insistia: − Se guardas avaramente teu segredo, lembra-te de teu dever de humanidade! Muitas outras pessoas poderiam retornar à normalidade da saúde, se me revelasses o teu conhecimento misterioso.

Fabiano, visivelmente constrangido diante do doutor Fortes, foi direto e incisivo:

− Doutor, apiedo-me e muito diante de cada um que sofre. Eles chegam aqui e nada sei de enfermagem! Como socorrê-los? E, querendo minorar suas dores, apanho as canecas com água e faço as minhas orações, para cada doente em particular.

E, diante do médico admirado, complementou:

− Sabendo que a vida vem de Deus, rogo ao Pai de misericórdia que abençoe a água que Ele próprio criou e que nela dê o seu sopro de vida, como dá à vida inicial ao homem.

Houve uma pausa longa, quebrada pelo reticente médico:

− E...?!

− E sabendo que o Pai atende a todas as súplicas desinteressadas, sei que a água se transforma num santo remédio. O que Deus coloca nela, nunca perguntei! Só sei que, com muito amor e muita fé, vou ministrá-la aos doentes, em nome de Jesus Cristo!

O doutor Fortes estava sem fala!

− Se o senhor fizer isso, doutor, – completou Fabiano – Deus por certo te atenderá, pois Ele ouve a mim, que sou ignorante e pecador, e mais te ouvirá pelas tuas virtudes.

Sabe-se que, algumas vezes, o doutor Fortes foi visto dando pequenas porções de água a escravos enfermos!

Nota do autor:

Belíssima expressão de fé e das autênticas possibilidades de cura que estão à nossa disposição, através da prece, da confiança em Deus e também através da água que pode receber os recursos medicamentosos, o tema convida ao estudo e à reflexão.

Sugerimos aos leitores o livro O Livro da Prece, de L. Palhano Jr., além do belo livro de onde extraímos a expressiva lição: Fabiano de Cristo – O peregrino da caridade, de Roque Jacintho. Igualmente os capítulos finais de O Evangelho segundo o Espiritismo trarão ao leitor mais amplo entendimento do assunto.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita