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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 28 - 26 de Outubro de 2007

GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

A cura veio do perdão

“Perdão foi feito p’ra gente pedir”, cantava o inesquecível Ataulfo Alves, e eu acrescentaria: perdão foi feito para ser dado também. Foi o que aconteceu com os tenores espanhóis Plácido Domingo e José Carreras, que se tornaram inimigos por questões políticas, em 1984.

Em 1987, porém, José Carreras descobriu que tinha leucemia. Submetendo-se a tratamentos sofisticados, viajava mensalmente aos Estados Unidos. Sem poder trabalhar, com o alto custo das viagens e do tratamento, logo sua razoável fortuna acabou.

Sem condições financeiras para prosseguir o tratamento, Carreras tomou conhecimento de uma clínica em Madrid, denominada Fundación Hermosa, criada com a finalidade única de apoiar a recuperação de leucêmicos. Graças ao apoio dessa clínica, ele venceu o câncer. Voltando a cantar e a receber altos cachês, José Carreras tratou logo de se associar à aludida Fundação para ajudá-la financeiramente.

Foi então que, lendo o estatuto da Fundación Hermosa, descobriu que seu fundador, maior colaborador e presidente era Plácido Domingo. Mais do que isso, Carreras descobriu que a clínica fora criada, em princípio, para atender exclusivamente a ele mesmo. Plácido se mantinha no anonimato para não constrangê-lo a aceitar o auxílio de seu inimigo.

Momento muito comovente aconteceu durante uma apresentação de Plácido, em Madrid. De forma imprevista, Carreras interrompeu o evento e se ajoelhou a seus pés. Pediu desculpas a Plácido publicamente, agradecendo o benefício de seu restabelecimento.

Mais tarde, uma repórter perguntou numa entrevista a Plácido Domingo por que ele criara a Fundación Hermosa; afinal, além de beneficiar um inimigo, ele concedera a oportunidade de reviver Carreras, um dos poucos artistas que poderiam lhe fazer alguma concorrência. Sua resposta foi simplesmente a seguinte: “Porque uma voz como a dele não se podia perder”.

Diante desses gestos de grandeza moral de Plácido e Carreras, afirmamos sem dúvida que os dois, de fato, exemplificaram o perdão e a humildade ensinados por Jesus.
 

GERSON SIMÕES MONTEIRO é presidente da Fundação Cristã-Espírita Paulo de Tarso, do Rio de Janeiro, RJ, e diretor da Rádio Rio de Janeiro.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita