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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 26 - 12 de Outubro de 2007

CRISTIAN MACEDO
cristianmacedo@potencial.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)

A Branca de Neve e as aflições

A Rainha Má queria ser a mais bela. No entanto, existia a Branca de Neve, muito mais bonita...  Decidiu matá-la. Todos já sabem.  

Branca de Neve a estava afligindo. A presença dela no mundo e sua beleza faziam da vida da Rainha um verdadeiro inferno. Afinal, para ser feliz somente ela deveria ser bela. A mais bela. A culpa de Branca de Neve: ser linda e, por isso, gerar o inferno no coração da Rainha. O veredicto: a morte.

O número de “rainhas más” que encontramos diariamente é assustador.

E se paramos para analisar profundamente, todos temos uma rainha má dentro de nós. Em diversas gradações. Claro que quem estiver lendo isso pensará: “a minha é bem pequenininha”. Mas tudo bem, já vale.

A Rainha Má colocou a culpa na Branca de Neve. A culpa de jogá-la para o segundo lugar e deixá-la em primeiro como gostaria.

Aliás, nem primeiro ela queria. Na realidade ela desejava ser a única. Tolice maior do que desejar ser a primeira.

Os primeiros sempre deixam de ser. O mais jovem perde o posto, assim como o mais velho, a melhor dançarina, o melhor atleta, a empresa mais rica, o empregado mais competente, o piloto pole position. Todos perdem seus primeiros lugares, pois a vida é impermanência.

Quem quer ser o mais belo tem problemas sérios. É como o marido traído que mata o amante. Quantos amantes ele terá que matar?

Quantas moças lindas a rainha precisaria mandar o caçador assassinar? Isso lhe daria paz? Quem estava com o problema? A Branca de Neve ou a Rainha?

A menina linda não é o problema. O problema é de quem inveja sua beleza, pois a ela se compara. Desejaria ser tanto ou mais bonita. Mas isso não tem sentido.

A comparação é algo sem sentido. Somos diferentes. Belos. Únicos.

Assim como o ciumento, o rancoroso, o odiento, o perverso. A culpa não está no outro. Cada um deve ter a responsabilidade de lidar com seus “demônios” internos para não fazer da vida um inferno.

Se alguém tem um carro mais bonito que o meu, não devo odiá-lo, ou culpá-lo pela minha infelicidade. O problema é meu; e o dono do carro nada tem com a minha loucura. Ele vive, enquanto eu me mato aos poucos, pois ao invés de trabalhar para comprar um carro tão bonito quanto, fico torcendo que alguém arranhe o dele. Em vez de refletir e aprender que não é de um carro mais bonito que preciso para ser feliz, perco um tempo danado que poderia ser empregado em algo verdadeiramente útil para a minha vida.

No cotidiano, quando nossa Rainha Má interna surgir, devemos recordar que a culpa não é da Branca de Neve.

“Para aquele que a inveja e o ciúme atacam, não há calma, nem repouso possíveis. À sua frente, como fantasmas que lhe não dão tréguas e o perseguem até durante o sono, se levantam os objetos de sua cobiça, do seu ódio, do seu despeito. O invejoso e o ciumento vivem ardendo em contínua febre. Será essa uma situação desejável e não compreendeis que, com as suas paixões, o homem cria para si mesmo suplícios voluntários, tornando-se-lhe a Terra verdadeiro inferno?” (O Livro dos Espíritos, questão 933.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita