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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)

Informação espírita e
conhecimento espírita

Nasceu em família espírita, cresceu acostumado a ver seus pais trabalhando ativamente no Centro Espírita do bairro onde moravam. Sua adolescência foi efervescente de informações da doutrina codificada por Kardec, ouviu palestras de grandes oradores, participou de inúmeros cursos, tomou contato com célebres escritores. Interessado, aprofundou-se nas cinco obras básicas do Espiritismo. O Livro dos Espíritos era com ele mesmo, sabia de cor e salteado todas as informações ali contidas; tanto empenho lhe valeu o apelido de Enciclopédia Espírita.

Alguém perguntava, ele respondia, sem titubear. Convidado a participar de programa de perguntas e respostas sobre o Espiritismo, sua atuação foi elogiada de norte a sul do Brasil. Em matéria de informação espírita era uma sumidade.

Contudo, embora fosse o supra-sumo da informação espírita, na hora de transformá-las em conhecimento, patinava. Tinha a informação de que deveria respeitar a crença alheia, entretanto não respeitava.

Tinha a informação de que as Leis de Deus estão em nossa consciência, no entanto, não a consultava.

Tinha a informação de que a vida rompe a noite da morte, todavia, vivia calcado no imediatismo, como se a existência atual fosse a única.

Era rico em informações e pobre em conhecimentos.

Há enorme diferença entre informação espírita e conhecimento espírita. A informação é a superfície, o conhecimento é a essência.

Estar informado de que o Espiritismo encerra a mensagem de que: “Fora da caridade não há salvação” não é o mesmo que conhecer essa caridade. O conhecer implica comprometimento, participação. O conhecer é a informação gerando atuação. Portanto, quem não arregaça as mangas e não produz algo de bom para si mesmo e ao semelhante possui apenas a informação de que “Fora da caridade não há salvação”, nada além disso.

Aliás, eis uma das grandes dificuldades da alma humana: transformar a informação em conhecimento.

Vivemos em uma época onde as informações jorram por todos os lados. Ligamos a televisão e nos deparamos com informações, a internet é pródiga em informações, o rádio também cumpre a sua parte de informar e ainda há jornais e revistas.

Há campanhas informando sobre os benefícios que os exercícios físicos trazem à saúde, todos sabem disso, porém, grande parte das pessoas, embora informadas, não se interessam em se exercitar, não vivenciam o esporte. Prova disso está nos gráficos que indicam o grande número de mortes vinculadas ao sedentarismo.

Em relação às drogas é ainda mais sério. As informações brotam por todos os cantos e recantos, todos têm a informação de que as drogas são nocivas, contudo, há ainda muita gente entrando nesse precipício. E que dizer do aborto? Ora, hoje crianças de 9 e 10 anos têm informação de como uma mulher fica grávida. Entretanto, ainda assim, alguns políticos e autoridades alegam que se deve legalizar o aborto pelo motivo da tal gravidez indesejada. Meu Deus! Quanta incoerência!

Como vemos, o mundo está abarrotado de informação, porém, carente de conhecimento.

Por isso mesmo o espírita não pode estar apenas informado de que se deve compreender, amar, tolerar, auxiliar, compartilhar, perdoar. Mais do que se informar, imperioso conhecer todos esses verbos, vivenciando-os.

O Espiritismo é vivência, é participação, é ação. Transformemos, pois, a bela literatura espírita, que nos informa de onde viemos, o que fazemos aqui e para onde vamos, em conhecimento espírita; conhecimento este que nos aproxima do Criador.

Pensemos nisso. 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita