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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Preciosa paciência

A dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo-poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu (O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo IX, item 7).  

Não há vida que possa ser contada sem sofrimento. No entanto, muitas histórias de vida indicam como enfrentar e interpretar o sofrimento, declarando que existe uma saída, que não é “um lugar”, mas um despertar interior para a ativação de uma virtude substancial: a paciência, que nos ensina a capacidade de suportar.

Sim, o tempo da paciência é muito valioso. Ciente de que não há penas eternas, o tempo da paciência é transitório, embora, muitas vezes, não possa ser medido pelo relógio ou pelo calendário. Não é um tempo festivo, mas um tempo comprido. Um tempo exigente de coragem, entendida pelo velho Platão como a virtude da “auto-salvação”.

Entretanto, de maneira equivocada, quando experimentamos a dor, no geral, o que fazemos? Depositamos sobre ela a atitude da revolta, desânimo e ingressamos no desespero... Desse modo, ajuntamos sofrimento ao sofrimento e isso se torna insuportável.

Ao que sofre é pedido paciência. “Não vos aflijais”, solicita o Espírito amigo, pois a paciência é uma virtude subordinada à fortaleza, que habilita o sofredor a suportar a prova para aprender a atravessá-la, caso exerça a lição do Cristo: “ao dia basta a sua própria aflição”. Ou seja, a cada dor basta a sua dor. Não é preciso acrescentar mais nada. Um passo a cada dia para sempre avançar.

Mas quem nos cega o entendimento em relação ao sofrimento? A falta de fé. Poderosa é a fé para combater o desânimo ou a cólera nas épocas difíceis. Poderosa é a fé para nos ensinar, enquanto durar a penosa travessia, a singela resignação, que “é o consentimento do coração”, dita por Lázaro, no Evangelho do Cristo. Poderosa é a fé para nos conduzir à prece que nos dará consolação. Normalmente, as provações pelas quais passamos, e sempre de acordo com nossas capacidades pessoais, são também testes valiosos que verificam se realmente estamos identificados à prática sincera de melhora, pois peregrinos na Terra, ou se estamos aflitos em razão do apego aos bens terrenos. “Não vos canseis pelo ouro”, pediu Jesus. Isso só nos causará o mal sofrer, inútil ao progresso do Espírito.

“A dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos”. O Espírito amigo se refere aqui ao “eleito”.  Portanto, ele lança o bálsamo àqueles que procuram praticar o bem, além de evitar o mal, pois confiam plenamente no aviso de Jesus: “meu Reino não é deste mundo”.

“Bem-aventurados os pobres, os aflitos, os que choram, porque deles é o Reino dos Céus!” consola-nos Jesus no início do seu magnífico Sermão. Desse modo, o homem que espera em Deus, “vê nos sofrimentos o resgate de suas faltas, o meio de se purificar da corrupção”, explica Cairbar Schutel.

E se a esperança é o lenitivo dos aflitos, a fé, a força que ativa a coragem para a superação da dor, a paciência é o escudo que protegerá aquele que sofre dos efeitos nocivos da cólera ou da ingrata revolta, dando-lhe mansidão para a luta de cada dia. Além disso, fazer a difícil travessia é dar um passo novo no desenvolvimento da humanização, é disciplinar o “homem velho” para que o justo testemunho da prova não se perca no caminho...

Para nossa paz interior, compreendamos que o caminho que nos levará à felicidade absoluta obedece à “longa via do ser” e, em muitas circunstâncias, reivindicará, de nossa parte, uma ação resignada, pois não há atalhos. Então, confiemos e cultivemos a preciosa paciência.

Fontes:

Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de J. Herculano Pires. 14 ed., São Paulo: FEESP, 1998. Capítulo IX, Itens 7 e 8.

Schutel, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus. 21. ed., Matão/SP: O Clarim, 2006, p. 158.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita