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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec

(2
a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual será aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Kardec define, em mensagem dirigida aos espíritas lioneses, no início de 1862, a maior qualidade e o pior defeito de um grupo espírita. Quais são eles?

A estabilidade de um grupo requer que nele reine o sentimento fraternal. Todo grupo que se formar sem ter caridade efetiva por base não tem vitalidade. O pior defeito que um grupo pode apresentar é a existência de rivalidade entre seus membros. (O que é o Espiritismo, Biografia, p. 40.)

B. Qual a definição de Espiritismo dada por Kardec na abertura deste livro?

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos. Como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações. Segundo Kardec, podemos defini-lo assim: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. (Obra citada, Preâmbulo, p. 50.)

C. O Espiritismo procura arregimentar adeptos, como certas seitas evangélicas o fazem?

Não. O Espiritismo não procura forçar convicção alguma e é, por isso, contrário a toda atitude proselitista. (Obra citada, capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 52.)

D. As mesas girantes foram importantes e o ponto de partida da codificação do Espiritismo. Por que, então, hoje não mais se realizam tais fenômenos nem se fala delas?

O motivo é fácil de entender. Das mesas girantes saiu uma coisa ainda mais séria: uma ciência completa, uma doutrina filosófica, mostrando que o período da curiosidade teve seu tempo mas passou. Sucedeu-lhe o período da observação. O Espiritismo entrou, então, no domínio de pessoas mais sérias que não vêem nos fatos um objeto de divertimento, mas, sim, um meio de instruir-se. (Obra citada, capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 62.)


Texto para leitura

20. O Espiritismo experimental está cercado de muito mais dificuldades do que se acredita geralmente, e os escolhos, que aí se encontram, são numerosos; é o que produz tanta decepção nos que dele se ocupam sem ter a experiência e os conhecimentos necessários. (Biografia, pág. 31.)

21. "O Livro dos Médiuns" é o vade-mécum de quantos se querem entregar com proveito à prática do Espiritismo experimental e é, ainda, o mais seguro guia de que nos podemos servir para explorar, sem perigo, o terreno da mediunidade. (Biografia, págs. 31 e 32.)

22. Sem dúvida - assevera Kardec - é de desejar que se multipliquem os adeptos, porém o que mais vale não é o número, mas a qualidade. (Biografia, pág. 33.)

23. O Espiritismo se dirige aos que não crêem ou que duvidam, e não aos que têm fé e a quem essa fé é suficiente. E não diz a ninguém que renuncie às suas crenças para adotar as nossas. Após ter dito essas palavras, Kardec recomendou-nos acolher com solicitude os homens de boa-vontade, oferecendo a luz aos que a procuram, porque com os que crêem não seremos bem-sucedidos. Não devemos fazer violência à fé de ninguém, mas colocar a luz em evidência, para que a vejam os que quiserem ver. (Biografia, pág. 36.)

24. Perguntam como uma doutrina, que torna feliz e melhor o homem, pode ter inimigos. É natural, explica Kardec. O estabelecimento das melhores coisas choca sempre interesses, ao começar. Como querer que uma doutrina que conduz ao reino da caridade efetiva não fosse combatida por todos os que vivem no egoísmo? (Biografia, págs. 38 e 39.)

25. Toda pessoa que procure um meio, qualquer que seja, para quebrar a boa harmonia, não pode ter boa intenção. É por isso que Kardec recomenda usemos da maior circunspeção na formação dos nossos grupos, não somente para nossa tranqüilidade, como no próprio interesse dos nossos labores. (Biografia, pág. 39.)

26. Segundo Kardec, vale mais haver em uma cidade cem grupos de 10 a 20 adeptos, em que nenhum se arrogue a supremacia sobre os outros, do que uma única sociedade que a todos reunisse. As sociedades numerosas têm sua razão de ser sob o ponto de vista da propaganda, mas, quanto aos estudos sérios e continuados, é preferível constituírem-se grupos íntimos. (Biografia, pág. 42.)

27. O livro "O que é o Espiritismo" está dividido em três capítulos: o primeiro traz as respostas às observações mais comumente feitas por aqueles que desconhecem os princípios fundamentais da Doutrina e a refutação dos principais argumentos de seus contraditores. O segundo capítulo trata do aspecto científico do Espiritismo; é quase um resumo d' O Livro dos Médiuns. O terceiro capítulo é um resumo d' O Livro dos Espíritos. (N.R.: A primeira edição desta obra ocorreu em julho de 1859.) (Preâmbulo, págs. 49 e 50.)

28. Uma ou duas sessões não bastam para adquirir convicção. Isso, segundo Kardec, seria um verdadeiro prodígio, porque ele próprio precisou de mais de um ano de trabalho para ficar convencido, o que prova que não chegou a esse estado inconsideradamente. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 52.)

29. Kardec não considerava a crítica feita ao Espiritismo como expressão da opinião pública, mas como juízo individual, que bem pode enganar-se. A história registra que trabalhos importantes foram, ao aparecer, criticados, sem que isso os excluísse das grandes obras; quando, porém, uma coisa é má, não há elogio que a torne boa. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, págs. 54 e 55.)

30. Se o Espiritismo é uma falsidade, ele cairá por si mesmo. Se, porém, é uma verdade, não há diatribe que possa fazer dele uma mentira. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 55.)

31. É de lógica elementar que o crítico conheça, não superficialmente, mas a fundo, aquilo de que fala, sem o que a sua opinião não tem valor. O crítico não se deve limitar a dizer que tal coisa é boa ou má; é preciso que justifique sua opinião por uma demonstração clara e categórica, baseada sobre os princípios da arte ou ciência a que pertence o objeto da crítica. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 55.)

32. O Espiritismo não é mais responsável pelos atos daqueles que abusam desse nome e o exploram, do que o é a ciência médica pelos atos dos charlatães que impingem suas drogas, ou a religião pelos atos dos sacerdotes que iludem seu ministério. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 58.)

33. O Espiritismo sério é o primeiro a repudiar a fraude, o embuste, o charlatanismo, a especulação ou o abuso de confiança que praticam em seu nome. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 60.)

34. Desde Tertuliano se fala das mesas giratórias e falantes e ninguém conseguiu, fora do Espiritismo, descrever seu mecanismo. (Capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 60.) (Continua na próxima edição.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita