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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(Parte 12 e final)

Concluímos nesta edição o estudo da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira. Na próxima semana iniciaremos o estudo de Missionários da Luz, que integra também a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. A preleção doutrinária atingiu igualmente a todos?

R.: Não. A palestra foi recebida com respeito geral, no círculo das entidades desencarnadas, mas não se notou o mesmo traço de harmonia na esfera dos encarnados. Nestes, o pensamento era instável, a expectativa ansiosa dos presentes perturbava a corrente vibratória e o palestrante parecia, às vezes, perder "o fio das idéias". Alguns irmãos encarnados se mantinham irrequietos, em demasia. Uns se prendiam aos problemas domésticos, outros se impacientavam por não lograrem a realização imediata dos propósitos que os haviam levado ali. Os benefícios imediatos da doutrinação foram muito mais visíveis entre os desencarnados. Entre estes, não houve um só que não recebesse consolações diretas e sublime conforto. (Os Mensageiros, cap. 47, págs. 243 a 245.)

B. Dois pedidos feitos aos dirigentes da reunião não foram atendidos. Por quê?

R.: O primeiro deles partiu de uma senhora desencarnada que queria comunicar-se com sua filha, presente à reunião. Anselmo, o instrutor mais graduado da reunião, não julgou viável o pedido, explicando que a filha não estava em condições de receber tal bênção. No estado evolutivo em que se encontrava, a jovem se agarraria excessivamente ao auxílio da mãe afetuosa e sensível, com prejuízo para ambas. O segundo pedido foi feito por um Espírito que solicitou a Isidoro interceder junto dos receitistas para que fornecessem novas indicações médicas a Amaro, seu sobrinho, que necessitava de amparo à saúde física. Isidoro negou-se a isso, lembrando a rebeldia de Amaro ao tratamento já indicado anteriormente, em cinco ocasiões diferentes. Ele não adquiria os medicamentos receitados, e quando os obtinha, por obséquio de amigos, desprezava os horários e julgava-se superior ao método, além de criticar mordazmente as indicações recebidas. Isidoro, porém,  ressalvou: "Se Amaro pedir e os receitistas cederem, tudo estará muito bem", ou seja, a iniciativa deve partir do interessado, não dos outros. (Obra citada, cap. 47, págs. 245 a 247.)

C. Que ensinamento colhemos do caso da jovem desencarnada que tinha medo do próprio noivo?

R.: A noiva desencarnada continuava unida aos despojos, sob forte impressão de terror. O desprendimento espiritual já ocorrera, fazia seis horas, mas ela não saía dali, com medo do Espírito ao lado, seu próprio noivo, que a esperava há muito no plano espiritual. Aniceto aplicou-lhe um passe reconfortador e ela adormeceu quase imediatamente. Em seguida, entregou-a aos cuidados do rapaz que, utilizando a volitação, carregou consigo o fardo suave do seu amor. Pela bondade natural do coração e pelo espontâneo cultivo da virtude, a jovem não precisaria de provas purgatoriais. Seu medo se devia à falta de educação religiosa. Em breve tempo, porém, ela se adaptaria à nova vida, visto que os bons não encontram obstáculos insuperáveis. A importância da educação religiosa, bem como da prática do bem, eis o que esse caso comprova. (Obra citada, cap. 48, págs. 250 a 252.)

D. Como se processou a desencarnação de Fernando?

R.: Fernando, 60 anos de idade, vitimado pela leucemia, se encontrava em coma havia muitos dias. A aflição dos familiares encarnados, ali presentes, dificultava a ação de socorro com vistas à desencarnação. Todos eles emitiam recursos magnéticos em benefício do agonizante. Uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase morto, e era preciso neutralizar essas forças. Foi o que fez Aniceto. Com aplicações magnéticas, o instrutor conseguiu que o moribundo apresentasse inexplicável melhora. O médico encarnado anunciou que a pulsação estava quase normal e a respiração tendia à calma. Foi o suficiente para os encarnados darem uma trégua em suas preocupações. Aniceto aproveitou a serenidade ambiente e começou a retirar o corpo espiritual do morto, desligando-o dos despojos, iniciando a operação pelos calcanhares e terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou o cordão com esforço. O corpo do falecido deu um estremeção. A operação não fora curta nem fácil. Demorara-se longos minutos, durante os quais Aniceto empregou todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas. (Obra citada, cap. 49 e 50, pp. 253 a 262.)

Texto para leitura

75. A preleção - A palestra de Bentes, que era inspirado por uma entidade de nobre posição, era recebida com respeito geral, no círculo das entidades desencarnadas. Não se notava, porém, o mesmo traço de harmonia na esfera dos encarnados. Nesses, o pensamento era instável, a expectativa ansiosa dos presentes perturbava a corrente vibratória e o palestrante parecia, às vezes, perder "o fio das idéias". Então colaboradores ativos restabeleciam o ritmo, quanto possível. Alguns irmãos encarnados se mantinham irrequietos, em demasia. Principalmente os mais novos em conhecimentos doutrinários exibiam enorme irresponsabilidade; a mente lhes vagava muito longe dos comentários edificantes; viam-se-lhes distintamente as imagens mentais. Alguns se prendiam aos problemas domésticos, outros se impacientavam por não lograrem a realização imediata dos propósitos que os haviam levado ali. André reconhecia que os benefícios imediatos da doutrinação de Bentes eram muito mais visíveis entre os desencarnados. Entre estes, não havia um só que não recebesse consolações diretas e sublime conforto. (Cap. 47, págs. 243 a 245)

76. Dois pedidos negados - Pouco antes de Isabel entregar-se ao trabalho do receituário, uma senhora desencarnada se aproximou de Isidoro, consultando-o sobre a possibilidade de se comunicar, através de Isabel, com sua filha, presente à reunião. Anselmo, o instrutor mais graduado da reunião, não julgou viável o pedido, asseverando que a filha não estava em condições de receber tal bênção. No estado evolutivo em que se encontrava, a jovem se agarraria excessivamente ao auxílio da mãe afetuosa e sensível, com prejuízo para ambas. Isidoro promete-lhe, entretanto, favorecer o seu encontro com a filha, em sonho, no dia seguinte. Uma outra entidade também se acercou de Isidoro, solicitando-lhe interceder junto dos receitistas para que fornecessem novas indicações médicas a Amaro, seu sobrinho, que necessitava de amparo à saúde física. Isidoro nega-se a isso, lembrando a rebeldia de Amaro ao tratamento já indicado anteriormente, em cinco ocasiões diferentes. Ele não adquire os medicamentos receitados, e quando os obtém, por obséquio de amigos, despreza os horários e julga-se superior ao método, além de criticar mordazmente as indicações recebidas e delas servir-se com desprezo. Isidoro falava, porém, com uma inflexão de bondade fraternal, que afastava todos os característicos da franqueza contundente. E acrescentou: "Se Amaro pedir e os receitistas cederem, tudo estará muito bem", ou seja, a iniciativa deve partir do interessado, não dos outros. (Cap. 47, págs. 245 a 247)

77. Razões da presença de enfermos desencarnados - Por que se reuniam ali tantos desencarnados? Se eles recebiam assistência espiritual, por que não congregar-se em lugares igualmente espirituais? Aniceto esclareceu o fato dizendo que grande número de criaturas, na passagem para o mundo espiritual, sentem-se possuídas de "doentia saudade do agrupamento", como acontece aos animais, quando sentem a mortal "saudade do rebanho". Para fortalecer as possibilidades de adaptação desses Espíritos ao novo "habitat", o serviço de socorro é mais eficiente, ao contacto das forças magnéticas dos irmãos que ainda se encontram nos círculos carnais. O calor humano está cheio dum magnetismo de teor mais significativo para eles. Nesse contacto, experimentam o despertar de forças novas. E todos os encarnados do recinto, inclusive os preguiçosos, dorminhocos e invigilantes, davam alguma coisa de si, sem o saber... Davam calor magnético, irradiações vitais proveitosas aos benfeitores espirituais, que manipulam os elementos dessa natureza, distribuindo-os em valiosas combinações fluídicas às entidades combalidas e inadaptadas. Grande número de vezes, além de ministrar medicação aos corpos doentes, os Espíritos também orientam os desencarnados presentes. E nesse trabalho conta-se com o esforço não apenas dos familiares desencarnados dos enfermos, mas com companheiros que se consagram a cuidar de tuberculosos, cegos, aleijados, leprosos, perturbados e moribundos. (Cap. 48, págs. 248 a 250)

78. O caso da noiva medrosa - Aniceto e seus companheiros vão, a convite de uma entidade amiga, atender a um caso no necrotério local, onde defrontaram um quadro interessante. O cadáver de uma jovem, de menos de trinta anos, ali jazia gelado e rígido, tendo ao lado uma entidade masculina, em atitude de zelo. A desencarnada estava unida aos despojos; parecia recolhida a si mesma, sob forte impressão de terror. O desprendimento espiritual já ocorrera, fazia seis horas, mas ela não saía dali, com medo do Espírito ao lado, seu próprio noivo, que a esperava há muito no plano espiritual. Aniceto aplicou-lhe um passe reconfortador e ela adormeceu quase imediatamente. Em seguida, entregou-a aos cuidados do rapaz que, utilizando a volitação, carregou consigo o fardo suave do seu amor. Pela bondade natural do coração e pelo espontâneo cultivo da virtude, a jovem não precisaria de provas purgatoriais. Seu medo se devia à falta de educação religiosa. Em breve tempo, porém, ela se adaptaria à nova vida, visto que os bons não encontram obstáculos insuperáveis – explicou Aniceto. (Cap. 48, págs. 250 a 252)

79. Desenlace difícil - Aniceto atendeu, em seguida, Fernando, um cavalheiro de sessenta anos, que a leucemia aniquilava morosamente. O atendente espiritual explicou que o enfermo se encontrava em coma havia muitos dias, havendo necessidade de mais forte auxílio magnético, para facilitar o desprendimento. Duas senhoras desencarnadas – a mãe de Fernando e uma parenta próxima – estavam no aposento, onde vários familiares encarnados davam mostras de grande aflição. A alma se retirava lentamente através de pontos orgânicos insulados. No centro do crânio, André notou que havia um foco de luz mortiça. "A luz que você observa –  disse-lhe Aniceto –  é a mente, para cuja definição essencial não temos, por agora, conceituação humana." Com o auxílio de Aniceto, que impôs a destra em sua fronte, André passou a ter uma visão extraordinária do corpo enfermo, que se ampliou consideravelmente, possibilitando a André o exame meticuloso de todo o funcionamento daquela máquina magnífica, nos mais íntimos detalhes. O agonizante retraía-se aos poucos e só não abandonara a carne, por falta de educação mental. Seu organismo combalido mostrava que ele vivera bem distante da disciplina de si mesmo. (Cap. 49, págs. 253 a 257)

80. A desencarnação - A mãe do moribundo pediu a Aniceto ajudasse no desprendimento de seu filho. A aflição dos familiares encarnados, ali presentes, dificultava a ação. Todos eles emitiam recursos magnéticos em benefício do agonizante. De fato, André notou que uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase morto, e era preciso, pois, neutralizar essas forças. Foi o que fez Aniceto. Com aplicações magnéticas, o instrutor conseguiu que o moribundo apresentasse inexplicável melhora. O médico encarnado anunciou que a pulsação estava quase normal e a respiração tendia à calma. Foi o suficiente para os encarnados darem uma trégua em suas preocupações. Aniceto aproveitou a serenidade ambiente e começou a retirar o corpo espiritual do morto, desligando-o dos despojos, iniciando a operação pelos calcanhares e terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou o cordão com esforço. O corpo do falecido deu um estremeção. A operação não fora curta nem fácil. Demorara-se longos minutos, durante os quais Aniceto empregou todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas. A mãe do desencarnado prestou ao filho os socorros necessários. Daí a instantes, enquanto os familiares encarnados choravam sobre o cadáver, uma pequena comitiva constituída por três entidades saía conduzindo Fernando a um instituto de assistência, caminhando como simples mortais. (Cap. 50, págs. 258 a 262)

81. A visita dos comparsas - Pouco antes do desligamento de Fernando, o moribundo, alguém abriu a vidraça do quarto e três rostos horríveis surgiram, de repente, no peitoril, e interrogaram em voz alta: –  "Como é? Fernando vem ou não vem?" Ninguém respondeu. André notou, porém, que Aniceto lhes dirigiu significativo olhar, compelindo-os, tão só com essa medida, a desaparecer. Depois, ele esclareceu que os comparsas do moribundo só não penetraram o aposento porque a nobre presença maternal impedia tal assédio. Fernando estimava os companheiros desregrados. Não era, pois, estranhável que eles tivessem vindo esperá-lo na volta ao mundo real, porquanto cada criatura cultiva, na vida, as afeições que prefere, tendo, pois, como conseqüência, o séquito invisível a que se devota na Terra. (Cap. 50, págs. 261 e 262)

82. Nova visão da arte de curar - Ao contacto das revelações de Aniceto, nos domínios da eletricidade e do magnetismo, André reformara todos os seus antigos conhecimentos de medicina. A ascendência mental no equilíbrio orgânico, as forças radioativas, o campo das bactérias, a visão mais ampla da matéria organizada, compeliam-no a nova conceituação científica na arte de curar os corpos enfermos. Alargara-se, sobretudo, em sua alma, o entendimento acerca do Médico Divino que restabelece a saúde do Espírito imortal. Ele tinha agora mais largo conhecimento de Jesus e compreendia que a fé não constitui uma afirmativa de lábios, mas é, sim, uma fonte de água viva, a nascer espontaneamente em sua alma e a traduzir-se em reverência profunda, aliada ao mais alto conceito de serviço e responsabilidade, diante das sublimes concessões do Eterno Pai. “Quando o instrutor nos convidou a regressar – diz André Luiz –, sentia-me positivamente outro. Guardava a impressão de haver encontrado as notícias diretas do Senhor Jesus, na descoberta do meu próprio mundo interior.” No momento das despedidas foi muito difícil para ele e Vicente conterem as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos úmidos de reconhecimento por todas as lições recebidas do devotado orientador. (Cap. 51, págs. 263 e 264)  

Frases e apontamentos importantes

159. A solicitação de terapêutica para a manutenção da saúde física, pelos que de fato se interessem pelo concurso espiritual, é sempre justa; todavia, no que concerne a conselhos para a vida normal, é imprescindível muita cautela de nossa parte, diante das requisições daqueles que se negam voluntariamente aos testemunhos de conduta cristã. O Evangelho está cheio de sagrados roteiros espirituais e o discípulo, pelo menos diante da própria consciência, deve considerar-se obrigado a conhecê-los. (Aniceto, cap. 46, pág. 240)

160. Diante de determinadas solicitações dos companheiros encarnados, devemos recorrer, muitas vezes, ao silêncio. Como recomendar humildade àqueles que a pregam para os outros; como ensinar a paciência aos que a aconselham aos semelhantes, e como indicar o bálsamo do trabalho aos que já sabem condenar a ociosidade alheia? Não seria contra-senso? (Aniceto, cap. 46, págs. 240 e 241)

161. Ler os regulamentos da vida para os cegos e para os ignorantes é obra meritória, mas, repeti-los aos que já se encontram plenamente informados, não será menosprezo ao valor do tempo? Alma alguma, nas diversas confissões religiosas do Cristianismo, recebe notícias de Jesus, sem razão de ser. Ora, se toda condição de trabalho edificante traduz compromisso da criatura, todo conhecimento do Cristo traduz responsabilidade. (Aniceto, cap. 46, pág. 241)

162. Muitas entidades desencarnadas estimam o fornecimento de palpites para as diversas situações e dificuldades terrestres, mas esses pobres amigos estacionam desastradamente em questões subalternas, incapazes de uma visão mais alta, em face dos horizontes infinitos da vida eterna... (Aniceto, cap. 46, pág. 242)

163. Muitos estudiosos do Espiritismo se preocupam com o problema da concentração, em trabalhos de natureza espiritual. (...) Entretanto, quem diz concentrar, forçosamente se refere ao ato de congregar alguma coisa. Ora, se os amigos encarnados não tomam a sério as responsabilidades que lhe dizem respeito, fora dos recintos da prática espiritista, se, porventura, são cultores da leviandade, da indiferença, do erro deliberado e incessante, da teimosia, da inobservância interna dos conselhos de perfeição cedidos a outrem, que poderão concentrar nos momentos fugazes de serviço espiritual? (Aniceto, cap. 47, pág. 244)

164. Boa concentração exige vida reta. Para que os nossos pensamentos se congreguem uns aos outros, fornecendo o potencial de nobre união para o bem, é indispensável o trabalho preparatório de atividades mentais na meditação de ordem superior. A atitude íntima de relaxamento, ante as lições evangélicas recebidas, não pode conferir ao crente, ou ao cooperador, a concentração de forças espirituais no serviço de elevação, tão só porque estes se entreguem, apenas por alguns minutos na semana, a pensamentos compulsórios de amor cristão. (Aniceto, cap. 47, pág. 244)

165. Não há tempo para conviver com os que estimam a brincadeira. Além disso, não será caridade o ato de dar aos que não querem receber. (Isidoro, cap. 47, págs. 246 e 247)

166. Para fortalecer as possibilidades de adaptação dos desencarnados dessa ordem ao novo "habitat", o serviço de socorro é mais eficiente, ao contacto das forças magnéticas dos irmãos que ainda se encontram envolvidos nos círculos carnais. Esta sala  <referindo-se à casa-oficina de Isabel>,  em momentos como este, funciona como grande incubadora de energias psíquicas, para os serviços de aclimação de certas organizações espirituais à vida nova. (Aniceto, cap. 48, pág. 248)

167. Os irmãos, nas condições a que me refiro, ouvem-nos a voz, consolam-se com o nosso auxílio, mas o calor humano está cheio dum magnetismo de teor mais significativo para eles. Com semelhante contacto, experimentam o despertar de forças novas. Por isso, o trabalho de cooperação, em templos desta espécie, oferece proporções que você, por agora, não conseguiria imaginar. (Aniceto, cap. 48, pág. 249)

168. Os bons não encontram obstáculos insuperáveis. (Aniceto, cap. 48, pág. 252)

169. Há muita afinidade entre o corpo físico e a máquina moderna. São ambos impulsionados pela carga de combustível, com a diferença de que no homem a combustão química obedece ao senso espiritual que dirige a vida organizada. É na mente que temos o governo dessa usina maravilhosa. (Aniceto, cap. 49, pág. 256)

170. A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação vital no planeta. Cada órgão, cada glândula (...) integra o quadro de serviço da máquina sublime, construída no molde sutil do corpo espiritual preexistente e, por isso mesmo, chegará o tempo em que a ciência reconhecerá qualquer abuso do homem como ofensa causada a si mesmo. (Aniceto, cap. 49, pág. 256)

171. Cada criatura, na vida, cultiva as afeições que prefere. Fernando estimava os companheiros desregrados. Não é, pois, estranhável que tenham vindo esperá-lo na estação de volta à existência real. Paulo de Tarso, no capítulo 12 da Epístola aos Hebreus, afirma que o homem está cercado de uma grande "nuvem de testemunhas". (...) Cada um, pois, tem o séquito invisível a que se devota na Terra. (Aniceto, cap. 50, pág. 262)

172. A fé não constitui uma afirmativa de lábios, nem uma adesão de ordem estatística. (...) Era, sim, uma fonte d'água viva, nascendo espontaneamente em minha alma. Traduzia-se em reverência profunda, aliada ao mais alto conceito de serviço e responsabilidade, diante das sublimes concessões do Eterno Pai. (André Luiz, cap. 51, pág. 264)

173. Aceitar os mandamentos divinos e guardá-los, tornar o ouvido atento e o coração esclarecido, pedir entendimento e inteligência alçando a voz acima dos objetivos inferiores, buscar os tesouros do Cristo e procurar-lhe o programa de serviços, representa o esforço nobre daquele que, de fato, deseja a Divina Sabedoria. (Aniceto, cap. 51, pág. 265)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita