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Entrevista
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007
KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres (Inglaterra)

João Xavier de Almeida:


“Entre Kardec e Roustaing, postas em confronto a vida e obra de cada
um, o simples bom-senso não
 permite sequer hesitar”

 

Nascido em berço católico, nosso irmão João Pedro Fogaça Xavier de Almeida, original de  Angola, venceu a desaprovação da  familia e suas próprias  convicções  para  se tornar espírita e trabalhar pelo Espiritismo. Ele que sonhou tanto com a independência de seu país por mais de 20 anos, se viu dissuadido pela espiritualidade, também através dos sonhos, a deixar sua terra natal e buscar novos caminhos. E foi nesse caminho novo chamado Portugal, onde vive há mais de 30 anos, que ele se encontrou com o verdadeiro Espiritismo, fato que modificou sua vida, como ele próprio afirma: “O  Espiritismo trouxe-me

serenidade e nova confiança para apreciar as coisas, do ponto de vista quer da minha vida particular quer da vida em geral, as quais me ensinam serem regidas por dinamismos sábios que as encaminham irreversivelmente para a total harmonia e  plenitude”.

 

Trabalhador assíduo  da Doutrina, colaborou na fundação de Centros Espíritas em Lisboa, uxiliando também durante muitos anos nos trabalhos espíritas na região metropolitana do Porto. Hoje, membro da Comunhão Espírita Cristã de Rio Tinto, distrito do Porto, o dedicado irmão é peça importante no desenvolvimento e divulgação do Movimento Espírita Português.  
 

Foi assim, com a mesma boa vontade e dedicação demonstrados ao longo dos anos pelo seu trabalho, que ele aceitou falar aos leitores de O Consolador. Numa demonstração de conhecimento e humildade, expõe seu ponto de vista e fala sobre aspectos importantes e polêmicos da Doutrina, dando-nos uma grande contribuição  para o nosso bendito aprendizado.


O CONSOLADOR: João, onde você nasceu?


– Em Malanje, Angola, ex-colônia portuguesa situada na África ocidental.


O CONSOLADOR: Onde mora atualmente?


– Na Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, Portugal.  


O CONSOLADOR: Quando e por que você se mudou para Portugal?


– Deixei Angola definitivamente em 28 de outubro de 1976, um ano após a sua independência, pela qual, aliás, ansiei durante mais de vinte anos, com a intenção de lá continuar sempre a viver. Em sonhos, na noite de 4 para 5 daquele mês, fui espiritualmente dissuadido disso.


O CONSOLADOR: Qual é sua formação escolar?


– Cursei o antigo Curso Complementar dos Liceus (onze anos de escolaridade.       

 

O CONSOLADOR: Que cargos ou funções já exerceu no movimento espírita?


– Trabalhador do Grupo Espírita Estrela do Mar (em Linda-a-Velha, Lisboa), co-fundador do Cenáculo Espírita Isabel de Aragão (em Queluz, Lisboa) e do Grupo Espírita Batuíra (em Algés, Lisboa). Membro do Conselho Diretivo da Federação Espírita Portuguesa  como tesoureiro, de 1984 a 1990; como vice-presidente, de 1991 a 1992, e como presidente de 1993 a 1998. Fui também 2° Secretário da Comissão Executiva do CEI – Conselho Espírita Internacional, de 1998 a 2001.


O CONSOLADOR: No momento, qual é sua atividade?


– Tendo trabalhado, como palestrante, passista, doutrinador, atendedor, em várias instituições espíritas, nas áreas metropolitanas do Porto (1977 a 1982), de Lisboa  (1982 a 2002) e de novo, desde 2002, no Porto, onde atuo atualmente na Comunhão Espírita Cristã, de Rio Tinto, distrito do Porto.
 

O CONSOLADOR: Quando você teve seu primeiro contacto com o Espiritismo?


– A minha primeira aproximação ao Espiritismo, digamos assim, tive-a com a idade de 28 anos, em 1960, através do Racionalismo Cristão, ou Espiritismo Científico Cristão, sua designação inicial. Através deste, sucedeu meu primeiro contacto com uma médium muito dotada e com sua mediunidade, coisas que até aí desconhecia totalmente. Em 1964-65, durante uma estadia de dez meses em Portugal, conheci o Espiritismo propriamente dito, que ainda não sabia distinguir do Racionalismo Cristão. Com o aprofundamento do estudo, e com a primeira visita (que ajudei a organizar) de Divaldo Franco a Angola, em 1971, comprometi-me clara e definitivamente com o Espiritismo e seu incipiente movimento em Angola, e mais tarde em Portugal.
 

O CONSOLADOR: Houve algum fato ou circunstância especial que haja propiciado esse contacto?

– Sim. Curiosidade originada por relatos e interrogações duma familiar.


O CONSOLADOR: Qual foi a reação de sua família?


– Reservada, ou mesmo de desaprovação. Meu irmão mais velho – diferença de dez anos - era sacerdote católico; minha mãe era profundamente católica, assim como a  maioria dos meus oito irmãos e irmãs. E eu próprio fora, até 1959, ativo militante  de instituições católicas, como as Conferências Vicentinas e o escutismo católico.

O CONSOLADOR:  Dos três aspectos do Espiritismo - ciência, filosofia, religião -  qual o que mais o atrai?


– Considero-os estreitamente interligados, indissociáveis entre si. Todavia, se “obrigado” a escolher um, escolheria o religioso, até porque, no conceito espírita, ele não prescinde dos outros dois. Isolada da ciência e da filosofia, a vertente religiosa do Espiritismo arriscaria degradar-se em superstição e em dogmatismo irracional. “O Espiritismo faz-me sentir uma peça, entre muitíssimas outras, na unidade dum Universo maravilhoso que, ora doce ora austeramente (segundo a percepção que ainda nos caracteriza), a todos nós constringe amorosamente para aperfeiçoarmos a consciência de tudo isso.”
 

O CONSOLADOR: Que autores espíritas mais lhe agradam? 
 

– Kardec, Léon Denis, Emmanuel e André Luiz.  

O CONSOLADOR: Que livros espíritas você considera indispensáveis ao confrade iniciante?

– O Livro dos Espíritos, O Evangelho segundo o Espiritismo e A Caminho da Luz, de  Emmanuel.

O CONSOLADOR: Se fosse passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito à atividade espírita, que livros pertinentes à doutrina você levaria?  

– O chamado “Pentateuco” da Codificação, os quatro livros evangélicos de Emmanuel (Fonte Viva, Pão Nosso, Vinha de Luz e Caminho, Verdade e Vida) e os que pudesse de André Luiz, de Divaldo Franco e de Yvonne A. Pereira.   

O CONSOLADOR: As divergências doutrinárias no meio espírita reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você, o Espiritismo é uma religião?          
 

– Alicerçado em Kardec, considero o Espiritismo RELIGIÃO, na mais pura acepção do termo: religação da criatura com seu Criador. Mas não o considero uma religião (em oposição ou concorrência com as outras). O Espiritismo, contrariamente ao comum das religiões, reconhece a utilidade e necessidade de todas elas na trajetória evolutiva do Homem, e por isso respeita-as. A Doutrina Espírita, enquanto religião, definindo-se como uma doutrina de fé raciocinada, apóia (e é por eles apoiada) os seus aspectos de ciência e filosofia, cuja metodologia lhe integra a estrutura. É a única a admitir que “quando a ciência prove que está errado um ponto da doutrina espírita, deixemos esse ponto e sigamos com a ciência”


O conceito espírita de religião (julgo que pela primeira vez na História do Ocidente) concilia perfeitamente fé e razão, tidas anteriormente (e muitas vezes, ainda hoje) como opostas e inconciliáveis. 
           

O CONSOLADOR: Outro assunto que suscita debates acalorados, pelo menos no Brasil, diz respeito à obra de J. B. Roustaing.  Qual a sua apreciação dessa obra?
 

– Li “Os Quatro Evangelhos” de Roustaing há mais de vinte anos. O desenvolvimento da sua tese principal (“corpo fluídico de Jesus”) apresenta manifestas incoerências. A obra, apesar de ostentar o subtítulo ambicioso de “Revelação da Revelação”, parece-me distar muito do tom sóbrio, objetivo, muito racional, dos textos da codificação espírita, impregnada de alto sentido didático-pedagógico, supervisionada pelo Espírito de Verdade. Em Roustaing, é diferente: fiquei com a impressão de que lhe subjaz amiúde não a intenção de orientar e instruir, mas, antes, a de forçar uma suposta compatibilidade entre a doutrina espírita e a inflexibilidade autoritária do dogmatismo romano.

Entre Kardec e Roustaing, postas em confronto a vida e a obra de cada um, o simples bom-senso não permite sequer hesitar. Por outro lado, a teoria do suposto corpo fluídico de Jesus foi dissecada por Allan Kardec em A Gênese (Cap. XV, nºs 64 a 67), ficando bem demonstrada a sua irrelevância, em contraste com a tese muito bem defendida da corporeidade física do divino Amigo.


Allan Kardec, cidadão de impecável porte moral e cívico, luzente referência do seu tempo nos meios acadêmicos da Cidade-luz, tem um impressionante curriculum missionário de séculos. Para não irmos mais longe, na sua existência como João Huss (1369-1415) servira já com distinção à Causa do Cristo, como lúcido precursor da Reforma Protestante. E Roustaing?...


De notar nesta questão (entre a corporeidade física e a fluídica de Jesus), como em todas, que o Codificador explana os conceitos objetiva e serenamente, sem beliscar a dignidade do opositor. Em contraponto com essa probidade exemplar, já temos visto combater Roustaing com fogosidade e paixão impróprias da Doutrina que esposamos.

“Urge intensificar-se a renovação íntima não só dos
 responsáveis espíritas como  também de todos
 os condutores espirituais da Humanidade”

O CONSOLADOR: O terceiro assunto em que a prática espírita às vezes diverge está relacionado com os chamados passes padronizados, propostos na obra de Edgard Armond. Embora saibamos que o procedimento mais comum seja a imposição de mãos, tal como recomenda José Herculano Pires, qual a sua opinião sobre o assunto?


– Segundo o modo como entendo a prática da Doutrina Espírita, prefiro a sobriedade do tipo de passe recomendado por J. Herculano Pires. Joaquim Alves, o saudoso e modelar espírita brasileiro (conhecido por Jô, autor artístico das capas de alguns livros de Chico Xavier), advogou e introduziu em Portugal esse mesmo tipo de passe, que  tanto favorece o potencial de concentração mental – esta sim, fundamental - de quem o aplica, quando em 1980 passou vários meses em Rio Tinto (distrito do Porto), orientando a recém-fundada Comunhão Espírita Cristã, local.


Esta opinião não desabona de modo algum o passe “padronizado” de Edgard Armond e suas variantes, também muito em uso no Portugal espírita. Não tenho intenção nem credenciais para lhes contestar o mérito, parecendo-me contudo, em relação ao primeiro, menos próximo daquilo que seria o autêntico “passe espírita”.


O CONSOLADOR: Como vê a discussão em torno do aborto? No seu modo de ver as coisas, os espíritas deveriam ser mais ousados na defesa da vida, como tem feito a Igreja?  


– Relativamente ao aborto, a doutrina espírita é objetiva e muito clara, bem acima de qualquer pretensa contestação. Já a posição do movimento espírita português, quando da campanha para o referendo de fevereiro/2007 sobre a despenalização do aborto, foi por vezes bem infeliz, tristemente próxima das apaixonadas e intolerantes posições da Igreja (honra se faça à nobre excepção de várias intervenções católicas, como a do teólogo Frei Bento Domingues, num diário de grande circulação em Portugal).


Aos espíritas, orientados pelo seguro e profundo ponto de vista da Codificação sobre a matéria em causa, cabe divulgá-lo e explicá-lo sensatamente, com o mesmo equilíbrio e circunspecção; mas nunca apaixonadamente, nem nos moldes do fundamentalismo eclesiástico, nem esquecendo que infelizmente se trata duma prática ainda muito freqüente na sociedade portuguesa, agravada muitas vezes pelas precárias condições sanitárias e sociais da clandestinidade.


Sabendo-se que o aborto abala fortemente a sensibilidade feminina de quem o praticou, mesmo que por opção deliberada, e que muitas cidadãs, por essa razão, eventualmente procuram, junto de publicações ou instituições espíritas, alívio para a cruel pressão anímica  que não esperavam, seria desumano e anticristão revolver-lhes a ferida com a severidade de termos e de tom acusatório, em vez de confortar, esclarecer e incentivar à renovação.


Ninguém se atreveria a dizer que Jesus defendeu o adultério. No entanto, solícito e compassivo, o Bom Pastor “despenalizou” a mulher adúltera: não só não a condenou como também sabiamente dissuadiu disso os acusadores; e, mais ainda, confortou a acusada e incentivou-a à renovação, tal como já incentivara os acusadores à reflexão e renovação, fazendo-os dispersar cabisbaixos. 


O CONSOLADOR: A eutanásia é uma prática que não tem o apoio da doutrina espírita. Kardec e outros autores, como Joanna de Ângelis, já se posicionaram sobre esse tema. Ultimamente, porém, surgiu a idéia da ortotanásia, defendida até por médicos espíritas. Qual a sua opinião?
 

– A ortotanásia distingue-se nitidamente da eutanásia, quer passiva quer ativa. Na perspectiva jurídica, os especialistas apontam-lhe bastante complexidade; e na perspectiva ética verifica-se o mesmo, embora a idéia vá colhendo adesões entre espíritas. Como estou longe de possuir autoridade na matéria, julgo prudente manter-nos na expectativa de novos dados, assim como de ler e estudar mais sobre o assunto.

O CONSOLADOR: O senhor tem contacto com o movimento espírita brasileiro?  Considera-o atuante, ou falta nele algo que favoreça uma melhor divulgação da doutrina?


– O meu conhecimento do movimento espírita brasileiro está longe de ser tão vasto como eu gostaria, no meu próprio interesse. Tem no entanto alguma expressão, pois desde 1989 até 2003 visitei quase anualmente o Brasil, onde freqüentei vários eventos espíritas nacionais ou internacionais, estes promovidos pelo CEI. Além disso recebo há anos, regularmente, duas publicações mensais brasileiras: “Folha Espírita” e “Revista Internacional de Espiritismo”; assino, ainda, a revista trimestral “Presença Espírita” e leio ocasionalmente outras publicações brasileiras, impressas e eletrônicas.


Claro que o grande país irmão encara dificuldades e problemas, talvez mesmo graves, no seu movimento espírita. Contudo, o pouco que deste conheço suscita-me grande apreço e admiração no tocante à organização, conhecimento, estudo e pesquisa, quantidade e qualidade de valores individuais, vasta e rica documentação histórica, profundo sentido evangélico, vitalidade, intervenção, criatividade… Sem exagero, vejo no Brasil a potente locomotiva do Espiritismo mundial, que realmente é, mas com simplicidade e toda a naturalidade, quase sem dar conta de que o é.


De modo nenhum concordo com a colocação que acusa o movimento espírita português de sujeição e subalternidade ao seu congênere brasileiro. Acontece é que temos ainda muito que crescer, aprender e agir, para alcançarmos (na proporção relativa) a capacidade atuante e interventiva que o Espiritismo já adquiriu na sociedade brasileira, projetando-se muito além das suas fronteiras. Cabe-nos a sensatez de  usufruirmos reconhecidos a experiência riquíssima, providencial, que nos é facultada pelo  movimento espírita do fraterno gigante sul-americano, bafejado, em acréscimo, pelas mais risonhas perspectivas futuras.


O CONSOLADOR:
A preparação do advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos,  seus primeriros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de expiação e de provas, passando plenamente à condição de mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra amor estará escrita em todas as frontes e uma equidade perfeita regulará as relações sociais?
 

– Sim, creio sinceramente ir avançado o amadurecimento para a etapa “mundo de regeneração”, visto que abundam os projetos em curso, nitidamente inspirados pela Providência Divina, de solidariedade e fraternidade entre os homens e entre as nações, sob variadíssimas formas. Creio também que a vaga solidária e fraterna de filantropia, que percorre o mundo e o comove, terá de alastrar e mobilizar muito mais consciências ainda hesitantes em desapegar-se do “homem velho”. Elas finalmente se decidirão sob o impacto violento de prováveis grandes derrocadas físicas e sociais que abalarão a Humanidade, patenteando-lhe a oca vaidade dos valores falsos que teimamos em cultivar.
 

Como simples conjectura, sem apoio de rigor lógico, diria que o fenecer deste século poderá cantar hosanas ao franco alvorecer da Terra Prometida, o novo planeta regenerador.
 

O CONSOLADOR: Em face dos problemas que a sociedade terrena está enfrentando, qual deve ser a prioridade máxima dos que dirigem atualmente o movimento espírita?
 

– Tal prioridade resumir-se-ia numa palavra: renovação. Urge intensificar-se a renovação íntima não só dos responsáveis espíritas como também de todos os condutores espirituais da Humanidade; em definitivo despertarem eles próprios, todos, para os valores eternos do espírito (não os proclamarem apenas durante as escassas horas semanais dos seus respectivos atos de culto); despojarem-se de vez de todos os tiques do homem velho (que jazem ocultos ou patentes na nossa mente), deixando atuar a pureza do homem novo que o Cristo nos veio propor à consciência.

Isso elevará a tônica vibratória de uma grande parte da sociedade humana, generalizando o conhecimento de si mesmo, da Verdade que liberta. E só assim alcançaremos uma vibração íntima compatível com a freqüência vibratória do “novo Céu e da nova Terra” preconizados no Apocalipse. De outra forma, careceremos de sintonia para lá termos lugar.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita