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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007

AYLTON PAIVA 
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, São Paulo (Brasil)

Libertar-se


Um homem queria libertar-se de suas crenças limitadoras e preconceitos.

Procurou um místico muito admirado pelos seus conselhos.

Aproximou-se, respeitosamente, e expôs as suas inquietações.

O sábio olhou para ele atenciosamente como que o envolvendo na sua aura de conhecimento e compaixão...

Subitamente, andou em direção a uma pilastra, abraçou-a e  começou a gritar:

− Socorro! Salve-me desta pilastra! Ela está me prendendo! Salve-me desta pilastra!

O homem que fizera a pergunta achou que o místico ficara maluco.

Os gritos desesperados começaram a atrair viandantes.

Surpreso o consulente indagou:

− Por que está gritando assim? Vim de longe para fazer-lhe uma pergunta importante para a minha vida. Pensei que o senhor era sábio, mas, parece-me que é louco.

− O senhor está segurando a coluna, porém pode largá-la na hora que desejar.

− Não é ela que o está prendendo!

O místico soltou a pilastra, olhou tranqüilamente, sorriu e disse:

− Muito bem, então você já tem a resposta à pergunta que me fez. Não são as suas crenças e preconceitos que o aprisionam. Você é que se agarra fortemente a eles e não deseja soltar-se.

Pervagou o tranqüilo olhar pelas  pessoas que o cercavam, fixou olhar no atônito consulente e esclareceu:

− Para livrar-se deles, basta saber e querer largá-los no momento que quiser.

Esta fábula apresenta-nos material para reflexão sobre a liberdade de pensamento.

É importante desenvolvermos a capacidade de pensar e sentir, pois é através dela que poderemos conhecer a nós mesmos e o mundo em que vivemos. Pelo pensamento desfrutamos de liberdade ampla, embora à mercê dos limites da concepção que dela temos.

Quando nos agarramos, por exemplo, a uma idéia e ela passa a ser uma crença ou um preconceito, ficamos agarrados à pilastra. É difícil soltá-la. Por medo e insegurança ficamos cultivando a certeza de que é a melhor, a correta, a verdadeira, a única.

Quando, porém, começamos a sentir que, talvez, estejamos equivocados, a tendência é nos agarrarmos, ainda mais, a ela. Não queremos ter a sensação e a percepção de que estávamos enganados, o que explicita uma manifestação de baixa auto-estima e insegurança.

Se não deixarmos nossas crenças limitantes e preconceitos intransigentes, seremos o ignorante que não se liberta da ilusória pilastra, ficando impedidos do livre pensar e sentir no processo da construção da verdadeira felicidade.

Vamos nós, também, procurar o místico para ouvi-lo.

Lá está ele, sereno e tranqüilo, no oásis das nossas mais elevadas e belas paisagens dos ideais superiores, na topografia de nossas mentes.

− Mestre também queremos nos soltar da pilastra.

− Aceitem que vocês não têm a plena sabedoria.

− Suas idéias são idéias, podem ser verdadeiras ou não. Seus conceitos podem ser conceitos ou preconceitos. Aceitem que vocês podem cometer erros e, através deles, encontrar os acertos.

Pensem: “As pessoas vão gostar de mim, ainda que algumas vezes cometa enganos”.

Não precisamos estar sempre certos para estar bem.

Estejamos bem e, com maior freqüência, conseguiremos  os acertos, pois não permaneceremos agarrados à pilastra das crenças limitadoras e dos preconceitos.  
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita