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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 21 - 7 de Setembro de 2007

F. ALTAMIR DA CUNHA
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, Rio Grande do Norte (Brasil)

As crises da vida

A vida é uma escola e, como disse Machado de Assis, “na escola da vida não existem férias”. Tudo que nos acontece tem um objetivo - despertar-nos para nossa libertação espiritual. 

Na mentalidade da grande maioria que constitui a população da Terra, a boa lição somente é aquela que resulta em alegria e bem-estar imediatos, sem considerar a que surge através de acontecimentos inesperados e indesejáveis. Mas destes acontecimentos não podemos fugir; inevitavelmente, as chamadas crises da vida um dia surgirão.

Sem desejarmos fazer prognósticos sombrios, poderemos afirmar que aquele que hoje sorri, sentindo da vida o bafejo da tão sonhada felicidade, deve se preparar para a adversidade que, com certeza, sem nenhum aviso prévio chegará. É a doença, a desencarnação de um ente querido, a desilusão amorosa, ou mesmo um problema familiar; de forma que não há alguém que não tenha passado, ou não tenha que passar por alguma dessas provas.

Entretanto, o importante não é somente termos a certeza de que um dia elas baterão à nossa porta, mas, principalmente, sabermos recebê-las sem revolta, procurando enriquecer-nos com as lições que nos oferecem. Nas leis que regem a vida, não existe o propósito de nos fazer sofrer, mas, sim, de nos fazer crescer rumo à perfeição espiritual.

Embora seja comum nos acharmos merecedores apenas de venturas, é na adversidade que mais aprendemos e crescemos.

Nós nos lembramos de um conto oriental que aqui transcreveremos para reflexão:

Uma mulher ficou viúva, e sofreu muito com o acontecido, chegou até a desejar se enterrar com o marido; mas, como também amava seu filho, por ele encontrou forças para superar a dor.

Depois de algum tempo, seu filho adoeceu e morreu também. Ela entrou em crise novamente, revoltando-se com a perda. Estava sofrendo muito; e alguém aconselhou-a a procurar o Buda, que se encontrava em visita a uma aldeia vizinha. Aceitando a orientação, ela partiu ao encontro dele, pensando: Talvez o Buda compadecido da minha dor, restitua a vida de meu filho!

Chegando à aldeia, apresentou-se ao Buda suplicando-lhe com o filho nos braços:

– Mestre, meu único filho está morto, e não suportarei viver sem ele. Por caridade, faça-o viver novamente!

O Buda, compreendendo a dor daquela mãe, falou-lhe bondosamente:

– Restituirei a vida a seu filho, mas é preciso que você me traga algumas sementes de mostarda.

A mulher ficou satisfeita na esperança de ter o seu filho com vida novamente, pois a semente de mostarda não era difícil naquele lugar.

– Estas sementes têm que ser originadas de uma casa onde não tenha acontecido a dor de uma perda, seja de um servo ou de um entre querido – completou o Buda.

E a mulher partiu em busca das sementes. Em cada casa que batia traziam-lhe as sementes, mas, quando perguntava se naquela casa alguém já havia morrido, a resposta era sempre a mesma: “Nenhuma residência encontrarás que não tenha experimentado a perda de alguém através da morte!”

Ela retornou, aproximou-se do Buda com um sorriso triste e falou-lhe:

– Mestre, compreendi a sua lição e enterrei minha dor, junto com o meu filho na floresta!

As provações ou crises da vida não são apenas para alguns, mas para todos; apesar de indesejáveis, algumas existem que são inevitáveis, tanto quanto necessárias.

A exemplo de Jesus, quando por elas formos visitados, fortalecidos na oração e na fé em Deus, que possamos dizer: “Pai, se possível passai esse cálice de mim, mas que se cumpra segundo a vossa vontade”.   

 


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