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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 21 - 7 de Setembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(9ª Parte)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Como podemos descrever o culto doméstico do Evangelho realizado na casa de Isabel?

R.: Isabel sentou-se à cabeceira e pediu que Neli, de 9 anos, fizesse a oração inicial do culto. Todos os trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. Isidoro e alguns companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Isabel, sendo quase todos vistos e ouvidos por ela. As luzes ambientes se tornaram muito mais intensas, logo que começou o culto. Quando Isabel abriu o Novo Testamento, ao chamado acaso, via-se claramente que Isidoro intervinha na operação, ajudando a localizar o assunto da noite. Lido o trecho evangélico, André observou um fenômeno curioso: um amigo espiritual, de nobilíssima condição, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva. Era Fábio Aleto, incumbido da interpretação espiritual do texto lido. Aniceto explicou que os que estivessem nas mesmas condições do instrutor da noite poderiam "ouvir-lhe" os pensamentos; os demais receberiam seus comentários através do verbo de Isabel. A conversação que se estabeleceu após os comentários evangélicos foi de alto nível. Fábio Aleto sentou-se em plano mais elevado. Isidoro se acomodou junto da esposa. (Os Mensageiros, cap. 35 e 36, págs. 184 a 191.)

B. Que conceito acerca da pobreza a senhora Isabel apresentou aos filhos?

R.: Ela disse que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação ao alcance do homem. Na pobreza – explicou a viúva - é mais fácil encontrar a amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a riqueza das alegrias simples e puras. O homem de grandes possibilidades financeiras muito dificilmente sabe discernir entre a afeição e o interesse mesquinho; crente de que tudo pode, nem sempre consegue entender a divina proteção; pelo conforto viciado a que se entrega, as mais das vezes se afasta das bênçãos da Natureza; e em vista de muito satisfazer aos próprios caprichos, restringe a capacidade de alegrar-se e confiar no mundo. (Obra citada, cap. 36, págs. 191 a 193.)

C. Há Espíritos que fogem das tempestades. Onde eles se abrigam?

R.: Sim. Sempre que uma tempestade se anuncia, formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastam na rua, à procura de abrigo conveniente. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados às sensações mais fortes dos sentidos físicos, que buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isso não é possível, penetram as residências abertas. Para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica. (Obra citada, cap. 37, págs. 196 e 197.)

D. Na oficina instalada na casa de Isabel, fatos interessantes ocorrem durante a noite, enquanto os encarnados dormem. Mencione um desses fatos.

R.: São muitas as entidades desencarnadas que se valem da oficina para encontrar-se com familiares encarnados durante os momentos do sono. Isidoro e Isabel, por exemplo, se encontram sempre ali, onde, ao chegar a madrugada, o movimento se intensifica, com pessoas indo e vindo para o intercâmbio afetivo. (Obra citada, cap. 37 e 38, págs. 195 a 203.)

Texto para leitura

53. Culto doméstico do Evangelho - Nas primeiras horas da noite, Isabel abandonou a agulha e convidou os filhos para o culto doméstico. Suas filhas eram entidades amigas de "Nosso Lar", reencarnadas para serviço espiritual e resgate necessário, na Terra. Só o rapaz procedia de região inferior, o que ficou logo claro. A viúva sentou-se à cabeceira e pediu que Neli, de 9 anos, fizesse a oração inicial do culto. Todos os trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. Isidoro e alguns companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Isabel, sendo quase todos vistos e ouvidos por ela. As luzes ambientes se tornaram muito mais intensas, logo que começou o culto. Quando Isabel abriu o Novo Testamento, ao chamado acaso, via-se claramente que Isidoro intervinha na operação, ajudando a localizar o assunto da noite. Lido o trecho evangélico, André observou um fenômeno curioso: um amigo espiritual, de nobilíssima condição, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva. Era Fábio Aleto, incumbido da interpretação espiritual do texto lido. Aniceto explicou que os que estivessem nas mesmas condições do instrutor da noite poderiam "ouvir-lhe" os pensamentos; os demais receberiam seus comentários através do verbo de Isabel. Lindas lições foram trazidas à pequena comunidade pela voz da médium, que, após examinar rapidamente o caso de uma jovem suicida, comentou a passagem evangélica em que Jesus diz que o reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda. (Cap. 35, págs. 184 a 188)

54. Conversação com os filhos - A conversação que se estabeleceu após os comentários evangélicos foi de alto nível. Fábio Aleto sentou-se em plano mais elevado. Isidoro se acomodou junto da esposa. Marieta, a filha de 7 anos, pergunta então à mãe: “Se Jesus é tão bom, por que eles estavam comendo só uma vez ao dia?” A menina acrescentou que na casa da Dona Fausta eles faziam duas refeições, e que Neli lhe contou que no tempo do papai também eles faziam assim. Por que será? Isabel esboçou um sorriso algo triste e explicou: "Ora, Marieta, você vive muito impressionada com essa questão. Não devemos, filhinha, subordinar todos os pensamentos às necessidades do estômago. Há quanto tempo estamos tomando nossa refeição diária e gozando boa saúde? Quanto benefício estaremos colhendo com esta frugalidade de alimentação?" A filha mais velha interveio, dizendo que a mãe tinha toda a razão. "Tenho visto muita gente adoecer por abuso da mesa", acrescentou a jovem. Isabel depois lembrou que Jesus abençoa o pão e a água de todas as criaturas que sabem agradecer as dádivas divinas. E disse que Isidoro partiu, mas nunca lhes faltou o necessário. "Temos nossa casinha, nossa união espiritual, nossos bons amigos. Convençam-se de que o papai está trabalhando ainda por nós". Nessa altura, Isidoro enxugou os olhos úmidos e muitos Espíritos, como André Luiz, estavam comovidos. (Cap. 36, págs. 189 a 191)

55. Conceito de pobreza - Entre Isabel e suas filhas havia permuta constante de vibrações luminosas, como se estivessem identificadas no mesmo ideal e unidas numa só posição, mas o rapaz permanecia espiritualmente distante e de quando em quando sorria irônico. Valendo-se de uma pausa mais longa, ele perguntou à sua mãe o que ela entendia por pobreza. Isabel respondeu dizendo que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação ao alcance do homem. E fez algumas comparações relativamente às dificuldades que as pessoas afortunadas têm, do ponto de vista moral. O rapaz, insensível às realidades que ele acabara de ouvir, disse que não podia concordar com ela, pois até os garotos do jardim de infância pensam de modo contrário. E chegou até a sugerir que o salão onde a família fazia seus cultos fosse alugado, para aumentar a renda da família. Isabel advertiu, porém, que, em respeito à memória de Isidoro, jamais aquele salão seria destinado a outra atividade e, quando o jovem quis retrucar, a luz emitida pelo tórax de sua mãe confundiu-lhe o Espírito rebelde e ele acabou se calando, a contragosto, amuado e enraivecido. (Cap. 36, págs. 191 a 193)

56. Alimentação na oficina - Enquanto a família humana de Isidoro fazia frugal refeição de chá com torradas, numa saleta próxima os Espíritos faziam ligeiro repasto, entremeado de palestra elevada e proveitosa. A alimentação servida a André e seus amigos era leve e simples, sem qualquer analogia com a alimentação que os encarnados utilizam. Aniceto explicou que em oficinas como aquela era possível preservar a pureza das substâncias alimentícias. Os elementos mais baixos não encontram, naquele santuário, o campo imprescindível à proliferação. Ali tem-se bastante luz para neutralizar qualquer manifestação da treva. (Cap. 37, pág. 194)

57. Hora do sono - Algumas entidades valem-se da oficina de "Nosso Lar" para encontrar-se com familiares encarnados, durante os momentos do sono. Era o caso de Emília, servidora em "Nosso Lar", que veio ao encontro do esposo ainda encarnado. Muitas pessoas estão aptas a desenvolver esse intercâmbio espiritual, embora a maioria não tenha consciência dessa possibilidade. (Cap. 37, pág. 195)

58. Oceano de oxigênio - A pressão atmosférica sobre os encarnados é, aproximadamente, de 15 mil quilos, segundo Aniceto, mas esse peso não é sentido pelos desencarnados. O instrutor explica que isso se deve à diferença dos veículos de manifestação. Os corpos dos homens e dos Espíritos apresentam diversidade essencial. O círculo da Crosta é como se fosse um oceano de oxigênio, diz ele. As criaturas terrestres são elementos pesados que se movimentam no fundo, enquanto os Espíritos podem vir à tona, sem maiores dificuldades, pela qualidade do material de que se constituem. (Cap. 37, pág. 196)

59. Monstros nas ruas - Sempre que uma tempestade se anuncia, formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastam na rua, à procura de abrigo conveniente. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados às sensações mais fortes dos sentidos físicos. Encontram-se ainda colados às expressões mais baixas da experiência terrestre e, assim, os aguaceiros os incomodam tanto quanto ao homem comum, distante do lar. Eles buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isso não é possível, penetram as residências abertas. Para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica. (Cap. 37, págs. 196 e 197)

60. Efeitos da prece - Quando essas entidades se aproximam da casa de Isabel, fogem, em seguida, espantadas e inquietas. É que a prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza. As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contacto com as vibrações luminosas da casa que Isidoro e Isabel edificaram para ser uma oficina terrestre da colônia "Nosso Lar". (Cap. 37, págs. 196 e 197)

61. A felicidade do encontro afetivo - André, mal refeito de tantas surpresas, assiste a mais uma naquela noite: Isidoro e Isabel chegam até eles, de braços entrelaçados, irradiando ventura. Ela vestia-se agora lindamente e, contente ao lado do esposo, cumprimentava-os, amável. O casal teria uma excursão instrutiva naquela noite e deixava-lhes seus filhos por algumas horas. (Cap. 37, págs. 197 e 198)

62. Sonhos - De madrugada, o movimento intensificou-se na casa. Muita gente ia e vinha. Muitos ali se encontravam com os parentes desencarnados, aproveitando os instantes do sono físico. As conversações realizadas durante o sono não serão, contudo, inteiramente lembradas, em suas minúcias, ao amanhecer. Ficarão registradas apenas partes do diálogo. E a razão é simples, segundo Aniceto: o desprendimento no sono físico é fragmentário e a visão e a audição peculiares ao encarnado se encontram nele também restritas. (Cap. 38, págs. 199 a 203)  

Frases e apontamentos importantes

108. Estamos certos de que ninguém comete erros por amar verdadeiramente. Os que amam, de fato, são cultivadores da vida e nunca espalham a morte. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 186)

109. A esfera carnal onde vivemos está repleta de irreflexões de toda sorte. Raras criaturas começam a refletir seriamente na vida e nos deveres, antes do leito da morte física. (...) Há homens e mulheres, com maiores responsabilidades, em todos os bairros, que evidenciam paixões nefastas e destruidoras no campo dos sentimentos, dos negócios, das relações sociais. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 187)

110. Temo-nos descuidado das coisas pequeninas. Grande é o oceano, minúscula é a gota, mas o oceano não é senão a massa das gotas reunidas. Fala-nos o Mestre, em divino simbolismo, da semente de mostarda. (...) A semente de mostarda, a que se refere Jesus, constitui o gesto, a palavra, o pensamento da criatura. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 187)

111. Há muitas pessoas que falam em humildade, mas nunca revelam um gesto de obediência. Jamais realizaremos a bondade, sem começarmos a ser bons. Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de edificarmos as grandes coisas. O Senhor ensinou que o reino dos céus está dentro de nós. Ora, é portanto em nós mesmos que devemos desenvolver o trabalho máximo de realização divina, sem o que não passaremos de grandes irrefletidos. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 187)

112. A floresta também começou de sementes minúsculas. E nós, espiritualmente falando, temos vivido em densa floresta de males, criados por nós mesmos, em razão da invigilância na escolha de sementes espirituais. A palestra de uma hora, o pensamento de um dia, o gesto de um momento podem representar muito em nossas vidas. (Fábio Aleto, cap. 35, págs. 187 e 188)

113. Tenhamos cuidado com as coisas pequeninas e selecionemos os grãos de mostarda do reino dos céus. Lembremos que Jesus nada ensinou em vão. Toda vez que "pegarmos" desses grãos, consoante a Palavra Divina, semeando-nos no campo íntimo, receberemos do Senhor todo o auxílio necessário. Conceder-nos-á a chuva das bênçãos, o sol do amor eterno, a vitalidade sublime da esfera superior. Nossa semeadura crescerá e, em breve tempo, atingiremos elevadas edificações. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 188)

114. Cada qual receberá a luz espiritual conforme a própria capacidade. Há muitos companheiros nossos, aqui reunidos, que registram o comentário de Fábio com mais dificuldade que as próprias crianças. (Aniceto, cap. 36, pág. 189)

115. Quando sabemos amar e esperar, meus filhos, não nos separamos dos entes queridos que morrem para a vida física. (Isabel, cap. 36, pág. 190)

116. A pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação, ao nosso alcance (...) Na pobreza, é mais fácil encontrar a amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a riqueza das alegrias simples e puras. (...) Refiro-me aos pobres que trabalham e guardam a fé. (Isabel, cap. 36, págs. 191 e 192)

117. O homem de grandes possibilidades financeiras muito dificilmente saberá discernir entre a afeição e o interesse mesquinho; crente de que tudo pode, nem sempre consegue entender a divina proteção; pelo conforto viciado a que se entrega, as mais das vezes se afasta das bênçãos da Natureza; e em vista de muito satisfazer aos próprios caprichos, restringe a capacidade de alegrar-se e confiar no mundo. (Isabel, cap. 36, pág. 192)

118. As flores são sempre belas, mas a vida não pode prosseguir sem a bênção dos frutos. Por onde andarmos no mundo, receberemos muitos alvitres da mentira venenosa. (Isabel, cap. 36, pág. 192)

119. O Evangelho dá equilíbrio ao coração. (Aniceto, cap. 36, pág. 193)

120. O mundo pode fabricar novas indústrias, novos arranha-céus, erguer estátuas e cidades, mas, sem a bênção do lar, nunca haverá felicidade verdadeira. (Aniceto, cap. 37, pág. 194)

121. Bem-aventurados os que cultivam a paz doméstica. (Uma entidade de nome ignorado por André Luiz, cap. 37, pág. 194)

122. Com a maioria de irmãos encarnados, o sono apenas reflete as perturbações fisiológicas ou sentimentais a que se entregam; entretanto, existe grande número de pessoas que, com mais ou menos precisão, estão aptas a desenvolver este intercâmbio espiritual. (Aniceto, cap. 37, pág. 195)

123. Nossos corpos e os de nossos companheiros encarnados apresentam diversidade essencial. Imaginemos o círculo da Crosta como um oceano de oxigênio. As criaturas terrestres são elementos pesados que se movimentam no fundo, enquanto nós somos as gotas de óleo, que podem voltar à tona, sem maiores dificuldades, pela qualidade do material de que se constituem. (Aniceto, cap. 37, pág. 196)

124. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. (Aniceto, cap. 37, pág. 197)

125. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contacto com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm à distância, procurando outros rumos... (Aniceto, cap. 37, pág. 197) (Continua no próximo número.)  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita