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Entrevista
Ano 1 - N° 20 - 29 de Agosto de 2007
KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres (Inglaterra)

Janet Duncan:

Espiritismo: Minha razão
de viver

“A coisa mais importante, a razão de tudo. Eu vivo, eu penso Espiritismo... O único motivo para eu continuar a minha encarnação com alegria, com força, com ânimo são estes abençoados ensinamentos.”  

É assim que Janet Duncan (foto), inglesa por natureza, mas com coração brasileiro, como ela mesma se define, fala emocionada sobre a importância do Espiritismo na sua vida. Dona de uma franqueza que lhe é peculiar, ela é precursora do movimento espírita na Inglaterra, mas passou grande parte de sua vida no Brasil, onde teve o primeiro contacto com a Doutrina Espírita na década de 1970.

 

Médium desde os 4 anos e meio de idade, revela as recordações de quando chegou ao país pela primeira vez. “Chegando a Santos eu me encontrei envolta por um comitê de recepção espiritual, todo mundo tão feliz, tão alegre. Eu  sentindo tanto amor, tanta  alegria de estar lá,  e eles me dizendo: Você chegou em casa, você está em casa de novo. Então eu entendi que eu tinha tido várias encarnações no Brasil, fato que foi verificado por mim durante os anos.” 

Nesta  entrevista cheia de detalhes característicos da sua personalidade, ela conta aos leitores de O Consolador um pouco das suas histórias e suas opiniões sobre temas importantes  relacionados ao Espiritismo:

O CONSOLADOR: Janet, onde você  nasceu?

Janet Duncan:  Em um bairro próximo ao Jardim Botânico Kew, em  Londres.

O CONSOLADOR: Você  sempre morou em Londres?

JANET: Eu estou residindo novamente na Inglaterra desde 1981, mas de 1951 a 1981 eu  morei em São Paulo.

O  CONSOLADOR:  Como é que a senhora acabou indo morar no Brasil?

JANET:  É uma longa história... (risos) No fim da 2ª Segunda Guerra Mundial eu me casei com um polonês e o governo inglês mandou  que os  poloneses se retirassem do país  depois da guerra. Eles não podiam mais ficar aqui. Meu marido tinha um amigo, também polonês, que tinha parentes em São Paulo. Ele foi para lá e ficou insistindo para que nós fôssemos também. Havia uma outra possibilidade de ir para os Estados Unidos, onde  teríamos garantido um contrato de trabalho. Mas enquanto estávamos começando a arrumar a documentação para ir para os Estados Unidos, chegou mais uma carta do amigo que estava no Brasil, insistindo  de novo.  Meu marido não sabia o que fazer. Então ele me passou a carta e disse:  “Olhe, você decide”. Eu segurei a carta nas minhas mãos, levantei meus pensamentos para o alto, fechei os olhos  e esperei a resposta: Tínhamos  que ir para o Brasil.


O CONSOLADOR:  Qual e a sua formação?

JANET:  Cheguei a fazer um curso de secretariado, mas nunca o concluí. Não tenho nenhum diploma. Apesar disso cheguei a formar um centro de treinamento de professores de inglês no Brasil, viajei pelas maiores cidades brasileiras dando cursos de metodologia  de ensino para  professores de escolas particulares, escolas estaduais e até professores de universidade.

O CONSOLADOR: Que cargos ou funções você já exerceu no movimento espírita?

JANET: Sou fundadora e dirigente do Allan Kardec Study Group – Centre for Spirits Teachings há quase 25 anos e também fui Presidente da BUSS (British Union of Spiritist Societies) de 2000 até 2002.


O CONSOLADOR : Como aconteceu a fundação do grupo?

JANET: Eu deixo a entender que o movimento espírita na Inglaterra começou na sala da minha casa, com seis ingleses, no começo dos anos 80. Chegamos a ser 15 ingleses  e  a idéia  do  nome do grupo surgiu nessas reuniões de estudo. Depois de alguns anos demos o primeiro passo realizando reuniões publicas; foi aí que o nome se consolidou.  Vale lembrar que esse foi um dos primeiros grupos, se não foi o primeiro, que começou a usar o nome de Allan Kardec. Mas agora, nos países fora do Brasil, todo mundo está usando, tem grupo de estudos Allan Kardec para todos os lados... (risos) Então, agora eu sou obrigada a dizer:  Allan Kardec Study Group – Centre for Spiritist Teachings.


O CONSOLADOR:  Quando você teve  seu primeiro contato com o Espiritismo? Você  tem lembrança de como aconteceu?

JANET: Muito vívida,  muito vívida, muito importante porque aconteceram muitas manifestações mediúnicas na minha vida, desde os 4 anos e meio de idade. Essa foi mais uma. Mais ou menos em abril de 1971 eu comecei a escutar vozes muito altas,  dizendo que eu tinha que ir falar com Chico Xavier. Eles ficavam falando comigo cada quinze minutos,  frases pequenas como:  Vai ver Chico Xavier, tem que ir, tem que  falar com Chico, coisas assim. Durou três dias sem parar. Aí eu achei que alguma coisa tinha que ser feita. Consultei uma vizinha minha, ela também achou a mesma coisa, mas eu estava passando por um tempo sem dinheiro, mais uma das fases muito difíceis financeiramente, e não tinha dinheiro para viajar coisa nenhuma. Não estava trabalhando, não estava ganhando. Então eu me sentei, fiz uma boa prece e disse que ia tão logo eu tivesse condição financeira. Eles aceitaram e eu parei de ouvir as vozes. Logo em seguida minha vida começou a se modificar completamente, comecei a trabalhar, comecei a ganhar de novo e, na correria do dia-a-dia,  eu preciso dizer que esqueci o incidente. Mas olha: três meses depois em ponto, estão lá eles  de novo.  Claramente  eu disse: Tudo bem, eu agora posso ir. Então eles me disseram o dia que eu tinha de ir para comprar minha passagem de ônibus, disseram-me o horário de ônibus que eu tinha que pegar etc. Tudo bem, eu fui à rodoviária, comprei meu bilhete, mas fiquei resmungando com eles lá em cima. Eu dizia: Olha, eu tenho o nome da pessoa e o nome da cidade, mas eu sou inglesa, eu não posso viajar sem  ter o endereço da pessoa. Eles não quiseram nem saber, não falaram nada. Na véspera, eu estava arrumando a minha malinha e    continuava  resmungando com eles, e no fim veio a resposta:  Está bom... Você vai encontrar alguém no ônibus que vai te levar ate lá... E eu falei: Mas por que você não me falou antes? (risos) Ocorreu exatamente como eles tinham falado, claramente. Eu não vou entrar em outros pormenores, o que normalmente faço, porque a história é longa...

"Na manhã do outro dia, o próprio
Chico me entregou uma mensagem.
Era de Bezerra de Menezes"

O CONSOLADOR: Então você foi falar com Chico Xavier?

JANET:  À noite, a família que estava me pajeando, levou-me para o Centro. Fui a sexta pessoa a falar com o Chico naquela noite e, assim como a espiritualidade me havia dito que aconteceria, no fim dos trabalhos, às seis e meia da manhã do outro dia, o próprio Chico me entregou uma mensagem. Era de Bezerra de Menezes, me dizendo onde eu tinha que ir estudar o Espiritismo. Porque eu já tinha tentado, mas não tinha encontrado o lugar certo.  Devia procurar o Grupo Espírita Batuíra, no bairro de Perdizes em São Paulo. Foi lá que eu  estudei  e trabalhei com o senhor Spartacos Ghilardi  por 10 anos.

O CONSOLADOR:  Qual  foi a reação de sua família diante de sua adesão à Doutrina?

JANET: Bom, eu quase não tenho família. Tenho uma filha que aceita sem problemas. Minha mãe, que desencarnou em 1983, tinha medo. Era médium, vivia vendo coisas, mas não quis nem saber de entender melhor o que acontecia. Freqüentemente me proibia de falar sobre o assunto. Quando eu estava passando as férias com ela, logo falava: Não vamos falar sobre aquele assunto, tudo bem? Mas sempre acabávamos falando. Naquela época eu já estava separada do meu marido, mas ele por sinal achava tudo a maior besteira.

O CONSOLADOR: Dos três aspectos do Espiritismo - cientifico, filosófico e religioso - qual é o que mais a atrai?

JANET: Todos os três são igualmente importantes. Um não pode existir sem os outros. Mas em termos pessoais o que menos me interessa é o cientifico. Eu não preciso de mais provas.

O CONSOLADOR: Que autores espíritas mais lhe agradam?

JANET: Os mais importantes, os mais sérios. Claramente em primeiro lugar Kardec e Chico Xavier. Respeito muito Léon Denis, Martins Peralva, Yvonne Pereira. Tem alguns livros  que me impressionam demais e que eu acho superimportantes, como toda a série André Luiz e também Há 2.000 Anos, Paulo e Estêvão, Cinqüenta Anos Depois e toda essa série do Chico.

O CONSOLADOR: Se você fosse passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito às atividades e trabalhos espíritas, que livros pertinentes à Doutrina você levaria?

JANET: Tentaria levar todos os livros que acabei de citar. Todos os de Kardec, estes livros escolhidos de Chico. Outros  livros muito bons de mensagens como Coragem, O Consolador, Mecanismos da Mediunidade, Busca e Acharás, que eu acho lindo e  tem me ajudado muito. Toda a série de Pão Nosso, enfim eu levaria o máximo número de livros que eu pudesse. Eu fico admirada: muitas pessoas chegam a Londres dizendo que são espíritas, mas não trazem  nenhum livro espírita, nem mesmo o Evangelho... Não dá para entender.

O CONSOLADOR: As divergências doutrinárias em nosso meio reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você,  Espiritismo é religião?


JANET:
Em termos de ortodoxia não, eu prefiro dizer que é um meio de viver. Porque  a ortodoxia tem causado e continua causando muitos problemas. Pode até causar prejuízo à Doutrina, por frisar demais a coisa religiosa, porque o povo, principalmente aqui, se você falar em religião, imediatamente ele associa à ortodoxia, o que as pessoas daqui não suportam. Há uma parte histórica na Inglaterra a respeito de religião que é motivo dessas atitudes de hoje em dia. Então eu friso a parte filosófica, a maneira de viver a vida, encontrar mais paz, mais felicidade e criar mais amor em torno de nós. Essa é a maneira com que eu tento lidar com esses ensinamentos. Evito até a própria palavra doutrina e prefiro usar a palavra teachings (ensinamentos).


O CONSOLADOR: Outro tema que suscita geralmente debates acalorados no Brasil diz respeito à obra publicada na França por  J. B. Roustaing. Qual é sua apreciação dessa obra?

JANET: Não a li. Eu tenho desgosto só de ouvir falar dessa obra. Eu não consegui lê-la. Para mim Kardec é pureza. Muitas pessoas têm tentado me levar para estudar coisas paralelas, mas eu não vou gastar meu tempo com essas coisas.

O CONSOLADOR: O terceiro assunto em que às vezes a prática espírita diverge está relacionado com os chamados passes padronizados, propostos na obra de Edgard Armond. Embora saibamos que no Brasil atualmente se usa predominantemente apenas a  imposição das mãos,  tal como recomenda J. Herculano Pires, qual é sua opinião a respeito?

JANET: Nós aprendemos, especialmente por informações de Kardec, que temos que fazer tudo da forma mais simples possível, mas é claro que, para uma organização, porque o Centro Espírita deve ser considerado uma  organização, tem que se ter disciplina, ordem. Eu sempre li muito e com o passar dos anos  com mais estudo,  com o entendimento dos  mecanismos do passe, oriento as pessoas do grupo para fazer o passe de uma maneira simples, sem contacto direto. Nós oferecemos dois tipos de passe, o passe simples e o passe especial, que nós chamamos assim, para facilitar. O passe simples são 3 ou 4 passistas na sala com o  coordenador dos trabalhos, que também é passista. Leva poucos instantes, no máximo 30 segundos, com a água fluidificada no fim. Todos os três passistas trabalham da mesma maneira, com absoluta simplicidade, impondo as mãos um pouco acima da cabeça. O passe especial, e uma cadeira só, uma pessoa por vez,  todos os passistas em volta e a pessoa que está dirigindo o trabalho de passe nessa ocasião transmite o passe. Faz primeiramente a limpeza, para depois dar o passe propriamente dito.

O CONSOLADOR : Como você vê a discussão em torno do aborto? No seu modo de ver, os espíritas deveriam ser mais ousados na defesa da vida como tem feito a Igreja?

JANET: Aqui novamente temos várias coisas a considerar. Uma coisa que estou aprendendo nesta encarnação é não ser tão ditadora. Como se fala em inglês, tão “bossy”. Que a gente não deve, e não adianta mesmo que se tente, forçar as pessoas a fazerem certas coisas. A  gente tem que cultivar durante muito tempo as boas atitudes e passar adiante o conhecimento. Em primeiro lugar, informar quando é que a encarnação se inicia, qual é o instante da união do Espírito, que vai reencarnar, com o futuro feto. Na Inglaterra continua ainda  a crença que é na hora em que a criança nasce e que passa a ser gente, mesmo com toda a tecnologia que prova a existência da vida existente. Eu sou completamente contra o aborto porque está se cometendo um assassinato. Mas eu tenho que me resguardar, porque a maioria do povo deste país ainda não pode entender isso, não tem a compreensão, porque também para eles a vida espiritual, em termos gerais, não é nenhuma realidade. Então a gente tem que sofrer silenciosamente, freqüentemente, porque  se a gente gritar, berrar para todo mundo, forçando para mostrar as verdades, a gente obtém o contrario, o que dificulta ainda mais o processo de transmissão do conhecimento.

O CONSOLADOR: A eutanásia, como sabemos, é uma pratica que não tem o apoio da Doutrina Espírita. Kardec e outros autores, como Joanna de Ângelis, já se posicionaram sobre o tema. Surgiu, no entanto, ultimamente a idéia de ortotanásia, defendida até mesmo por médicos espíritas. Qual sua opinião a respeito?

JANET: É um termo novo que não conheço. Não posso opinar a respeito.

O CONSOLADOR:  O movimento espírita no Brasil lhe agrada ou falta algo nele que favoreça uma melhor divulgação da Doutrina?

JANET: Veja uma coisa: estou fora do Brasil há 25 anos e de uma certa maneira eu estou perdendo contato, porque nos últimos cinco anos só consegui visitar o Brasil uma vez. O meu único contato com o mundo espírita no Brasil foi durante uma semana no último Congresso Espírita Brasileiro em Brasília. Mas acho que o Brasil é o país mais bem equipado dentro da Doutrina Espírita. Belos websites, belos jornais, belas revistas e conferências, palestrantes que se destacam. Eu tenho uma inveja terrível deles... (risos) Porque aqui eu não tenho conseguido fazer muita coisa. Mas percebo, também, que como nós estamos numa luta muito grande aqui fora do Brasil, o próprio Brasil no momento está passando igualmente por uma fase tremendamente perturbada. O povo está numa fase menos receptiva. Melhor do que eles já fazem, eu não posso nem imaginar. 

“Temos que criar esta fase. Não é Deus
que vai ter uma varinha mágica e dizer:
Abracadabra, agora é regeneração

O CONSOLADOR: Como você vê o nível da criminalidade e da violência que parece aumentar  no Brasil  e em todo mundo, e como nós, espíritas, podemos cooperar para que essa situação seja revertida?

JANET: Aí você tem uma pergunta de duas asas, vamos dizer. Eu acho que são duas coisas muito diferentes. Eu começarei comentando que no Brasil, único país que se pode dizer realmente que  é um país espírita, acho que muitas coisas poderiam ser feitas. Aqui, que não é um país espírita de jeito nenhum,  que não é um país – eu diria – que tem um senso religioso e que freqüentemente nega a existência de Deus, um país totalmente materialista, é difícil fazer algo. Então eu acho que, como muito poderia ser feito no Brasil, infelizmente  basicamente nada pode ser feito aqui, neste instante. Tenho a impressão que nessa fase de transição muita gente está marcada no mundo espiritual para ser exilada, porque não vai se encaixar na nova fase. Muitos destes Espíritos têm implorado mais uma chance, mais uma oportunidade, e estão por aí. Muito desta criminalidade para mim é em função disso. A gente vê pessoas cada vez mais jovens aqui na Inglaterra, mesmo crianças de 10, 12 anos, cometendo assassinatos, matando outras crianças, muitos pais matando os filhos. Quase não passa um dia no noticiário que não conte pelo menos um assassinato ou coisa do gênero. É fora do comum. É a única explicação que eu encontro pra todo isso.

O CONSOLADOR: A preparação do  advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos, seus primeiros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de expiações e provas, passando plenamente à condição de um mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra “amor”estará escrita em todas as frontes e uma eqüidade perfeita regulará as relações sociais?

JANET: É uma pergunta interessante, feita muito ao modo humano. A entrada nessa nova fase já aconteceu, como sabemos. Aconteceu na época do 2º Congresso Espírita Brasileiro em Brasília. Doutor  Bezerra de Menezes trouxe através do Divaldo no Congresso uma mensagem dizendo que entramos nessa fase. No entanto, precisamos lembrar que nós aprendemos que cada coisa começa, vamos dizer, do zero. É o nosso esforço, nosso trabalho, da humanidade  de todos os povos, que vai fazer a diferença. Depende de nós até quando o mundo vai realmente reconhecer que estamos na nova fase. Nós temos que criar esta fase. Não é Deus vai ter uma varinha mágica e dizer: Abracadabra, agora é regeneração. Não é isso não... Nós, os encarnados, temos que criar a condição para que este planeta seja de regeneração.  Então o tempo que vai levar depende de nós, de ser mais curto ou mais longo. 

O CONSOLADOR: Em face dos problemas que a sociedade terrena está enfrentando,  qual deve  ser a prioridade  dos que  dirigem atualmente o movimento espírita no Brasil e no mundo?   

JANET: A prioridade máxima é tentar mostrar para todos a realidade espiritual de todos nós. Porque enquanto a humanidade não conseguir aceitar o conceito de que nós somos criaturas espirituais temporariamente numa passagem material, como encarnados, realmente vai ser muito difícil mudar as coisas. Desde que isso não seja uma realidade para todo o mundo, as misérias vão continuar, sem dúvida. Em segundo plano, a gente precisa entender que  precisamos aprender amar uns aos outros. Porque o amor é a maior força que temos. Essas duas coisas são absolutamente imprescindíveis.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita