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Correio Mediúnico
Ano 1 - N° 20 - 29 de Agosto de 2007
 

Assunto entre amigos

Cornélio Pires

 

Recebi o seu bilhete,

Meu caro Juca Vilaça.

Pede você que lhe escreva

Algo mais sobre a cachaça.

 

Explica você: “Cornélio,

Abra o caso mais a fundo,

Fale mais dos resultados

Quanto à pinga no outro mundo.”

 

Você tem razão. A pinga,

Por mais que a verdade doa,

Sem controle que a governe,

Arrasa qualquer pessoa.

Além de ser forte agente

Da obsessão tal e qual,

Provoca desequilíbrio

No corpo espiritual.

Prejudica e desfigura

Muito mais do que se pensa,

Cachaça, por si, carrega

Tristeza, inércia, doença...

 

Em qualquer parte onde surja,

Lembra sempre, em qualquer clima.

Enxurrada morro abaixo

Ou fogo de morro acima.

Muito difícil contê-la

Quando segue de arrastão

Porque mergulha a cabeça

Em sombra ou destruição.

 

Você recorda o Pereira

Da Mata do Xique-Xique...

Desencarnado, ele mora

Numa beira de alambique.

 

Morreu de tanto beber

Nhô Totico da Água Santa;

Hoje, sem corpo, anda à caça

De quem lhe empreste a garganta.

 

Rafael foi-se em bebida,

— O pobre do nosso Rafa, —

E agora em vida diversa

Só pensa em copo e garrafa.

 

Daqui, vejo, rua em rua,

Sem rumo em que se comande,

Nosso Ercílio do copinho

Que tombou em litro grande.

 

Embriagada vivia

Dona Quiquita Borela...

Depois da morte procura

Quem tome pinga com ela.

 

Uma história das mais tristes

A do nosso Chico Souza...

Perdendo o corpo em ressaca,

Não se lembra de outra cousa.

 

Largando o mundo, aos copásios,

Nhô Bernardo do Lajão,

Continua, após a morte,

Na mesma perturbação.

 

Cachaça, meu caro amigo,

Tem este traço comum:

Estraga de qualquer modo

A mente de qualquer um.

 

Em muito caso de angústia,

Nas provas justas da vida,

Muito suicídio e loucura

São do excesso de bebida.

 

Nas festas e cerimônias

Não se canse de aprender

A arte de alçar o copo

Nobre e firme sem beber.

 

Pinga ajuda o coração?...

Disso há gente que se gabe,

Mas se cachaça é remédio

A medicina é que sabe.

 

Quanto a nós, recorde o aviso

Do nosso Nico Belém:

— “Água que gato não bebe

Não auxilia a ninguém.”


Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, constante do livro Retratos da Vida, cap. 7, publicado pela Federação Espírita Brasileira.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita