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Espiritismo para crianças
Ano 1 - N° 2 - 25 de Abril de 2007

 
O bicho preguiça
    

A preocupação da mãe de Caio era conseguir educar seu filho, tornando-o alguém de bons sentimentos, que gostasse de estudar e de trabalhar. Se alcançasse esses objetivos, já estaria ótimo.

Todavia, Caio era um garoto que amava a vida boa, sem responsabilidades nem deveres. Preguiçoso, evitava todo tipo de esforço físico e mental. Achava uma chatice ser obrigado a freqüentar a escola e gostava ainda menos de fazer qualquer serviço que a mãe lhe pedisse. E ela brincava, dizendo:

– Você parece um bicho preguiça!

Mas Caio não se importava de ser chamado assim. Gostava mesmo era de se divertir com os amiguinhos. 

Certo dia, ele estava brincando e a mãe o chamou para tomar banho. Ele foi para o banheiro resmungando:

–  Ah, mamãe! Quero brincar! Por que é que sou obrigado a tomar banho? 

A mãezinha respondeu com paciência:

–  Porque é necessário, meu filho! Já pensou como seria se não tomasse banho todos os dias? Em pouco tempo, estaria sujo, malcheiroso e ninguém iria querer se aproximar de você.

–  Ah! E se, mesmo assim, eu não quiser tomar banho? –  respondeu o menino indisciplinado.

–  Estaria sujeito a doenças, em virtude dos microorganismos, das bactérias, que proliferam na sujeira. Quer arriscar?

O garoto baixou a cabeça, inconformado, mexendo na água com as mãos.

Depois de observá-lo por alguns instantes, vendo que não estava convencido, a mãe considerou:

–  Caio, olhe para você! Já pensou na maravilha que é seu corpo?

–  Meu corpo?! –  o menino levantou a cabeça, interessado.

–  Sim, meu filho. Deus lhe deu um corpo perfeito! Tudo funciona bem. Você enxerga bem, ouve bem... Faça um esforço: pense em tudo o que recebeu de Deus.

O garoto pensou um pouco e lembrou:

–  Minhas pernas são fortes e me levam onde quero ir. Meus braços também são perfeitos e tenho bastante força, não é?

–  Isso mesmo, meu filho.

Gostando da brincadeira, Caio continuou pensando e descobrindo:

–  Sou inteligente e aprendo com facilidade, quando quero. Escuto muito bem. Falo direito, não como a Heloísa, minha colega, que tem dificuldade para falar.

–  Sim, Caio. Papai do Céu lhe deu essas e muitas outras coisas boas que você poderá relacionar. Mas já pensou na responsabilidade que tem por tudo isso que recebeu?

O garoto arregalou os olhos, espantado.

–  Responsabilidade?

–  Sim, meu filho. É quando temos que responder pelos danos que causamos a alguma coisa ou a alguém. Quando você ganha um presente, não se sente responsável por cuidar dele? –  disse a mãe.

–  É verdade. Cuido direitinho dos meus brinquedos e não deixo ninguém quebrar ou estragar.

–  Está certo, meu filho. E brinquedo, se quebrar, poderá ser consertado e, se não houver jeito, até ganhar outro. Já não acontece o mesmo com o corpo, que lhe foi dado por Deus de presente para que pudesse usá-lo por uma vida inteira. Então, como acha que deve tratar seu corpo?

–  Não havia pensado nisso, mamãe. Devo cuidar dele, lavá-lo, limpá-lo direitinho para que não estrague e nem deixe de funcionar, como um aparelho quebrado.

–  Exatamente, Caio. Conservando seu corpo, ele sempre estará bem e você poderá usá-lo por muito tempo.

O garotinho pensou um pouco e voltou a perguntar:

–  Xiii! Mas não sei como fazer para lavá-lo por dentro!

A mãe achou graça da idéia do pequeno e esclareceu:

–  Não se preocupe, Caio. Deus faz tudo tão bem feito que no interior do nosso organismo a limpeza é automática. Os próprios órgãos cuidam de limpar e eliminar o que não precisam.

–  Já sei! É o que acontece com as fezes e o xixi.

–  Exatamente. Mas não é só isso, meu filho. Se o nosso corpo material, que é passageiro, precisa de nossa dedicação e cuidados, que não exigirá o Espírito, que é eterno?

–  Terei de lavar o Espírito também? –  perguntou o menino, assombrado.

–  Claro que não, meu filho. Porém, se já desejamos ser melhores, seguir os ensinamentos de Jesus, temos que limpar a alma. Como faremos isso?

–  É difícil, mamãe.

–  Não, não é. Basta ter boa-vontade e perseverança. Temos que limpar nossos pensamentos, retirando as coisas negativas. Corrigir os sentimentos, colocando bondade em nossas atitudes. Renovar nossos ideais e aspirações, desejando o melhor, elevando os pensamentos para ter o amparo do Alto. Devemos também estar sempre prontos a trabalhar, aprender e crescer. Jamais ficar parados, sem ação. Sabe por quê?

–  Não.

–  Porque existem micróbios e bactérias também no mundo espiritual e que atacam as pessoas que não cuidam da limpeza interior. 

O menino calou-se, refletindo sobre tudo o que tinha ouvido. Depois concluiu, sorridente:

    Tem razão, mamãe. Não quero ser um bicho preguiça.

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita