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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 19 - 22 de Agosto de 2007

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)

O sobrenatural e a visão espírita

O milagroso, sobrenatural, místico, desde eras remotas causa grande fascínio à raça humana.

Presume-se que o caçador primitivo desenhava suas caças na parede da caverna para que isso lhe trouxesse o sucesso na empreitada.

Na Roma antiga, havia magia para obter sucesso no amor, nos negócios, nos jogos e até para proferir belos e persuasivos discursos.

Desde séculos imemoriais somos acometidos por um certo romantismo e ingenuidade de que algo ou alguém solucionará nossas dúvidas íntimas.

Os escritores, com acurada sensibilidade, captaram bem a vontade popular e trouxeram para enriquecer nosso imaginário os super-heróis, seres com qualidades extraordinárias que nos defendem do “mau”, esforçando-se para estabelecer a ordem e harmonia no planeta. Inconscientemente é mesmo super-heróis e salvadores que queremos.

Daí muitos considerarem que o Nazareno veio para nos salvar do pecado original.

Daí muitos consultarem o médium a fim de saber o rumo que sua vida tomará.

Daí muitos esperarem a alma gêmea que trará um amor de conto de fadas.

Daí muitos aguardarem o governante que nos colocará nos trilhos da dignidade.

Daí muitos sonharem com a vitória na loteria que trará a independência financeira.

A Doutrina Espírita, porém, nos apresenta uma outra visão, nos informando que:

O sobrenatural é apenas o natural que nossa inteligência não compreende.

Jesus, o professor que nos ensina o caminho a trilhar.

A propósito, as curas efetuadas por Jesus em sua passagem pela Terra nada têm de mágicas miraculosas, eram todas provenientes de seu completo domínio e conhecimento sobre a matéria. Jesus possuía a realeza moral e superioridade absoluta dos Espíritos puros e perfeitos, portanto seus feitos nada tinham de milagrosos, eram antes fruto de seu incomensurável conhecimento adquirido em milênios de aprendizado. Ele conhece-nos profundamente, sabe de nossas limitações, incertezas, receios e anseios, já esteve onde hoje estamos, portanto habilitado está a nos dirigir, tem ele o absoluto aval da experiência.

Aliás, o grande legado de Jesus à humanidade não foram suas curas e suas proezas no campo material, mas sim suas mensagens de paz e amor, sua palavra de mansuetude aconselhando o perdão como base da libertação, seu exemplo de renúncia em prol do semelhante

Por isso é o mestre, o professor, não o salvador, o milagroso; salvador somos nós mesmos a construir dia a dia nosso destino. (Para maior conhecimento do tema concernente as proezas de Jesus, aconselhamos o leitor a consultar a obra “A Gênese” de Allan Kardec, mais precisamente o capítulo XV – Os Milagres do Evangelho.)

Algo perfeitamente compreensível dentro dos padrões de justiça que regem o universo, porquanto colocam a responsabilidade pela felicidade ou desdita em nossas próprias mãos.

O relacionamento difícil pode se tornar fácil, não por mágica, mas por nosso próprio empenho.

O amor pode ser de conto de fadas, não porque somos almas gêmeas, privilegiadas pelos céus a viver harmoniosamente aqui na Terra, mas porque entendemos a importância do cônjuge ou do (a) namorado (a) em nossa vida.

Essa visão racional, sem devaneios, proporcionada pela Doutrina Espírita, é benéfica a todos, espíritas ou não, porque será desmistificando os acontecimentos existenciais que tomaremos ciência de que somos os construtores da própria felicidade; felicidade esta que independe de magias, milagres ou poções mágicas, dependendo apenas de nossa iniciativa em conquistá-la.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita