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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 18 - 15 de Agosto de 2007

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

Desânimo e desassossego

“Expulsa a melancolia de tua alma, essa hóspede teimosa que te envolve no   dossel de mil amarguras, segredando desânimo e desassossego”.
Joanna de Ângelis

Todos nós, os viajores da Eternidade, precisamos estar atentos aos variegados fatores que retardam a marcha de nosso progresso, que é a meta assinad  por Deus para todas as Suas criaturas.

Muitos desses fatores fogem ao nosso controle porque são externos, mas a maioria deles são internos e perfeitamente controláveis.

Segundo Joanna de Ângelis, melancolia é também enfermidade ou síndrome de obsessão, vitimando magotes de criaturas que formam compacta massa de vivos-mortos que pululam em gabinetes de psicanálises, buscando soluções que só raramente se resolvem aceitar e seguir.

Sensível a esta questão, Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores (1):

“Donde nasce o desgosto da Vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?”

E obtém a seguinte resposta:

“Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.  Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a Vida se escoa mais rapidamente.  Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto obra com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera.”

Joanna de Ângelis identifica ainda outro motivo que pode gerar a melancolia e o desassossego, e esse se relaciona com as experiências pretéritas.  Diz a Mentora:

“(...) Os abusos do pretérito culposo se manifestam como tristeza indefinida, disfarçando o remorso que a carne abafa nos centros da memória perispiritual”.

A nobre Mentora aconselha:

“Se te sentes com os movimentos interditos pelas malhas perigosas da melancolia, expulsa com esforço titânico as trevas que te envolvem e faze luz íntima, acendendo a lâmpada do Evangelho na mente turbilhonada”.

François de Gèneve retoma o tema em formosa página intitulada A MELANCOLIA:

 “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a Vida?  É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.   Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade.  São inatas no Espírito de todos os homens as aspirações por uma Vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito.  Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou.

Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar.  Afrontai-os resolutos.  Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra”.  

(1) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 70. ed. Rio de Janeiro: FEB, q. 943.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita