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Entrevista
Ano 1 - N° 18 - 15 de Agosto de 2007
FERNANDA BORGES
fernanda@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Washington Luiz Nogueira Fernandes:

"O aspecto religioso do Espiritismo é o de maior importância para um mundo
de expiações e provas"

Objetivo em suas respostas, o confrade Washington Luiz Nogueira Fernandes (foto), que conheceu o Espiritismo ainda na juventude, é o nosso entrevistado da semana. No meio espírita, além de ter passado pela diretoria de mais de um centro espírita e colaborar maciçamente com a divulgação da Doutrina Espírita, Washington Fernandes dedica atualmente seu tempo à pesquisa e à produção editorial.

Nascido na capital de São Paulo, ele teve seu primeiro contato com a doutrina espírita ao ler O Livro dos Espíritos, que adquiriu em um sebo. Desde a adolescência ele trazia consigo um “desejo muito grande de entregar a vida a Deus”. “Cheguei a fazer o curso de Teologia, pois tinha idéia de ingressar no Seminário e ser jesuíta; porém, ao ler O Livro dos Espíritos, ocorreu uma revolução nas idéias, tudo parecia muito familiar, e dois meses depois já estava fazendo palestra espírita”, conta ele.

A seguir, a entrevista que concedeu à nossa revista.

O Consolador: Onde você reside atualmente?

Washington Fernandes: Resido na mesma cidade em que nasci: São Paulo.

O Consolador: Qual a sua formação?

– Superior completo.

O Consolador: Que cargos e funções você já exerceu no movimento espírita?

– Diretor do Centro Espírita João Silva (1987 a 1995); diretor do Centro Espírita Ismael (1989 a 1995); presidência da Associação das Editoras, Distribuidores e Divulgadores do Livro Espírita (1997); presidente eleito na gestão 1998–2000 e presidente reeleito 2000, março de 2001.

O Consolador: Que cargo você exerce no momento?

– Nenhum. Minha dedicação, no meio espírita, é dirigida exclusivamente à pesquisa e à produção editorial.

O Consolador: Quando você teve contato com o Espiritismo?

– Em janeiro de 1987, ao ler "O Livro dos Espíritos", adquirido em um sebo da capital de São Paulo.

O Consolador: Qual foi a reação de sua família ante sua adesão à Doutrina Espírita?

Ótima. Alguns familiares também se tornaram espíritas.

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo, científico, filosófico e religioso, qual é o que mais o atrai?

Compreendemos a importância dos três aspectos, reconhecendo ser o religioso (ético) o de maior importância para um mundo de expiações e provas.

O Consolador: Que autores espíritas mais lhe agradam?

Joanna de Ângelis, Vianna de Carvalho, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Humberto de Campos, Emmanuel, André Luiz, dentre muitos outros.

O Consolador: Que livros espíritas que você considera de leitura indispensável aos confrades iniciantes?

Primeiramente, sem dúvida, as obras da Codificação e a coleção da Revista Espírita, que se constituem na base da Doutrina Espírita.

O Consolador: Se você fosse passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito às atividades e trabalhos espíritas, que livros pertinentes à Doutrina Espírita levaria?

Os livros da Codificação Espírita.

O Consolador: As divergências doutrinárias em nosso meio reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você, o Espiritismo é uma religião?

O Espiritismo seria uma Religião, no sentido amplo da palavra, entendido como “religare” a Deus; não no sentido formal, de dogmas, rituais e hierarquia.

O Consolador: Outro tema que suscita geralmente debates acalorados diz respeito à obra publicada na França por J. B. Roustaing. Qual é sua apreciação dessa obra?

Pelo contato que tive com a obra de Roustaing, nossa opinião é absolutamente a mesma do Codificador, exarada na Revista Espírita de junho de 1866, que nos parece tão completa que não há nada a acrescentar.

O Consolador: O terceiro assunto em que a prática espírita às vezes diverge está relacionado com os chamados passes padronizados, propostos na obra de Edgard Armond. Embora saibamos que em quase todo o país a opção seja tão-somente pela imposição das mãos tal como recomenda J. Herculano Pires, qual é sua opinião a respeito?

Sem desmerecer a obra de Edgard Armond e outras sobre passes, temos opinião de que o mais determinante na aplicação da energia biofluídica é o pensamento e sentimento do aplicador, que será secundado pelos Bons Espíritos, conforme o merecimento do assistido.

O Consolador: Como você vê a discussão em torno do aborto? No seu modo de ver as coisas, os espíritas deveriam ser mais ousados na defesa da vida como tem feito a Igreja?

Acreditamos que os espíritas devem ser ousados, ocupando os espaços que lhe estejam ao alcance para divulgar a Doutrina, não só neste como em qualquer outro tema.

O Consolador: A eutanásia, como sabemos, é uma prática que não tem o apoio da Doutrina Espírita. Kardec e outros autores, como Joanna de Ângelis, já se posicionaram sobre esse tema. Surgiu, no entanto, ultimamente a idéia da ortotanásia, defendida até mesmo por médicos espíritas. Qual a sua opinião a respeito?

Ainda não formamos opinião a respeito.

O Consolador: O movimento espírita em nosso país lhe agrada ou falta algo nele que favoreça uma melhor divulgação da Doutrina?

Compreendemos que o que é preciso é haver mais ousadia.

O Consolador: Como você vê o nível da criminalidade e da violência que parece aumentar em todo o país e como nós, espíritas, podemos cooperar para que essa situação seja revertida?

Entendemos que o nível de criminalidade e violência só parecem estar aumentando; acreditamos que o que está aumentando é a divulgação deles; cremos, sim, que o Bem é que está aumentando, mas ocorre que ele não dá notícia e ibope.

O Consolador: A preparação do advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos, seus primeiros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de provas e expiações, passando plenamente à condição de um mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra “amor” estará escrita em todas as frontes e uma equidade perfeita regulará as relações sociais?

Acreditamos como têm referido os Espíritos: isto ocorrerá no 3º Milênio, isto é, daqui a mais mil anos, quando começará o 4º milênio do planeta.

O Consolador: Em face dos problemas que a sociedade terrena está enfrentando, qual deve ser a prioridade máxima dos que dirigem atualmente o movimento espírita no Brasil e no mundo?

Evangelização.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita