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Editorial
Ano 1 - N° 17 - 8 de Agosto de 2007
 

O futuro do trabalho segundo Domenico
De Masi e o Espiritismo
 

Autor de duas obras importantes em que analisa a sociedade contemporânea do ponto de vista da organização e execução do trabalho, o sociólogo italiano Domenico De Masi entende que o trabalho repetitivo está, na Terra, com seus dias contados. O modelo de trabalho adotado nos últimos 200 anos, em que predomina a divisão do serviço em áreas semelhantes a uma cadeia de montagem, dará lugar a um novo modelo, em que haverá maior espaço para o trabalho criativo. No futuro, diz ele, as máquinas se ocuparão das tarefas monótonas, perigosas e cansativas, cabendo ao homem as atividades que exigem mais do intelecto e da criatividade.

As idéias de Domenico De Masi implicam, como se vê, a existência de bons níveis de educação. Sem a extinção do analfabetismo e a implantação de um ensino modelar e de uma ótima universidade, reconhece o sociólogo italiano, será difícil aos países em desenvolvimento integrar-se no novo modelo, embora, a exemplo do fenômeno chamado globalização, seja isso inevitável.

Que tem dito o Espiritismo a respeito do assunto?

Lemos na questão no 678 d´O Livro dos Espíritos, obra dada a lume em 18-4-1857, que a natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades. “Quanto menos as necessidades são materiais, menos o trabalho é material”, ensinaram os imortais há 150 anos, antecipando-se assim às idéias de De Masi. É a lei do progresso que o exige, tema tratado também na Revista Espírita de 1864, págs. 89 e seguintes, em que o Espírito de Vaucanson examinou a questão do progresso da ciência e do aprimoramento das máquinas e utensílios fabris, bem como seu efeito nas relações de emprego e trabalho.

Resumidamente, afirmou Vaucanson: 1) O homem não foi feito para ficar como instrumento ininteligente de produção. 2) Por suas aptidões, por seu destino e seu lugar na criação, é ele chamado a outra função, que não a da máquina. 3) O operário é chamado a tornar-se engenheiro, a ver seus braços laboriosos substituídos por máquinas ativas, infatigáveis e mais precisas. 4) O artífice é chamado a tornar-se artista e conduzir o trabalho mecânico por um esforço do pensamento e não mais por um esforço dos braços.

Na seqüência, observa o referido Espírito: “Que importa que cem mil indivíduos sucumbam, quando uma máquina foi descoberta para fazer o trabalho desses cem mil? Para o filósofo, que se eleva sobre os preconceitos e interesses terrenos, o fato prova que o homem não estava mais em seu caminho, quando se consagrava a esse labor condenado pela Providência.” “É no campo da inteligência que, de agora em diante, o homem deve fazer passar a grade e a charrua que fecundam. Todas as nossas reflexões têm um só objetivo: demonstrar que ninguém deve gritar contra o progresso, que substitui braços humanos por dispositivos e engrenagens mecânicas. Além disso, é bom acrescentar que a humanidade pagou largo contributo à miséria e que, penetrando mais e mais em todas as camadas sociais, a instrução tornará cada indivíduo cada vez mais apto para funções inteligentemente chamadas liberais.”

Concluindo a mensagem, adverte Vaucanson: “O homem é um agente espiritual que deve chegar, em período não distante, a submeter ao seu serviço e para todas as operações materiais a própria matéria, dando-lhe como único motor a inteligência, que se expande nos cérebros humanos”.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita