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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 16 - 1º de Agosto de 2007

F. ALTAMIR DA CUNHA
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, Rio Grande do Norte (Brasil)

O poder da gentileza

Talvez poucas pessoas acreditem na importância dos pequenos gestos de gentileza. Para algumas, até parece um grande sacrifício desejar um bom dia ou mesmo externar um sorriso.

Partindo do princípio que diz: ”Pensamentos e atitudes geram pensamentos e atitudes idênticos”, podemos afirmar que a gentileza de hoje, mais cedo ou mais tarde, retornará para aquele que a praticou. Como todo bem, não devemos desistir de praticá-la, só porque não somos retribuídos. O mais importante é a oportunidade de sermos gentis, e não a de recebermos gentilezas; além do mais, a vida parece ser mais generosa com os que persistem no bem, ainda que não vejam possibilidade de retorno.

No livro “Pequenos Milagres – Coincidências extraordinárias do dia-a-dia” (Yitta Halberstam e Judith Leventhal - Editora Sextante), o autor narra um caso acontecido  na década de 1930 na aldeia polonesa de Prochnik. O rabino Samuel Shapira era uma pessoa amável e costumava cumprimentar todas as pessoas. Havia um camponês chamado Herr Mueller, para o qual ele dirigia todos os dias, quando estava a caminhar, um cordial ”bom dia”, porém não era correspondido. Mesmo assim, o rabino continuava gentilmente cumprimentando-o: “Bom dia, Herr Mueller!”

A insistência cordial, após algum tempo, surtiu efeito; pois o homem passou a responder: “Bom dia, Herr Rabiner!”. A troca de gentileza durou até que os nazistas chegaram e o rabino, sua família e outros judeus do vilarejo foram transferidos para um campo de concentração. O rabino Shapira foi transferido até chegar a Auschwitz. Quando desembarcou do trem, recebeu ordem de entrar numa fila onde estava ocorrendo a seleção.

Ele via ao longe o comandante que apontava com um bastão para a direita e para a esquerda. A esquerda significava a morte, mas a direita garantia uma possível sobrevivência.

O rabino Shapira aproximou-se do comandante e disse em voz baixa:

– Bom dia, Herr Mueller!

– Bom dia, Herr Rabiner! – respondeu ele também em voz muito baixa.

E então estendeu o bastão para a frente. “Recht, gritou ele, com um movimento quase imperceptível de cabeça: Direita! Para... a vida.”

Imaginemos agora se o rabino, em lugar da humildade que o moveu à continuada gentileza, assumisse uma atitude orgulhosa e pensasse como a grande maioria: “Se não me responde, também não mais o cumprimentarei!”. Certamente seria encaminhado para a esquerda; ou seja, para a morte.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita