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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 15 - 25 de Julho de 2007

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)

Aprender para fazer melhor

Ninguém aprende sem se submeter ao risco de errar, pois tudo na vida requer para melhor execução uma experiência anterior, que nem sempre foi tão bem sucedida, mas que, de qualquer forma, nos acrescenta algo de positivo, no intuito de encontrar o melhor resultado; por essa razão, precisamos aprender o certo para retificar o que erradamente executamos.

Precisamos escolher o trabalho a elaborar, e sua execução pede devotamento, abnegação e força de vontade do espírito em desenvolvimento, pois não haverá vitória sem lutas ardentes, ainda mais na atual fase por que passa a nossa sociedade, onde a falta de oportunidade reclama preparo e competência do indivíduo à procura do sucesso profissional, social, religioso etc. É necessário entender que o trabalho é uma Lei natural e que todos estamos submetidos ao seu mecanismo, que visa ao nosso crescimento e desenvolvimento intelecto-moral, conforme nos esclarecem os imortais da Vida Maior em O Livro dos Espíritos, nas questões que se seguem:

Questão no 676 - Por que o trabalho se impõe ao homem?

“Por ser uma conseqüência da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é sempre um trabalho.”

Questão no 677 - Por que provê a Natureza, por si mesma, a todas as necessidades dos animais?

“Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles, de acordo com a inteligência de que dispõem, se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais se cifra no cuidarem da própria conservação, refiro-me ao objetivo com que trabalham. Entretanto, provendo às suas necessidades materiais, eles se constituem, inconscientemente, executores dos desígnios do Criador e, assim, o trabalho que executam também concorre para a realização do objetivo final da Natureza, se bem quase nunca lhe descubrais o resultado imediato.”

Questão no 678 - Em os mundos mais aperfeiçoados, os homens se acham submetidos à mesma necessidade de trabalhar?

“A natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades. Quanto menos materiais são estas, menos material é o trabalho. Mas, não deduzais daí que o homem se conserve inativo e inútil. A ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.” (¹)

Ninguém busque encontrar o sucesso de forma tão fácil; precisamos estar dispostos a enfrentar grandes obstáculos desde os primeiros passos nos bancos escolares, até o grande momento da coroação dos esforços na conclusão de um curso superior que nos garantirá um diploma universitário, conferindo-nos o direito de exercer esta ou aquela profissão escolhida, após a alegria do juramento que prestarmos perante a sociedade.

Semelhante conquista não representa garantia de posição de destaque em nossa profissão, que exigirá atenção para a constante atualização com as novidades que surgirem em nossa área de atuação, e muita dedicação, para só então, pouco a pouco, fazer-nos conhecido e respeitado profissional, o que exigirá disciplina, vigilância e profissionalismo, sem falar na parte ética e moral de indivíduo consciente e respeitador das Leis e da ordem.

O programa de todo aquele que deseja alcançar sucesso na vida terá obrigatoriamente que se fundar na dedicação aos estudos, na disciplina e na seriedade com que desempenhará suas tarefas, o que representa verdadeiramente um equilibrado aprender, pois, quem não age dessa forma estará muito mais próximo do fracasso, da decepção e do descrédito, que o levarão sem compaixão alguma de encontro ao abismo e ao infortúnio.

Precisamos estar atentos para o fato de que, se para nós foi tão difícil alcançar o sonho almejado, para muitos não será possível tamanha ventura por situações variadas, e por isso mesmo não deveremos esquecer do juramento feito de honrar a classe profissional que escolhemos, trabalhando acima de tudo com honestidade e decência.

Mas, se profissionalmente resolvermos abusar do título conquistado para auferir lucros e vantagens pessoais, ferindo e desrespeitando os semelhantes, é justo que estaremos assumindo compromissos para com as sábias e imutáveis Leis estabelecidas pelo Criador, “que dará a cada um segundo suas próprias obras” e cobrará a reparação no labor inevitável da expiação, porque só assim podemos nos redimir perante elas.  (2)

Ninguém poderá se evadir da responsabilidade dos atos praticados, e a Lei de Causa e Efeito, no seu perfeito mecanismo de ação, estará compelindo a criatura ao salutar sacrifício da retificação de maneira geral através do mecanismo da dor e do sofrimento, para que assim possam todos entender que o compromisso que temos é o de amar ao próximo como a nós mesmos e não o de tirar proveito de sua ignorância ou fragilidade.

Precisamos pautar nossas ações nas sábias Leis que trazemos inscritas em nossa consciência, que nos pedem ponderação e equilíbrio, pois a verdadeira educação exige renúncia e aprimoramento e nos roga serviço na busca da paz, que jamais se encontrará na ociosidade.

Todas as grandes conquistas dos que se tornaram vitoriosos foram alcançadas mediante grandes realizações que para se efetivarem clamaram por grandes lutas; em vista disso, é de fundamental importância saibamos buscar nosso progresso individual, de forma a contribuir com nossa parte na disseminação do bem, para que, quando formos encontrados pela Lei, possamos estar na condição de operários fiéis ao salário da Eterna Luz, e dignos de haurir a paz da consciência tranqüila que só o dever bem cumprido pode nos proporcionar.  

Notas:  

1. Kardec, Allan, O Livros dos Espíritos – FEB, 76ª edição.
2. Mateus, 16:27.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita