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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 15 - 25 de Julho de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(3ª Parte)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. As dificuldades no lar podem levar um médium ao fracasso?

R.: Sim. Dois casos de pessoas que saíram de "Nosso Lar" preparadas para tarefa mediúnica no mundo, e, no entanto, fracassaram inteiramente, são exemplos disso. O caso de Mariana é um deles: ela sentia que deveria aplicar-se ao trabalho, mas Amâncio, seu esposo, nunca se conformou. Se os enfermos a procuravam no receituário comum, a neurastenia do marido se ampliava; se companheiros de doutrina a convidavam aos estudos, ele se revoltava, ciumento, e mobilizava as próprias filhas contra a esposa, que acabou se afastando da tarefa mediúnica. Uma outra entidade viveu experiência semelhante: também ela entendia agora não haver executado sua tarefa mediúnica em virtude da irritação que sentia pela indiferença dos familiares pelos serviços espirituais. Se o marido fazia ponderações contrárias a suas convicções, ela refutava. Não suportava qualquer parecer contrário ao seu ponto de vista em matéria de crença, incapaz de perceber a vaidade e a tolice de seus gestos. Discussões, insultos, conflitos tornavam-se constantes, e nesse clima ela sentia-se inutilizada para qualquer trabalho de elevação espiritual. (Os Mensageiros, cap. 9, pp. 52 a 54.)

B. Que faculdades tinha Joel e por que ele fracassou?

R.: Joel recebeu no Ministério do Esclarecimento um tratamento especial que lhe aguçou as percepções, partindo para a Terra com todos os requisitos indispensáveis ao êxito de suas obrigações. Mas, deixando-se empolgar pela curiosidade doentia, Joel aplicou sua faculdade mediúnica somente para dilatar suas sensações. No quadro de suas tarefas mediúnicas, estava a recordação de existências passadas como expressão indispensável ao esclarecimento coletivo dos semelhantes. Contudo, a excitação psíquica, aos primeiros contatos com o serviço, fez rodar o mecanismo de recordações adormecidas e ele lembrou sua penúltima existência, quando fora Monsenhor Alejandro Pizarro, nos últimos tempos da Inquisição Espanhola. Passou a procurar, então, cada um de seus companheiros de lutas religiosas, para reconstituir os passos de todos eles, por curiosidade, sem qualquer propósito benfazejo.  Exigia, assim, notícias de bispos, de autoridades políticas e de padres amigos que haviam errado tanto quanto ele mesmo. As advertências dos amigos espirituais não cessaram. Sofredores batiam-lhe às portas. Seus companheiros tinham um abrigo de órfãos em projeto, um ambulatório que começava a nascer e serviços semanais de instruções evangélicas, nas noites de terças e sextas-feiras, mas Joel só queria saber das suas descobertas pessoais, sem qualquer proveito útil. Esquecia que o Senhor lhe permitia aquelas reminiscências, não para satisfazer-lhe a vaidade, mas para que entendesse a extensão de seus débitos e se entregasse à obra de esclarecimento e conforto aos feridos do mundo. Passou, assim, a existência de surpresa em surpresa, de sensação em sensação, transformando a lembrança em viciação da personalidade. Perdera a oportunidade de redenção e o pior era o estado de alucinação em que agora vivia. Com o erro, a mente desequilibrou-se e as perturbações psíquicas passaram a constituir-lhe doloroso martírio. (Obra citada, cap. 10, pp. 58 a 61.)

C. Que ensinamento colhemos do caso Belarmino?

R.: Belarmino foi um doutrinador fracassado. Sua tragédia é igual à de todos os que conhecem o bem, mas não o praticam. Saíra de "Nosso Lar" com tarefa de doutrinação no campo do Espiritismo evangélico. Sua companheira Elisa acompanhou-o no serviço laborioso. Desde criança conhecera o Espiritismo cristão; mais tarde chegou à presidência de um grande grupo espiritista. Teve a seu dispor o concurso de oito médiuns dedicados. Descambou, porém, para o campo da experimentação científica, à procura de provas insofismáveis. Por vaidade, convidou pessoas para integrar seu grupo, tão-somente em virtude da falsa posição que usufruíam na cultura e na pesquisa científica. Os resultados se tornaram pífios. A dúvida instalou-se em seu coração. Perdeu a serenidade de outro tempo. Da dúvida passou à descrença. Debalde, Elisa o chamava para a esfera religiosa e edificante, mas ele passou a desprezar o próprio Evangelho, que tachava de velharia. Largou a atividade espírita, para dedicar-se à política humana e, desviado dos seus objetivos fundamentais, apegou-se ao dinheiro, transformando os próprios sentimentos. Quando desencarnou, tinha uma bela situação financeira no mundo e um corpo crivado de enfermidades, um palácio confortável de pedra e um deserto no coração. Voltara a ligar-se a antigos companheiros menos dignos de experiências carnais e colheria agora, na vida espiritual, tormentos, remorsos, expiações...(Obra citada, cap. 11, pp. 63 a 66.)

D. Que ocorreu na erraticidade a Monteiro e qual foi, segundo Veneranda, a causa do seu fracasso?

R.: Monteiro também partiu de "Nosso Lar" em missão de entendimento espiritual, quase na mesma ocasião em que Belarmino voltou à carne. Monteiro tivera a própria mãe como orientadora. Sob seu controle, estavam alguns médiuns de efeitos físicos, de psicografia e de incorporação. Mas era tal o fascínio que o intercâmbio mediúnico exercia sobre ele, que acabou se distraindo por completo quanto à essência moral da doutrina. Era um doutrinador implacável. Chegara a estudar longos trechos das Escrituras, para utilizá-los na conversa com ex-sacerdotes católicos que compareciam às sessões mediúnicas em estado de ignorância e perturbação. Acendia luzes para os outros, preferindo, porém, os caminhos escuros para si, esquecendo a si mesmo. Pregava a paciência dentro do grupo, mas era impaciente lá fora. Concitava os espíritos à serenidade, mas repreendia sem indulgência as senhoras humildes que não continham o pranto de alguma criança enferma presente à reunião. E no comércio era inflexível com seus devedores. Passava os dias no escritório estudando a melhor forma de perseguir os clientes em atraso, e à noite ia ensinar o amor aos semelhantes, a paciência e a doçura, exaltando o sofrimento e a luta como estradas benditas de preparação para Deus. Seu fracasso foi completo e, devido a isso, voltou à vida espiritual qual demente necessitado de hospício. O raciocínio pedia socorro divino, mas o sentimento agarrava-se a objetivos inferiores. Viu-se, assim, rodeado de Espíritos malévolos que lhe repetiam longas frases de suas sessões mediúnicas. Eles, irônicos, lhe recomendavam serenidade, paciência e perdão e perguntavam por que ele não se desgarrava do mundo, estando já desencarnado. A revolta tomou conta de sua alma e, mais tarde, quando já estava recolhido em "Nosso Lar", exigiu explicações para o seu estado, visto que não se considerava fracassado. Veneranda explicou-lhe a causa do seu fracasso: "Monteiro, meu amigo, a causa da sua derrota não é complexa, nem difícil de explicar. Entregou-se você excessivamente ao Espiritismo prático, junto dos homens, nossos irmãos, mas nunca se interessou pela verdadeira prática do Espiritismo junto de Jesus, nosso Mestre". (Obra citada, cap. 12, pp. 67 a 71.)

 Texto para leitura

9. Fracassos por dificuldades no lar - Dois casos de pessoas que saíram de "Nosso Lar" preparadas para tarefa mediúnica no mundo e, no entanto, fracassaram inteiramente, são apresentados por André. O caso de Mariana é um deles: ela sentia que deveria aplicar-se ao trabalho, mas Amâncio, seu esposo, nunca se conformou. Se os enfermos a procuravam no receituário comum, a neurastenia do marido se ampliava; se companheiros de doutrina a convidavam aos estudos, ele se revoltava, ciumento, e mobilizava as próprias filhas contra a esposa. Daí o seu afastamento da tarefa mediúnica e Mariana nunca deixou de reclamar quando era incompreendida pelos seus familiares. Uma outra entidade viveu experiência semelhante: também ela entendia agora não haver executado sua tarefa mediúnica em virtude da irritação que sentia pela indiferença dos familiares pelos serviços espirituais. Se o marido fazia ponderações contrárias a suas convicções, ela refutava. Não suportava qualquer parecer contrário ao seu ponto de vista, em matéria de crença, incapaz de perceber a vaidade e a tolice de seus gestos. Discussões, insultos, conflitos tornavam-se constantes, e nesse clima ela sentia-se inutilizada para qualquer trabalho de elevação espiritual. (Cap. 9, pp. 52 a 54)

10. O caso Ernestina - O medo foi a causa do fracasso de Ernestina, que se preparara convenientemente em "Nosso Lar" para a tarefa da mediunidade no mundo. As instrutoras do Esclarecimento confiavam extraordinariamente nela, mas Ernestina não vigiou como devia. Apesar dos incentivos recebidos do plano espiritual, desconfiou de tudo e de todos. Nos estudiosos encarnados, só via pessoas de má fé; nos instrutores desencarnados, enxergava apenas mistificadores, e em si mesma receava as tendências nocivas. O receio das mistificações prejudicou a oportunidade recebida. (Cap. 9, pp. 54 e 55)

11. A falta de amparo da esposa - Outra entidade atribuía seu fracasso à falta de amparo da esposa. Enquanto a teve a seu lado, verificava-se profundo equilíbrio em suas forças psíquicas. A companhia dela compensava-lhe todo gasto de energia mediúnica. Quando a morte a arrebatou, amedrontou-se por sentir-se em desequilíbrio. Não havia aprendido a ciência da conformação, nem a percorrer sozinho as estradas humanas. Casou-se segunda vez e deu-se mal. Sua segunda mulher, extremamente ligada a entidades malfazejas, arrastou-o a inúmeros desvarios e ele se perdeu, voltando ao convívio de criaturas perversas. Agora, entendia que o triunfo no mundo, mesmo no futuro, ser-lhe-á muito difícil sem a companheira amada. (Cap. 9, pp. 55 e 56)

12. O caso Joel - Outro que saiu preparado de "Nosso Lar" e fracassou no mundo é Joel. Sua tarefa mediúnica exigia sensibilidade mais apurada e, por isso, recebeu no Ministério do Esclarecimento um tratamento especial que lhe aguçou as percepções, partindo para a Terra com todos os requisitos indispensáveis ao êxito de suas obrigações. Mas, Joel, deixando-se empolgar pela curiosidade doentia, aplicou sua faculdade mediúnica somente para dilatar suas sensações. No quadro de suas tarefas mediúnicas, estava a recordação de existências passadas como expressão indispensável ao esclarecimento coletivo dos semelhantes. Existe, porém, uma ciência de recordar que ele não respeitou como devia. Sentia, intuitivamente, a vívida lembrança de suas promessas em "Nosso Lar". O coração estava repleto de propósitos sagrados. Ele trabalharia. Espalharia muito longe a vibração das verdades eternas... Contudo, a excitação psíquica, aos primeiros contatos com o serviço, fez rodar o mecanismo de recordações adormecidas e ele lembrou sua penúltima existência, quando fora Monsenhor Alejandro Pizarro, nos últimos tempos da Inquisição Espanhola. Passou a procurar, então, cada um de seus companheiros de lutas religiosas, para reconstituir os passos de todos eles, por curiosidade, sem qualquer propósito benfazejo. Exigia, assim, notícias de bispos, de autoridades políticas e de padres amigos que haviam errado tanto quanto ele mesmo. As advertências dos amigos espirituais não cessaram. Sofredores batiam-lhe às portas. Seus companheiros tinham um abrigo de órfãos em projeto, um ambulatório que começava a nascer e serviços semanais de instruções evangélicas, nas noites de terças e sextas-feiras, mas Joel só queria saber das suas descobertas pessoais, sem qualquer proveito útil. Esquecia que o Senhor lhe permitia aquelas reminiscências, não por satisfazer-lhe a vaidade, mas para que entendesse a extensão de seus débitos e se entregasse à obra de esclarecimento e conforto aos feridos do mundo. Passou, assim, a existência de surpresa em surpresa, de sensação em sensação, transformando a lembrança em viciação da personalidade. Perdera a oportunidade de redenção e o pior era o estado de alucinação em que agora vivia. Com o erro, a mente desequilibrou-se e as perturbações psíquicas passaram a constituir-lhe doloroso martírio. (Cap. 10, pp. 58 a 61)

13. Reflorescimento da esperança - Muitos dos que ali se encontravam haviam atravessado zonas purgatoriais de sombra e tormento íntimo. Uns mais, outros menos. Bastara, contudo, o reconhecimento de sua pequenez, a compreensão de seus débitos, e ali estavam eles em "Nosso Lar", reanimando energias desfalecidas e reconstituindo programas de trabalho. Via-se em todos os companheiros o reflorescimento da esperança. (Cap. 11, pág. 62)

14. O caso Belarmino - Fisionomia grave, gestos lentos, Belarmino Ferreira deixava transparecer grande tristeza no olhar humilde. Fora um doutrinador fracassado. Sua tragédia é igual à de todos os que conhecem o bem, mas não o praticam. Saíra de "Nosso Lar" com tarefa de doutrinação no campo do Espiritismo evangélico. Sua companheira Elisa acompanhou-o no serviço laborioso. Desde criança conhecera o Espiritismo cristão; mais tarde chegou à presidência de um grande grupo espiritista. Teve a seu dispor o concurso de oito médiuns dedicados. Descambou, porém, para o campo da experimentação científica, à procura de provas insofismáveis. Por vaidade, convidou pessoas para integrar seu grupo, tão-somente em virtude da falsa posição que usufruíam na cultura e na pesquisa científica. Os resultados se tornaram pífios. A dúvida instalou-se em seu coração. Perdeu a serenidade de outro tempo. Da dúvida passou à descrença. Debalde, Elisa o chamava para a esfera religiosa e edificante, mas ele passou a desprezar o próprio Evangelho, que tachava de velharia. Largou a atividade espírita, para dedicar-se à política humana e, desviado dos seus objetivos fundamentais, apegou-se ao dinheiro, transformando os próprios sentimentos. Quando desencarnou, tinha uma bela situação financeira no mundo e um corpo crivado de enfermidades, um palácio confortável de pedra e um deserto no coração. Voltara a ligar-se a antigos companheiros menos dignos de experiências carnais e colheria agora, na vida espiritual, tormentos, remorsos, expiações...(Cap. 11, pp. 63 a 66)

15. O caso Monteiro - Ele também partira de "Nosso Lar", em missão de entendimento espiritual, quase na mesma ocasião em que Belarmino voltou à carne. Monteiro tivera a própria mãe como orientadora. Sob seu controle, estavam alguns médiuns de efeitos físicos, de psicografia e de incorporação. Mas era tal o fascínio que o intercâmbio mediúnico exercia sobre ele, que acabou se distraindo por completo quanto à essência moral da doutrina. Era um doutrinador implacável. Chegara a estudar longos trechos das Escrituras, para utilizá-los na conversa com ex-sacerdotes católicos que compareciam às sessões mediúnicas em estado de ignorância e perturbação. Acendia luzes para os outros, preferindo, porém, os caminhos escuros para si, esquecendo a si mesmo. Pregava a paciência dentro do grupo, mas era impaciente lá fora. Concitava os espíritos à serenidade, mas repreendia sem indulgência as senhoras humildes que não continham o pranto de alguma criança enferma presente à reunião. E no comércio era inflexível com seus devedores. Passava os dias no escritório estudando a melhor forma de perseguir os clientes em atraso, e à noite ia ensinar o amor aos semelhantes, a paciência e a doçura, exaltando o sofrimento e a luta como estradas benditas de preparação para Deus. Na verdade, estava cego, esquecido de que a existência terrestre é, por si só, uma sessão permanente. Quando a angina o levou à morte, encontrava-se absolutamente distraído da realidade essencial. Voltou à vida espiritual qual demente necessitado de hospício. O raciocínio pedia socorro divino, mas o sentimento agarrava-se a objetivos inferiores. Viu-se, assim, rodeado de Espíritos malévolos que lhe repetiam longas frases de suas sessões mediúnicas. Eles, irônicos, lhe recomendavam serenidade, paciência e perdão e perguntavam por que ele não se desgarrava do mundo, estando já desencarnado. A revolta tomou conta de sua alma e, mais tarde, quando já estava recolhido em "Nosso Lar", exigiu explicações para o seu estado, visto que não se considerava fracassado. Veneranda, um dia, foi visitá-lo em momento que reservara a descanso. Monteiro crivou seus ouvidos de lamentações e ela o ouviu, pacientemente, por duas horas. Quando o ex-doutrinador se calou, Veneranda sorriu e disse: "Monteiro, meu amigo, a causa da sua derrota não é complexa, nem difícil de explicar. Entregou-se você excessivamente ao Espiritismo prático, junto dos homens, nossos irmãos, mas nunca se interessou pela verdadeira prática do Espiritismo junto de Jesus, nosso Mestre". Aquelas palavras, como um vulcão, mudaram por completo a atitude mental do ex-doutrinador fracassado. (Cap. 12, pp. 67 a 71)

Frases e apontamentos importantes

26. Para trabalharmos com eficiência é preciso saber calar antes de tudo. Teríamos atendido perfeitamente aos nossos deveres, se tivéssemos usado todas as receitas de obediência e otimismo que fornecemos aos outros. (...) para bem ensinar é necessário exemplificar melhor. (Uma entidade feminina, cap. 9, pág. 53)

27. Na esfera carnal, o maior interesse da alma é a realização de algo útil para o bem de todos, com vistas ao Infinito e à Eternidade. Nesse mister, é indispensável contar com o assédio de todos os elementos contrários. Ironias, ataques, sugestões inferiores surgirão, com certeza, no caminho de todo trabalhador fiel. São circunstâncias lógicas e fatais do serviço, porque não vamos ao mundo físico para descanso injustificável, mas para lutar pela nossa melhoria, a despeito de todo impedimento fortuito. (Benita, cap. 9, pp. 54 e 55)

28. A missão do doutrinador é muitíssimo grave para qualquer homem. (...) para atingirmos uma ressurreição gloriosa, não há, por enquanto, outro caminho além daquele palmilhado pelo Doutrinador Divino. É digna de menção a atitude d' Ele, abstendo-se de qualquer escravização aos bens terrestres. (Belarmino Ferreira, cap. 11, pág. 63)

29. Na vida humana, junto aos que administram e aos que obedecem, há os que ensinam. Chego, pois, a pensar que nas esferas da Crosta há mordomos, cooperadores e servos. Muito especialmente, os que ensinam devem ser dos últimos. (Belarmino Ferreira, cap. 11, pág. 63)

30. Minha tragédia angustiosa é a de todos os que conhecem o bem, esquecendo-lhe a prática. (Belarmino Ferreira, cap. 11, pág. 64)

31. Cada homem receberá, agora e no futuro, de acordo com as próprias obras. (Belarmino Ferreira, cap. 11, pág. 65)

32. O Evangelho é livro divino e, enquanto permanecemos na cegueira da vaidade e da ignorância, não nos expõe seus tesouros sagrados. Por isso mesmo, tachava-o de velharia. (...) a escravidão ao dinheiro me transformara os sentimentos. (Belarmino Ferreira, cap. 11, pp. 65 e 66)

33. É muito difícil escapar à influência do meio, quando em luta na carne. (Monteiro, cap. 12, pág. 67)

34. A multiplicidade de fenômenos e as singularidades mediúnicas reservam surpresas de vulto a qualquer doutrinador que possua mais raciocínios na cabeça que sentimentos no coração. (...) o vício intelectual pode desviar qualquer trabalhador mais entusiasta que sincero, e foi o que me aconteceu. (Monteiro, cap. 12, pág. 68)

35. A existência terrestre, por si só, é uma sessão permanente. (Monteiro, cap. 12, pág. 69)

36. Como ensinar sem exemplo, dirigir sem amor? (...) Meu raciocínio pedia socorro divino, mas meu sentimento agarrava-se a objetivos inferiores. (Monteiro, cap. 12, pág. 70)
(Continua no próximo número.)
 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita